199 research outputs found

    História ambiental do Vale do Paraíba.

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    O objetivo desse trabalho é caracterizar as modificações ocorridas no Vale do Paraíba do Sul desde a ocupação colonial, destacando alterações na paisagem e na dinâmica ambiental e as respostas da natureza afetando a mobilidade no território nos diferentes ciclos econômicos. Trata-se de uma revisão bibliográfica sob a ótica da história natural, como subsídio à compreensão de como a paisagem moldou a atividade humana. Analisa os impactos socioambientais de maneira integrada e propõe um modelo alternativo de desenvolvimento. O desmatamento generalizado em todos os ciclos econômicos denota a situação crítica dos remanescentes de Mata Atlântica, refletindo nos processos erosivos em toda a região. Até o momento não há um zoneamento do uso do solo diferenciado para os compartimentos da bacia hidrográfica, possibilitando o desencadeamento de atividades predatórias que reproduzem a lógica dos ciclos pretéritos, resultando em danos à sóciobiodiversidade, aos recursos naturais (solo, água e floresta), fomentando a mobilidade humana e a disparidade intraregional. As cidades do eixo econômico revelaram um crescimento demográfico demasiado e a instabilidade dos ciclos econômicos não proveu condições igualitárias para todos os municípios se desenvolverem, nem tão pouco houve tratamento diferenciado para suprir as especificidades de cada mesoregião. A expansão industrial induziu a conurbação e consolidou a Região Metropolitana do Vale do Paraíba ao longo do eixo rodoferroviário; principal corredor de produtos e serviços do Brasil. Porém, com um custo ambiental elevado, com o aterro de áreas inundáveis (várzeas), uso descontrolado dos recursos hídricos subterrâneos, descarga de efluentes no rio Paraíba, poluição da atmosfera e degradação dos solos pela mineração. Os impactos na bacia sedimentar de Taubaté são irreversíveis e comprometem a estabilidade geoambiental, a ponto de limitar a oferta futura de água subterrânea devido à provável contaminação do subsolo por resíduos orgânicos, metais e outros poluentes. A monocultura do eucalipto nas áreas montanhosas incita mudanças na posse da terra, com redução na produção de alimentos básicos e postos de trabalho. Apesar de o impacto ser menor que agricultura e pastagens, há necessidade de um zoneamento a fim de garantir o baixo impacto ambiental. Há em todo o Vale do Paraíba um saudosismo pela época antiga. Porém, áreas providas de alguma infraestrutura e atrativas sob o ponto de vista turístico estão sofrendo o parcelamento do solo para fins especulativos, fomentando o desmatamento para a venda das terras para chácaras e residências de fim de semana. A difusão dos sistemas agroflorestais é importante para restaurar ambientes degradados e melhorar o aproveitamento das terras e dos recursos hídricos. Dada à diversidade de cultivos, os SAFs podem promover a segurança alimentar, melhorar a distribuição da renda ao longo do tempo, agregando valor a terra. O principal objetivo desse estudo foi fornecer embasamento histórico para possibilitar o planejamento de pesquisas sobre sistemas agroflorestais, com foco no cultivo de Guanandi (Calophyllum braziliense), com diversidade de culturas anuais e árvores nativas

    Adubos verdes para sistemas agroflorestais com Guanandi cultivado em várzea e terraço fluvial.

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    A Mata Atlântica é um complexo de ecossistemas com elevada diversidade biológica; um dos biomas mais ameaçados do mundo pelas agressões às florestas; uma das cinco regiões do planeta de maior prioridade para a conservação. Em Pindamonhangaba, SP, vem sendo realizado experimentos de conversão agroflorestal de áreas de plantio de Guanandi (Calophyllum braziliense) em várzeas e terraços fluviais. O objetivo desse trabalho é buscar alternativas menos impactantes, rentáveis e com potencial de contribuição à conservação ambiental, com a seleção de adubos verdes adaptados regionalmente para compor os sistemas agroflorestais (SAFs). Os SAFs estão ajudando a restaurar a Mata Atlântica resgatando a vocação agrícola da Fazenda Coruputuba. Essa revisão bibliográfica contém relatos de experiências com adubação verde em SAFs, como subsídio ao planejamento agroflorestal focado no consórcio com o guanandi. Apresenta a caracterização física da região, dos mecanismos de adaptação do guanandi à inundação do solo - ênfase na ecofisiologia -, aborda o estado da arte do emprego da adubação verde em SAFs em diversas regiões, principalmente, porque são escassos os relatos do manejo agroflorestal no Vale do Paraíba. Por fim, são elencadas algumas espécies para compor os sistemas em desenvolvimento. Na várzea, foram introduzidas a herbácea paquinha, a arbustiva flemíngia e as arbóreas sesbânia, ingá, eritrina e anjico preto. No terraço, o guandu está consorciado com as mesmas espécies arbóreas instaladas na várzea, excessão para sesbânia. É possível introduzir outras espécies para adubação verde, tais como as reptantes - amendoim/várzea e cudzu/terraço - para cobertura perene do solo ocupando todos os estratos da sucessão. Esse trabalho é apenas um resumo, existe ainda um elenco muito diverso de espécies nativas e exóticas não relacionadas que podem compor os SAFs no Vale do Paraíba

    Culturas anuais para sistemas agroflorestais com Calophyllum braziliense em várzea e terraço fluvial.

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    A Mata Atlântica é um complexo de ecossistemas com elevada diversidade biológica; um dos biomas mais ameaçados do mundo pelas agressões às florestas; uma das cinco regiões do planeta de maior prioridade para a conservação. Em Pindamonhangaba, SP, vem sendo realizado experimentos de conversão agroflorestal de áreas de plantio de Guanandi (Calophyllum braziliense) em várzeas e terraços fluviais. O objetivo desse trabalho é buscar alternativas menos impactantes, rentáveis e com potencial de contribuição à conservação ambiental, mediante a seleção de culturas anuais adaptadas regionalmente para compor os sistemas agroflorestais (SAFs). Os SAFs estão ajudando a restaurar a Mata Atlântica resgatando a vocação agrícola da Fazenda Coruputuba. Essa revisão bibliográfica contém relatos de experiências com culturas anuais em SAFs, como subsídio ao planejamento agroflorestal focado no consórcio com o guanandi. Apresenta a caracterização física da região, dos mecanismos de adaptação do guanandi à inundação do solo - ênfase na ecofisiologia - e aborda o estado da arte do emprego de culturas anuais em SAFs em diversas regiões, principalmente, porque são escassos os relatos do manejo agroflorestal no Vale do Paraíba. Por fim, são elencadas algumas espécies para compor os sistemas em desenvolvimento. Na várzea, é possível introduzir o taro, taioba e o inhame, com segurança. No terraço, a mandioca, araruta, açafrão, ariá, mangarito, gengibre e inhame são recomendáveis para associação com guanandi. Ora-pro-nóbis e major-gomes são rústicas e adaptam-se aos dois ambientes. Major-gomes é espontânea no estrato rasteiro em povoamentos agroflorestais de anjico e guanandi, na Fazenda Coruputuba. O cultivo das espécies deve ser feito em sucessão, ocupando diferentes estádios do sistema. Inicialmente, com espécies heliófitas, como a mandioca, em rotação com espécies tolerantes ao sombreamento (ariá, mangarito, araruta, açafrão). Esse trabalho é apenas uma revisão e não pretende restringir a escolha de outras espécies que não relacionadas consideradas importantes para a funcionalidade dos SAFs, como a batata-doce (Ipomoea batatas), feijões (Vigna unghiculata, Cajanus cajan), dentre outras

    Terra preta de índio (TPI) Anthropogenic Dark Earth.

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    As pesquisas arqueológicas sobre a Terra Preta de Índio no Brasil vem despertando a atenção mundial devido às propriedades que o solo adquiriu através da adição de grande quantidade de carbono e restos orgânicos e cerâmicos. Essa Revisão de Literatura possibilita uma introdução sobre Terra Preta de Índio e as pesquisas sobre o Biochar (Biocarvão)

    Aplicações de fungos micorrízicos arbusculares no gênero Calophyllum sp. em restauração ambiental e sistemas agroflorestais.

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    O gênero Calophyllum spp., nativo das Américas representa uma oportunidade econômica de restauração ambiental. O uso de micorrizas potencializa o crescimento e melhora o desenvolvimento vegetal, em reflorestamentos e sistemas agroflorestais. Essa revisão pretende oferecer uma visão ampla do estado da arte do emprego de micorrizas no gênero Calophyllum sp

    Gestão ambiental de sistemas agroflorestais com Guanandi(Calophyllum braziliense).

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    Em Pindamonhangaba (SP), os sistemas agroflorestais com Guanandi (Calophyllum braziliense) em áreas várzeas e terraços fluviais estão sendo pesquisados na Fazenda Coruputuba. No ano de 2007, o proprietário redefiniu o uso do solo da propriedade: 10 ha de várzeas antes cultivadas com arroz passaram ao domínio do guanandi; introduziu acácia (Acacia mangium) em 17ha de terraços substituindo o eucalipto, e prosseguiu o plantio em pastagens formadas após o corte do eucalipto, totalizando 34ha de acácia; no ano de 2008 realizou o plantio de guanandi em 8ha de terraço fluvial. No ano de 2011, em parceria com a APTA – Polo Regional do Vale do Paraíba, com base na geração participativa de tecnologias, deu-se início à conversão agroflorestal dos plantios de guanandi. A introdução de mecanismos de gestão ambiental e de avaliação de impactos socioambientais referentes às tecnologias em desenvolvimento é um dos focos dessa parceria, no âmbito do projeto ‘Biodiversidade na produção agroflorestal de guanandi e acácia’. Foram escolhidos os sistemas APOIA-NovoRural e Ambitec-Agro, ambos desenvolvidos no Laboratório de Gestão Ambiental da Embrapa Meio Ambiente, para balizar ações e subsidiar a tomada de decisão pelo produtor empreendedor. O objetivo é reduzir os impactos ambientais dos sistemas de cultivo, torná-los rentáveis e com potencial contribuição à conservação ambiental mediante adaptação de culturas anuais e adubação verde compondo os sistemas agroflorestais (SAFs) com o guanandi. Os SAFs estão ajudando a restaurar a Mata Atlântica e resgatar a vocação agrícola da Fazenda Coruputuba. Essa revisão contém a caracterização física do Vale do Paraíba, dos mecanismos de adaptação do guanandi à inundação do solo - ênfase na ecofisiologia -, aborda diversos mecanismos de gestão ambiental de sistemas agroecológicos e agroflorestais, subsídio à análise de sustentabilidade proposta. Aborda especificamente os sistemas APOIA-NovoRural de Avaliação Ponderada de Impacto Ambiental de Atividades Rurais, que integra 62 indicadores de desempenho em cinco dimensões de sustentabilidade: Ecologia da paisagem, Qualidade ambiental (atmosfera, água e solo), Valores socioculturais, Valores econômicos e Gestão e administração; e Ambitec-Agro, que representa uma validação crítica de um público selecionado que julgou os impactos dos SAFs na sustentabilidade do empreendimento, utilizando onze planilhas com indicadores correlacionáveis. O método APOIA-NovoRural revelou um estabelecimento renovado, com um índice integrado de (0,79), situado entre os cinco mais elevados índices de sustentabilidade no horizonte de 178 estudos de caso, conforme registros da Embrapa Meio Ambiente. A análise dos impactos das pesquisas sobre os SAFs na gestão socioambiental do estabelecimento foram caracterizados como positivos e potencializados pela dedicação e perfil dos responsáveis pelo estabelecimento e ao bom relacionamento interinstitucional. Os participantes da oficina Ambitec-Agro reconheceram importantes contribuições dos sistemas agroflorestais da Fazenda Coruputuba, por meio de 125 indicadores de sustentabilidade, promovendo o desenvolvimento regional sustentável, tonando-se referência de diversificação produtiva, agregação de valor a terra e integração da pesquisa participativa com o setor produtivo. Esse estudo também se destaca por ser a primeira adaptação dos referidos métodos para a avaliação da sustentabilidade de sistemas agroflorestais

    Mutirão agroflorestal, 29-Novembro, 2013: assentamento Manoel Neto, Taubaté, SP, Brasil.

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    O objetivo do mutirão agroflorestal é preparar agricultores familiares, profissionais de assistência técnica, ensino, pesquisa e extensão rural para instalar e manejar sistemas agroflorestais (SAFs) adotando a metodologia participativa de mutirão agroflorestal. A Oficina de implantação do SAF em mutirão agroflorestal, reuniu um público variado e resultou na instalação de uma unidade de desenvolvimento tecnológico agroflorestal participativa
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