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    Do jogo que se quer jogar, ao saber treinar : relatório de uma experiência como treinador adjunto na equipa sénior do Sport União Sintrense

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    É hoje consensual que todas as equipas devem possuir um modelo de jogo que oriente o processo de treino e de avaliação da equipa em competição. Este relatório descreve a forma como o modelo de jogo, o modelo de treino e o modelo de análise de jogo foram concebidos e operacionalizados ao longo da época desportiva 2013- 2014, numa equipa amadora, que disputou o Campeonato Nacional de Seniores. Um aspeto particularmente importante é a enfâse dada ao modo como estas três dimensões interagem e se influenciam mutuamente. Efetuamos uma entrevista ao treinador principal da equipa do Sintrense, Tuck, com o objetivo de extrair a sua perceção sobre as três temáticas mencionadas, que posteriormente foram confrontadas com a literatura. A partir da entrevista identificou-se o modelo de jogo da equipa e os seus princípios, a conceção de treino do treinador e a forma como este considerava que o processo de observação, análise e interpretação do jogo deveria ser operacionalizado. De seguida, descreveu-se aprofundadamente o modelo de jogo e estabeleceu-se a relação com o modelo de treino através da descrição dos exercícios de um microciclo do período competitivo. Por fim, relacionou-se a análise de jogo com o modelo de jogo, partindo da análise de conteúdo da entrevista e da literatura técnica e científica consultada. Identificou-se que o processo de treino é muito influenciado pelo modelo de jogo e pela análise efetuada à própria equipa em competição. É dada também alguma importância (menor) à análise efetuada aos adversários. Na área de inovação e investigação efetuamos um estudo sobre a perceção dos adeptos sobre o treinador português. Concluímos que o público, maioritariamente ligado ao futebol, tem como primeira recordação de nomes de treinadores José Mourinho, se-guido de Jorge Jesus e André Villas-Boas. Além da notoriedade de alguns treinadores, o estudo indica-nos que a grande maioria dos treinadores portugueses são conhecidos pelos inquiridos. As associações mentais, expressões que descrevem os treinadores, indicam que são dois os pilares distintivos do treinador português: a competência técnica e as suas qualidades humanas. O estudo sugere que os treinadores portugueses são vistos pelo público como indivíduos com elevada competência técnica, multidisciplinares nos saberes e com elevadas qualidades humanas. Na área de relação com a comunidade, desenvolveu-se um seminário dedicado à temática do “Papel do Treinador nas Organizações Desportivas”. Este seminário teve a participação dos treinadores Acácio Santos, Carlos Azenha e José Couceiro. Do balanço efetuado, concluiu-se que: i) os treinadores devem possuir conhecimentos provenientes de diversas áreas do treino,não tendo necessariamente de ser especialistas em todas elas, mas antes ter o conhecimento mínimo para gerir eficientemente as suas equipas técnicas, tendencialmente multidisciplinares; ii) aintervenção dos treinadores está dependente do contexto cultural e dimensão do clube, sendo que, quanto maior a sua dimensão, tendencialmente menores serão as áreas de intervenção do treinador; iii) o treinador é, acima de tudo, um gestor de recursos humanos, de emoções e de motivações.Nowadays widely accepted that all teams must have a set of model to guide the training process and assessment team in competition. This report describes how the team playing model, the training model and game analysis model are designed and op-erated throughout the season 2013-2014, an amateur team that competed in the Na-tional Senior Championship. A particularly important aspect is the emphasis given to how these three dimensions interact and influence each other. We have conducted an interview with the head coach of Sintrense team, Tuck, in order to draw their perception of the three mentioned topics, which were later confronted with the literature. From the interview identified the team playing model and its principles, the coach's training design and the way it was assumed that the process of observation, analysis and interpretation of the game should be operated. Then was described in depth the team playing model and established the relationship with the training model by de-scribing the exercise of a microcycle of the competitive period. Finally, related to team playing with game analysis, based on the content of the interview analysis and technical and scientific literature referred. It was identified that the training process is heavily influenced by the team playing model and the analysis made the team itself in competition. It is also given some im-portance (lower) the analysis carried out to adversaries. In the area of innovation and research we carried out a study on the perception of supporters of the Portuguese coach. We conclude that the public, mostly connected to football, have as their first recollection coaches names José Mourinho, followed by Jorge Jesus and André Villas-Boas. In addition to the notoriety of some trainers, the study tells us that the vast majority of Portuguese coaches are known to respondents. Mental associations, expressions describing the coaches, indicate that there are two dis-tinctive pillars of the Portuguese coach: technical competence and his human qualities. The study suggests that the Portuguese coaches are seen by the public as individuals with high technical competence, the multidisciplinary knowledge and with high human qualities. In the area of community relations, a seminar developed the theme of "Role of the Coach in Sport Organizations." This seminar was attended by coaches Acácio San-tos, Carlos Azenha and José Couceiro. From the balance made, it was concluded that: i) the coaches must have knowledge from different areas of training, but not necessarily to be specialists in all of them, but rather to have the minimum knowledge to efficiently manage their technical teams, tend multidisciplinary; ii) the intervention of coaches de-pends on the cultural context and dimension of the club, and the larger their size, tend to be smaller areas of intervention coach; iii) the coach is, above all, a human resources manager, emotions and motivations
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