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OBESIDADE GENÉTICA NÃO SINDRÔMICA: HISTÓRICO, FISIOPATOLOGIA E PRINCIPAIS GENES
A obesidade é definida pelo excesso de gordura corporal acumulada no tecido adiposo quando o indivíduo atinge valores de IMC igual ou superior a 30 Kg/m2. Constitui um dos principais fatores de risco para várias doenças não transmissíveis (DNTs) como por exemplo, diabetes mellitus tipo 2 (DM2), doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral e até mesmo o câncer. Embora a obesidade esteja diretamente relacionada com o consumo calórico excessivo em relação ao gasto energético diário, sua etiologia pode estar associada a baixos níveis de atividade física, a alterações neuroendócrinas e aos fatores genéticos. Considerando o componente genético, esta pode ser classificada como sindrômicas e estar associada às alterações cromossômicas estruturais ou numéricas, ou como não sindrômica, quando relacionada, principalmente, com os polimorfismos de nucleotídeos simples (SNPs) em alelos que atuam como herança monogênica, ou ainda com a interação vários genes (poligênica multifatorial). Apesar de existirem muitas etiologias diferentes, normalmente a obesidade é tratada a partir da mesma abordagem, desconsiderando a fisiologia que a desencadeou. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi abordar a obesidade genética não sindrômica por meio a) da descrição breve de perspectiva histórica sobre seu entendimento; b) da exposição dos principais mecanismos moleculares envolvidos com o controle de peso; c) da compilação dos principais genes e SNPs relacionados; d) da definição dos principais genes; e e) da abordagem das principais perspectivas de intervenção
A AÇÃO DOS POLIMORFISMOS DE NUCLEOTÍDEO ÚNICO (SNPs) SOBRE O GENE FTO, SUA RELEVÂNCIA E INFLUÊNCIA NA OBESIDADE: LEVANTAMENTO CIENCIOMÉTRICO
A obesidade é caracterizada pelo aumento excessivo da gordura corporal e está ligada ao estilo de vida, ao meio ambiente e a genética do indivíduo. O equilíbrio entre ingestão e gasto energético é controlado por mecanismos neurais, hormonais, químicos e genéticos. Estudos sugerem que o gene FTO (Fat mass and obesity associated) atua como regulador primário do acúmulo de gordura corporal, quando associado a SNPs (Single Nucleotide Polymorphism) específicos, predispõe à obesidade. O propósito deste trabalho foi verificar a produção científica, analisar e catalogar os estudos de polimorfismos no gene FTO associados à obesidade e suas comorbidades. A busca por publicações entre 2009 e 2018 foi realizada na base de dados SciELO com a palavra-chave “FTO”. Foram encontrados 23 artigos originais dentro dos critérios da pesquisa que correlacionam o FTO à obesidade. O nome do autor principal, país, idioma, ano de publicação, título, objetivo, polimorfismo associado e os resultados dos estudos foram extraídos e organizados para facilitar a tabulação dos dados. Também foram pesquisados os números de citações de cada artigo, utilizando-se a plataforma Google Acadêmico. Embora o Brasil se encontre em primeiro lugar em produção científica para o gene FTO na base de dados prospectada, o número de artigos originais ainda é muito modesto. Assim, os resultados encontrados podem servir de subsídio no delineamento de novas pesquisas sobre os polimorfismos do gene FTO e as causas da obesidade
AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DA ESTERILIZAÇÃO POR LUZ ULTRAVIOLETA EM AEROSSÓIS CONTAMINADOS POR SARS-COV-2
O contato direto e a disseminação aérea são os principais mecanismos de transmissão do SARS-CoV-2. Uma abordagem direta para limitar as transmissões virais no ar é inativá-las dentro de um curto período de tempo após sua produção é a luz ultravioleta C (UVC). Neste sentido, o objetivo do presente estudo foi de avaliar a efetividade do uso de luz ultravioleta na esterilização de aerossóis contaminados pelo SARS-CoV-2. Para o estudo foram analisados todos os pacientes que estavam internados na enfermaria COVID com resultados dos swabs positivos. O paciente escolhido para o estudo encontrava-se com resultado positivo e com 8 dias de sintomas. As medições de contaminação da deposição de aerossol na mesa de tomografia foram realizadas em triplicatas, utilizando swabs estéreis com meio de transporte viral. O paciente foi mantido sozinho dentro desta sala por 30 minutos produzindo aerossóis para que pudesse ocorrer contaminação do ar. Após, foram realizadas as medições utilizando a exposição à luz ultravioleta C, coletada nos minutos 0, 5, 10, 15, 30, 60, 120 e 180, após o paciente ter deixado a sala de tomografia. Esta sequência de medições foram realizadas em 6 dias, sendo o primeiro dia sem a exposição da luz UVC e 5 dias com a exposição da luz UVC. Após a coleta dos dados, foi realizada a análise dos swabs para os resultados através do método RT-PCR. Os resultados encontrados das coletas desde o tempo 0 até 180 minutos foram negativos para os 6 dias de estudo. Os resultados dos swabs do paciente seguiram positivos do primeiro até o último dia de estudo. Sendo assim, conclui-se a efetividade da utilização da luz ultravioleta como uma forma de descontaminação, juntamente com a ação antimicrobiana do desinfetante, pois a ausência do vírus vivo evidencia a importância de cuidados de higienização para evitar a reincidência da contaminação após a limpeza
A correlação entre atividade física e o uso de substâncias psicoativas em estudantes de medicina
Objetivo: Verificar a relação do uso de substâncias psicoativas e a prática de atividade física em estudantes de medicina em uma instituição privada de ensino superior do Paraná. Método: A pesquisa adota uma abordagem quantitativa e descritiva com um corte transversal analítico. Foram aplicados questionários via Google Forms a todos os estudantes de medicina da universidade entre março e junho de 2023. Resultado: Participaram 383 estudantes dos quais 82,6% (n = 315) faziam uso de substâncias psicoativas. Dentre os participantes, 74,5% (n = 284) praticavam atividade física. Foi encontrada uma relação entre a prática de atividade física e menores níveis de estresse, maior qualidade de sono e menores taxas de ansiedade em seu cotidiano. Conclusão: Não foi mensurada uma relação direta entre a atividade física e redução no uso de substâncias. No entanto, destacam-se os benefícios do exercício físico nos demais segmentos da vida, que influenciam significativamente no menor uso