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    VAMOS CUIDAR DO NOSSO CORPO! EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA SOBRE BOAS PRÁTICAS DE HIGIENE INFANTIL

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    Introdução: Os hábitos de higiene tem início na infância, sendo a higiene corporal tratada como condição para uma vida saudável. A escola se caracteriza como um importante espaço para a inserção de profissionais da saúde e o desenvolvimento de boas práticas de higiene, a partir de um trabalho de conscientização das crianças. Objetivo: Relatar uma atividade de educação em saúde na escola sobre boas práticas de higiene. Metodologia: Relato de experiência de uma atividade de educação em saúde na escola, com crianças de 5 a 7 anos, sobre boas práticas de higiene. A atividade foi desenvolvida por acadêmicas de Enfermagem da Universidade do Oeste de Santa Catarina, durante o estágio em Saúde Coletiva em uma Estratégia Saúde da Família, em março de 2018. Houve encenação de teatro pelas acadêmicas, seguido de conversação sobre o assunto, com o auxílio de apresentação audiovisual, vídeos educativos e, por fim, dinâmica de perguntas e respostas com placas para um feedback com as crianças. Resultados: Por meio da ludicidade como ferramenta para aprendizagem das crianças, as mesmas mostraram-se participativas e interessadas no assunto, visto que se trata do cuidado com seu próprio corpo e da importância que as boas práticas de higiene têm para o seu próprio bem estar. Conclusão: É na infância que a criança aprende a cuidar do seu corpo, sendo importante o desenvolvimento de atividades de educação em saúde, utilizando a escola como espaço de aprendizado sobre as boas práticas de higiene, contribuindo para a autonomia e responsabilidade da criança sobre os cuidados com seu corpo

    EDUCAÇÃO SEXUAL PARA ADOLESCENTES DO CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

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    Introdução: Tendo em vista o alto índice de transmissão de infecções sexualmente transmissíveis entre os adolescentes, o profissional de Enfermagem se insere neste contexto da educação sexual contribuindo para a conscientização desses adolescentes, por meio de orientações e informações sobre o assunto. Objetivo: Relatar a atividade de educação em saúde sobre  sexualidade para adolescentes que frequentam o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de uma atividade de educação em saúde para adolescentes que frequentam o CRAS. Foi abordado o assunto 'Sexualidade', como: puberdade, infecções sexualmente transmissíveis e métodos contraceptivos, por meio de apresentação audiovisual e roda de conversa com os adolescentes. A atividade foi realizada pelas acadêmicas de Enfermagem da 9ª fase, durante o Estágio Supervisionado II em uma Estratégia Saúde da Família, no município de São Miguel do Oeste, no mês de Maio de 2018. Resultados: Durante a atividade os adolescentes se mostraram pouco participativos e sem muitos questionamentos. Acredita-se que isso possa ser em consequência da sexualidade ainda ser considerado um tabu na sociedade. Considerações Finais: Por meio desta atividade nota-se a importância de continuar investindo em atividades de educação sexual com os adolescentes, a fim de conscientizar os adolescentes sobre a importância da prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e da utilização de métodos contraceptivos para evitá-las

    DESAFIOS DE ENFERMEIROS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA NA REALIZAÇÃO DO PRÉ-NATAL

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    Introdução: O pré-natal constitui um momento de grande perspectiva e preparação para a maternidade, sendo o acompanhamento que a gestante tem desde a concepção do feto até o trabalho de parto. É através dessas consultas que a gestante irá acompanhar o desenvolvimento de sua gravidez e as condições do feto, caracterizando-se como um período de aprendizado, fundamental para a construção do binômio mãe-filho (DUARTE; ANDRADE, 2008; TEIXEIRA; AMARAL; MAGALHÃES, 2010; MARTINS, 2012). Uma atenção efetiva no pré-natal exercerá um papel fundamental no desfecho do processo do parto e nascimento, além de contribuir para a redução e prevenção da morbimortalidade materna e perinatal (ANVERSA et al., 2012; CESAR et al., 2012; DOMINGUES et al., 2012). Objetivo: Descrever os desafios dos enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família (ESF) na realização do pré-natal. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritiva-exploratória desenvolvida no município do Extremo Oeste de Santa Catarina, junto às dez ESFs que o município dispõe. Participaram do estudo onze enfermeiros. Foram incluídos no estudo profissionais que realizam pré-natal na Atenção Primária de Saúde e foram excluídos os profissionais que se encontravam em afastamento em virtude de gozo de férias, licença especial, tratamento de saúde ou maternidade no período que sucedeu a pesquisa. A coleta de dados foi realizada entre os meses de maio e junho de 2017, sendo empregada uma entrevista semiestruturada. As entrevistas foram de caráter individual, realizadas em um espaço que garantiu a privacidade aos participantes, sendo gravadas em aparelho digital, com o consentimento dos participantes, de modo a registrar integralmente suas falas, assegurando material autêntico para a análise. Os dados foram submetidos a análise de conteúdo do tipo temática, proposta por Minayo. O estudo respeitou os preceitos éticos que regem a pesquisa com seres humanos, em conformidade com a Resolução nº 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde. A pesquisa foi aprovado por meio do Parecer Consubstanciado emitido pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Oeste de Santa Catarina, sob o CAAE número 66358317.0.0000.5367 e Parecer número 2.032.456. Resultados e discussão: Fizeram parte do estudo onze enfermeiros que atuam nas ESF de um município do Extremo Oeste de Santa Catarina. Entre estes, dez são do sexo feminino e um do sexo masculino, com idade entre 24 e 40 anos e tempo de formação variando entre dois e treze anos. Dos entrevistados, somente um possui especialização na área de obstetrícia. Como desafios para a assistência pré-natal, os enfermeiros citaram a falta tempo, em decorrência do excesso de demanda e das atividades internas e burocráticas que ocupam a maioria do tempo. O profissional enfermeiro tem total autonomia para prestar essa assistência e é um direito das gestantes ter esse atendimento com o profissional mas, para que isso ocorra, é preciso que haja planejamento e organização dentro das unidades. O planejamento de atividades complexas, como as atividades do pré-natal, exige multidisciplinaridade de tarefas, pois durante o exercício de suas funções ainda existe a sobrecarga de atendimentos e demandas da unidade. Acrescenta-se a isto, o fato do enfermeiro ser responsável pela organização e todo o funcionamento administrativo da unidade (ASSIS et al., 2011). Outro fator, é a baixa adesão das gestantes em participar dos grupos, em razão de que a maioria trabalha e não tem incentivo e liberação do local em que atua, dificultando a participação e o envolvimento nas atividades. No Brasil, é muito forte a representação social das gestantes sobre os processos gestacionais. É um fenômeno natural que contribui para a falta de cuidado na gravidez e para a não aderência e evasão do programa do pré-natal (SHIMIZU; LIMA, 2009). O acolhimento e as orientações com informações seguras ampliam o interesse das mulheres quanto a importância do pré-natal, com vistas à promoção da saúde e à prevenção de doenças que podem vir a ocorrer durante a gravidez. O interesse é o aprofundamento dos conhecimentos sobre esta fase da vida, possibilitando viverem a gravidez da melhor forma possível (TEIXEIRA; AMARAL; MAGALHÃES, 2010). Outro desafio apontado pelos entrevistados é a falta de profissionais nas unidades, dificultando a assistência pelo excesso de demanda e pela sobrecarga de trabalho. Além disso, é fundamental que os profissionais de saúde estejam preparados e capacitados, sendo um fator indispensável para uma assistência qualificada. Faz-se necessário um processo educativo que favoreça aos profissionais a aquisição de competências práticas e habilidades para a resolução de problemas, pensamento crítico e tomada de decisões (RODRIGUES et al., 2011). Somado ainda, há baixa atuação da equipe multidisciplinar, que cada profissional dentro da sua especialidade estaria contribuindo no cuidado com as gestantes, proporcionando melhor acolhimento, segurança e suporte. A equipe deve estar sensibilizada para a importância dos profissionais disponíveis, criando oportunidades e incluindo-os na assistência pré-natal, contribuindo para colocar em prática a integralidade da atenção (FIGUEIREDO; ROSSONI, 2008). Por fim, outro ponto que pode dificultar a realização de ações educativas é a falta de estrutura física nas ESFs. A infraestrutura adequada, além de equipamentos, insumos e profissionais capacitados são essenciais para a realização de um pré-natal de qualidade. A qualidade do atendimento profissional depende basicamente dos recursos disponíveis para a sua atuação, de modo que a falta destes, compromete fortemente o trabalho dos profissionais. Também a existência destes recursos promove a qualificação do atendimento (PEDROSA; CORREA; MANDÚ, 2011). Considerações finais: O profissional da enfermagem deve sempre estar preparado para prestar uma assistência eficaz, humanizada e qualificada às usuárias que procuram atendimento na ESF, com especial atenção na fase do pré-natal, pois a mulher se encontra em um momento frágil e necessita de orientações e apoio. Para tanto, há necessidade de capacitação e qualificação dos profissionais, melhora da estrutura e criação de ações em saúde, que visem o cuidado holístico, a fim de reduzir os fatores de risco e propiciando maior segurança e integralidade na assistência. Referências:ANVERSA, E. T. R. et al. Qualidade do processo da assistência pré-natal: unidades básicas de saúde e unidades de Estratégia Saúde da Família em município do Sul do Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 28, n. 4, p. 789-800, abr. 2012.ASSIS, W. D. et al. Processo de trabalho da enfermeira que atua em puericultura nas unidades de saúde da família. Rev Bras Enferm., Brasília, v. 64, n. 1, p. 38-46, jan./fev. 2011.CESAR, J. A. et al. Assistência pré-natal nos serviços públicos e privados de saúde: estudo transversal de base populacional em Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 28, n. 11, p. 2106-2114, nov. 2012.DOMINGUES, R. M. S. M. et al. Avaliação da adequação da assistência pré-natal na rede SUS do Município do Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 28, n. 3, p. 425-437, mar. 2012DUARTE, S. J. H; ANDRADE, S. M. O. O Significado do pré-natal para mulheres grávidas: uma experiência no município de Campo Grande, São Paulo. Saúde Soc., São Paulo, v. 17, n. 2, p. 132-139, jun. 2008.FIGUEIREDO, P. P.; ROSSONI, E. O acesso à assistência pré-natal na atenção básica à saúde sob a ótica das gestantes. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre, v. 29 n. 2, p. 238-245, jun. 2008.MARTINS, J. S. A. et al. A assistência de enfermagem no pré-natal: enfoque na Estratégia da Saúde da Família. Rev. UNIABEU, v. 5, n. 9, p. 278-288, jan./abr. 2012.PEDROSA, I. C. F.; CORREA, A. C. P.; MANDÚ, E. N. T. Influências da infraestrutura de centros de saúde nas práticas profissionais: percepções de enfermeiros. Cienc Cuid Saúde, Cuiabá, v. 10, n. 1, p. 58-65, jan./mar. 2011.RODRIGUES, I. R. et al. Elementos constituintes da consulta de enfermagem no pré-natal na ótica de gestantes. Rev. Rene. v. 17, n. 6, p. 774-781, nov./dez. 2016.TEIXEIRA, I. R.; AMARAL, R. M. S.; MAGALHÃES, S. R. Assistência de enfermagem ao pré-natal: reflexão sobre a atuação do enfermeiro para o processo educativo na saúde gestacional da mulher. e-Scientia, Belo Horizonte, v. 3, n. 2, p. 26-31, 2010

    PERCEPÇÕES E AÇÕES DE ENFERMEIROS SOBRE A ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

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    Introdução: A gestação é um momento de grandes transformações na vida da mulher. Ao tornar-se mãe, muitas são as mudanças que se apresentam à mulher em aspectos físicos, psicológicos, familiares e sociais (PICCININI et al., 2012). Neste contexto, o pré-natal constitui um momento de grande perspectiva e preparação para a maternidade, sendo o acompanhamento que a gestante tem desde a concepção do feto até o trabalho de parto. É através dessas consultas que a gestante irá acompanhar o desenvolvimento de sua gravidez e as condições do feto, caracterizando-se como um período de aprendizado, fundamental para o bom desenvolvimento do binômio mãe-filho (DUARTE; ANDRADE, 2008; TEIXEIRA; AMARAL; MAGALHÃES, 2010; MARTINS, 2012). No Brasil, de acordo com a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem, o enfermeiro pode acompanhar integralmente o pré-natal de uma gestante de baixo risco. Em muitas instituições de saúde, na Atenção Básica de Saúde e nas Estratégias de Saúde da Família, é esperado que os enfermeiros se responsabilizem pela assistência pré-natal, objetivando monitorar, prevenir e identificar intercorrências maternas e fetais e, ainda, realizar atividades educativas acerca da gravidez, parto e puerpério (BRASIL, 2006; DOTTO; MOULIN; MAMEDE, 2006). Sendo que o mesmo possui os pré-requisitos que possibilitam o atendimento humanizado e estabelecimento de vínculo, que irão propiciar o desenvolvimento da sensibilidade para visualizar a gestante na sua integralidade. A assistência pré-natal humanizada deve ser realizada com a integração de condutas em que a gestante se sinta acolhida e evitando intervenções desnecessárias, integrando ações de prevenção e promoção da saúde da gestante e do bebê em todos os níveis de atenção à saúde (BRASIL, 2006; REIS; LOPES, 2015). Objetivo: Descrever as percepções de enfermeiros sobre a assistência pré-natal de baixo risco às gestantes no contexto da Estratégia de Saúde da Família. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritiva-exploratória. Recorte de um Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação de Enfermagem, desenvolvido no município de São Miguel do Oeste junto aos enfermeiros atuantes nas Estratégias de Saúde da Família pertencentes ao município. Dentre os critérios de inclusão dos participantes, foi considerado: ser graduado em Enfermagem. No que tange aos critérios de exclusão, foram excluídos do estudo os profissionais com algum tipo de afastamento, em virtude de gozo de férias, licença especial, tratamento de saúde ou maternidade. Para a coleta de dados foi utilizada a entrevista semiestruturada. As entrevistas foram de caráter individual, e realizadas em um espaço que garanta a privacidade do participante. Foram gravadas em aparelho digital com o consentimento do participante de modo a registrar integralmente a fala, assegurando material autêntico para a análise. A coleta dos dados foi realizada no mês de maio e junho de 2017. Para análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo do tipo temática, proposta por Minayo. O projeto de pesquisa foi aprovado por meio do Parecer Consubstanciado emitido pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Oeste de Santa Catarina, sob o CAAE número 66358317.0.0000.5367 e Parecer número 2.032.456. Resultados e Discussão: Fizeram parte do estudo onze enfermeiros que atuam nas Estratégias de Saúde da Família do município de São Miguel do Oeste, localizado na região do extremo oeste de Santa Catarina. Entre estes, dez são do sexo feminino e um do sexo masculino, com idade entre 24 e 40 anos e tempo de formação entre dois anos e treze anos. Dos entrevistados, dez não possuem especialização na área de obstetrícia e uma enfermeira está com a especialização na área em andamento. Dentre as percepções e ações do enfermeiro na assistência ao pré-natal na ESF, pode perceber-se que possuem o conhecimento acerca do número de consultas estipuladas e dos benefícios advindos delas. O Ministério da Saúde preconiza que sejam realizadas no mínimo seis consultas durante o pré-natal de baixo risco, com início precoce do acompanhamento já no primeiro trimestre de gravidez, incluindo a realização de algumas ações de prevenção (NUNES et al., 2016).  Nisso as gestantes diagnosticadas com alguma patologia ou que necessitem de atendimento mais especializado são encaminhadas prontamente para o atendimento específico de ginecologia e obstetrícia, nestes casos também são incluídas as gestantes em que foram identificados fatores de riscos. Estas são estimuladas a manterem o vínculo com a ESF, onde a equipe de saúde deve ser informada a respeito da evolução da gestação e os tratamentos prescritos. Na primeira consulta torna-se essência o bom recebimento e acolhimento da gestante na unidade, juntamente com a triagem, ou seja, a verificação de sinais vitais, peso, altura e principais sinais e sintomas referidos pela gestante. Com o exame comprobatório da gravidez em mãos, são encaminhadas ao médico para requisitar os exames complementares, portanto o enfermeiro ainda não pode solicitar os primeiros exames à gestante, mesmo estando capacitado para realizar esta função. É realizado o cadastramento nos SISPRENATAL e preenchimento da carteirinha de gestante com todos os dados da gestante. De acordo com o manual do pré-natal e puerpério, um pré-natal qualificado requer atuação de uma equipe multiprofissional, sendo o enfermeiro uma parte desta equipe e que está capacitado para realizar a assistência direta à mulher gestante, cabendo-lhe a realização de diversas atividades relacionadas à gestação, como ações de educação em saúde para as mulheres, seus companheiros e familiares, realização da consulta de Enfermagem no pré-natal de baixo risco, solicitação exames conforme protocolo da instituição, identificação e encaminhamento da gestante de alto risco para atendimento especializado com médico obstetra, realização de grupo de gestante, sala de espera, visitas domiciliares, fornecimento do cartão da gestante, sendo atualizado ao passar pelas consultas, cadastramento no SISPRENATAL e realização de exame preventivo citopatológico de colo de útero. Todas essas ações são privativas do enfermeiro, embasadas pela Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que regulamenta o exercício profissional do enfermeiro. (PRIMO; BOM; SILVA, 2008). Outro ponto importante que surgiu durante as entrevistas foi a vacinação da gestante. Vários são os profissionais que, diante da descoberta da gestação, juntamente com o início do pré-natal, orientam e verificam a situação vacinal da gestante, tendo em vista que os encaminhamentos dependem da situação vacinal em que se encontra. O principal objetivo da vacinação para a gestante é a proteção para a mulher, deixando-a imune a doenças e possíveis complicações associadas à gestação, além de proteger o bebê, fornecendo-lhe anticorpos, já que ao nascer seu sistema imunológico ainda é imaturo (LOUZEIRO et al., 2014). Outra questão é a orientação oferecida pelo enfermeiro, sendo primeiramente esclarecido os direitos das gestantes, observação de sinais e sintomas, mudanças corporais, realização de atividades físicas, mudanças na alimentação, cuidados com higiene e ingestão de drogas e bebidas alcoólicas, vacinação, realizações de consultas, exames solicitados e ultrassom, medicações necessárias, realização do preventivo, esclarecimento de dúvidas e mitos da gestação, tipos de parto e amamentação. As consultas do pré-natal são realizadas intercalando o enfermeiro e o médico, sendo que é de extrema importância a realização de ações educativas em promoção de saúde da gestante, onde ocorre formação de vínculo proporcionando um atendimento humanizado e integral, também assim, agindo de forma que as gestantes tenham maior adesão as consultas. Por meio da promoção de saúde, acolhimento e a formação de vínculo entre gestante e enfermeiro, é possível a conscientização da gestante em relação à necessidade da realização do acompanhamento pré-natal, aumentando assim suas chances de adesão. Dessa forma são realmente realizados os cuidados de forma integral, com todo empenho e dedicação dos profissionais, que devem ser agregadas a partir da formação profissional e da prática diária, para que o pré-natal seja eficaz e seguro para a saúde da mãe e do bebê (COSTA et al., 2013). Conclusão: A realização do pré-natal é de suma importância pois proporciona para a mulher uma assistência integral e humanizada neste período tão importante de sua vida, bem como evidencia as dificuldades vivenciadas no cotidiano para a realização deste acompanhamento. Diante disso, a escuta e o diálogo entre enfermeiro e gestante tornam-se fundamentais para tornar o pré-natal efetivo e qualificado, onde o enfermeiro deve estar preparado para trabalhar, oferecendo suporte técnico-científico, além de passar confiança e segurança à mulher e sua família, amenizando os desafios enfrentados durante o período gestacional e diminuindo, assim, riscos de morbimortalidade materna e neonatal

    PRECISAMOS FALAR SOBRE O ABUSO SEXUAL! EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM CRIANÇAS DO CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

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    Introdução: O abuso sexual desponta como uma das principais formas de violência contra crianças e adolescentes, envolvendo um comportamento sexual vinculado ao desrespeito do indivíduo e dos seus limites. Trata-se de um tema extremamente importante na área social com grande repercussão na vida futura dos envolvidos, especialmente das crianças. Objetivo: Relatar uma atividade de educação em saúde sobre o abuso sexual, realizada com crianças que frequentam o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Metodologia: Relato de experiência de uma atividade de educação em saúde com crianças de 5 a 9 anos que frequentam o CRAS, desenvolvida por acadêmicas de Enfermagem da Universidade do Oeste de Santa Catarina, campus São Miguel do Oeste (SC), durante o Estágio Supervisionado II de Saúde Coletiva, no mês de Abril de 2018. Foram realizados teatro de fantoches, dinâmica com balões que continham perguntas que deveriam ser respondidas pelas crianças e apresentados vídeos sobre o abuso sexual. Resultados: A atividade permitiu a integração entre as acadêmicas e as crianças, que se mostraram participativas. As crianças demonstraram interesse na atividade desenvolvida, principalmente pela ludicidade e leveza com que o assunto foi tratado, a partir do teatro de fantoches e da dinâmica com balões. Conclusão: A dinâmica desta forma de violência é complexa, envolvendo aspectos psicológicos, sociais e legais. Sendo assim, há a necessidade urgente de promover ações preventivas para as crianças e adolescentes, devido aos sérios prejuízos para o desenvolvimento das vítimas

    GESTÃO E GERENCIAMENTO DE ENFERMAGEM: DESAFIOS E DIFICULDADES ENFRENTADOS NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

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    Introdução: As Estratégias de Saúde da Família (ESF) são fundamentais para a oferta de uma atenção integral à saúde da população brasileira por meio do sistema público de saúde. Entretanto, para que a Atenção Básica possa cumprir seu papel na atenção à saúde e de ordenadora do cuidado na Rede de Atenção à Saúde, é necessária uma gerência local capaz de coordenar a equipe de saúde de modo a garantir a execução do projeto proposto para esse nível de atenção (NUNES, 2017). Neste âmbito de gestão e gerenciamento em saúde, destaca-se o papel do enfermeiro, haja vista a perspectiva ampliada de atuação desse profissional, que vai além dos aspectos técnicos assistenciais e gerenciais da prática profissional, mas que se insere, também, no campo da gestão da estrutura organizacional dos sistemas de saúde, em uma proposta de participação ativa e articulada nos processos decisórios (CHAVES; TANAKA, 2012). O gestor tem a função de proporcionar elos de comunicação com a população, realizar atendimento individual e coletivo, implementando o acolhimento, capacitação em serviços e participação no planejamento das atividades das equipes de trabalho, tornando-se fundamental para o bom funcionamento das mesmas (AARESTRUP; TAVARES, 2008). Contudo, tem sido evidenciado que, nas organizações de saúde, o enfermeiro tem apresentado dificuldade no desenvolvimento de suas atividades gerenciais, sobretudo no que diz respeito à articulação do processo de trabalho gerencial com o assistencial, favorecendo o distanciamento do enfermeiro para com a assistência prestada diretamente aos pacientes, colocando em questão o seu papel nas organizações de saúde (SANCHES; CRISTOVAM; SILVINO, 2006; LIMA et al., 2014). Objetivo: Descrever as percepções de enfermeiros sobre os desafios e dificuldades enfrentados na gestão e no gerenciamento de Enfermagem na Estratégia de Saúde da Família. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de delineamento qualitativo, do tipo exploratória e descritiva. Recorte de um Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Enfermagem, desenvolvido em um município do Extremo Oeste do estado de Santa Catarina, junto à Coordenadoria de Saúde e às nove Estratégias de Saúde da Família que o município dispõe, sendo que os participantes do estudo foram enfermeiros atuantes nestas áreas. Dentre os critérios de inclusão, foram considerados: ser graduado em Enfermagem. Foram excluídos do estudo os profissionais que se encontravam em algum tipo de afastamento, em virtude de gozo de férias, licença especial, tratamento de saúde ou maternidade. Para a coleta de dados foi empregada a entrevista semiestruturada. As entrevistas tiveram caráter individual e foram realizadas em um espaço que garantisse a privacidade do participante. As entrevistas foram gravadas em aparelho digital com o consentimento do participante de modo a registrar integralmente a fala, assegurando material autêntico para a análise. A coleta dos dados aconteceu no mês de julho de 2017. A mesma obedeceu ao critério de saturação temática, a qual se interrompe a inclusão de novos participantes quando os dados obtidos passam a apresentar, na avaliação do pesquisador, certa redundância ou repetição, não sendo considerado relevante persistir na coleta de dados. Após a realização das entrevistas, ocorreu a transcrição dos dados obtidos por meio das gravações das falas dos participantes, de forma literal em um editor de textos, constituindo o corpus da pesquisa. Para análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo do tipo temática, proposta por Minayo. A análise de conteúdo parte de uma leitura de primeiro plano dos documentos para atingir um nível mais profundo, ultrapassando os sentidos manifestos do material. O estudo respeitou os preceitos éticos que regem a pesquisa com seres humanos, em conformidade com a Resolução nº 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2012). Foi fornecido a cada entrevistado da pesquisa um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Além disso, ficou assegurado que a informação obtida por meio da coleta dos dados foi mantida em sigilo e de que a identidade do sujeito não será revelada em nenhuma circunstância. O projeto de pesquisa foi aprovado por meio do Parecer Consubstanciado emitido pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Oeste de Santa Catarina, sob o CAAE número 69707117.5.0000.5367 e Parecer número 2.148.788. Resultados e discussão: Fizeram parte do estudo onze enfermeiros atuantes na Coordenadoria de Saúde e nas Estratégias de Saúde da Família de São Miguel do Oeste.  Destes, dez são do sexo feminino e um do sexo masculino, com idade entre 24 e 38 anos e tempo de formação entre um ano e meio e 20 anos. Quatro possuem especialização em Saúde Pública e os outros sete não possuem especialização na área. Dentre as dificuldades enfrentadas pelo enfermeiro na gestão e no gerenciamento de uma ESF, percebe-se a falta de planejamento e organização das ações. Na maioria das vezes, o enfermeiro se ocupa da resolução de problemas imediatos e urgentes, devido ao acúmulo de funções e ao excesso de demanda que deve ser atendida, não sendo possível um planejamento adequado para a realização das suas atribuições, acarretando em uma lacuna no trabalho gerencial de Enfermagem. Um exercício profissional que prioriza as demandas e fragilidades institucionais às suas competências profissionais prejudica a identidade e valorização da profissão, gerando uma sobrecarga psíquica e de trabalho, comprometendo a qualidade da assistência (PIVOTO et al., 2017). Outra dificuldade apontada pelos enfermeiros faz referência a pouca autonomia para o processo decisório e para a resolução de casos que surgem na ESF. Os espaços para o desenvolvimento da autonomia do enfermeiro podem ser encontrados na consulta de Enfermagem, durante o atendimento ao paciente, suporte aos exames laboratoriais, prescrição de remédios padronizados ou por meio da educação em saúde (GOMES; OLIVEIRA, 2008). Alguns dos enfermeiros entrevistados referem que encontram dificuldades no trabalho em equipe, pois, em alguns casos, há pouca colaboração dos profissionais da equipe, o que pode tornar o trabalho pouco produtivo e, por vezes, ineficiente. O enfermeiro enquanto líder precisa desenvolver algumas habilidades que incluem a capacidade de ver o todo, incentivar pensamento criativo de sua equipe, tomar decisões sensatas, além de identificar e resolver conflitos. Esta competência também se faz necessária, ao analisar o trabalho da Enfermagem no campo da saúde como um trabalho coletivo (AMESTOY, 2014; LIMA et al., 2014). A falta de profissionais de Enfermagem em uma Estratégia de Saúde da Família também é apontada como uma dificuldade pois, tornam as responsabilidades assumidas incompatíveis com o número de profissionais disponíveis para a garantia da assistência, aumentando as cargas fisiológicas e psicológicas desses profissionais (TRINDADE et al., 2014). Quando questionados sobre falta de materiais nas unidades de saúde, os entrevistados citaram que a falta dos materiais básicos dificulta muito o atendimento e a qualidade de vida da população que precisa de assistência. Assim, a administração de recursos materiais tem sido motivo de preocupação nas organizações de saúde públicas devido a orçamentos restritos, necessitando de maior controle do consumo e dos custos para que não privem funcionários e pacientes do material necessário (GARCIA et al., 2012).  Por fim, os entrevistados relatam que, devido à grande demanda de atividades administrativas nas unidades, é dificultoso realizar ações de promoção da saúde e prevenção de agravos com a comunidade. Encontram muita dificuldade em conciliar o gerenciamento administrativo e o gerenciamento do cuidado de Enfermagem, ficando este em segundo plano. Não realizando as ações de cuidado adequadamente, acaba gerando estresse e insatisfação nos usuários e profissionais de saúde. Considerações finais: Para a gestão e o gerenciamento de Enfermagem é importante que o enfermeiro tenha conhecimento de suas atribuições para direcionar suas ações administrativas, gerenciais e assistenciais, no atendimento das necessidades básicas de saúde e sociais de sua população, de modo a transformá-las em melhores condições de saúde e de qualidade de vida. Entretanto, cabe destacar que algumas dificuldades têm sido enfrentadas pelos enfermeiros atuantes na ESF, como a falta de recursos humanos e materiais, excesso de demanda e excesso de trabalho administrativo e burocrático, lançando mão das atividades voltadas para a promoção da saúde e prevenção de agravos. Assim o enfermeiro tem deixado de lado sua principal função, a de cuidar. Para legitimar as práticas de gestão e gerenciamento de Enfermagem na ESF, faz-se importante um maior investimento por parte dos gestores de saúde na capacitação dos enfermeiros, por meio da Educação Permanente em Saúde, a fim de qualificá-los para uma prestação de cuidado mais resolutiva e voltada para o indivíduo, família e comunidade

    VAMOS CUIDAR DO NOSSO CORPO! EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA SOBRE BOAS PRÁTICAS DE HIGIENE INFANTIL

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    Introdução: Os hábitos de higiene tem início na infância, sendo a higiene corporal tratada como condição para uma vida saudável. A escola se caracteriza como um importante espaço para a inserção de profissionais da saúde e o desenvolvimento de boas práticas de higiene, a partir de um trabalho de conscientização das crianças. Objetivo: Relatar uma atividade de educação em saúde na escola sobre boas práticas de higiene. Metodologia: Relato de experiência de uma atividade de educação em saúde na escola, com crianças de 5 a 7 anos, sobre boas práticas de higiene. A atividade foi desenvolvida por acadêmicas de Enfermagem da Universidade do Oeste de Santa Catarina, durante o estágio em Saúde Coletiva em uma Estratégia Saúde da Família, em março de 2018. Houve encenação de teatro pelas acadêmicas, seguido de conversação sobre o assunto, com o auxílio de apresentação audiovisual, vídeos educativos e, por fim, dinâmica de perguntas e respostas com placas para um feedback com as crianças. Resultados: Por meio da ludicidade como ferramenta para aprendizagem das crianças, as mesmas mostraram-se participativas e interessadas no assunto, visto que se trata do cuidado com seu próprio corpo e da importância que as boas práticas de higiene têm para o seu próprio bem estar. Conclusão: É na infância que a criança aprende a cuidar do seu corpo, sendo importante o desenvolvimento de atividades de educação em saúde, utilizando a escola como espaço de aprendizado sobre as boas práticas de higiene, contribuindo para a autonomia e responsabilidade da criança sobre os cuidados com seu corpo

    EDUCAÇÃO SEXUAL PARA ADOLESCENTES DO CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

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    Introdução: Tendo em vista o alto índice de transmissão de infecções sexualmente transmissíveis entre os adolescentes, o profissional de Enfermagem se insere neste contexto da educação sexual contribuindo para a conscientização desses adolescentes, por meio de orientações e informações sobre o assunto. Objetivo: Relatar a atividade de educação em saúde sobre  sexualidade para adolescentes que frequentam o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de uma atividade de educação em saúde para adolescentes que frequentam o CRAS. Foi abordado o assunto 'Sexualidade', como: puberdade, infecções sexualmente transmissíveis e métodos contraceptivos, por meio de apresentação audiovisual e roda de conversa com os adolescentes. A atividade foi realizada pelas acadêmicas de Enfermagem da 9ª fase, durante o Estágio Supervisionado II em uma Estratégia Saúde da Família, no município de São Miguel do Oeste, no mês de Maio de 2018. Resultados: Durante a atividade os adolescentes se mostraram pouco participativos e sem muitos questionamentos. Acredita-se que isso possa ser em consequência da sexualidade ainda ser considerado um tabu na sociedade. Considerações Finais: Por meio desta atividade nota-se a importância de continuar investindo em atividades de educação sexual com os adolescentes, a fim de conscientizar os adolescentes sobre a importância da prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e da utilização de métodos contraceptivos para evitá-las

    PERCEPÇÕES E AÇÕES DE ENFERMEIROS SOBRE A ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

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    Introdução: A gestação é um momento de grandes transformações na vida da mulher. Ao tornar-se mãe, muitas são as mudanças que se apresentam à mulher em aspectos físicos, psicológicos, familiares e sociais (PICCININI et al., 2012). Neste contexto, o pré-natal constitui um momento de grande perspectiva e preparação para a maternidade, sendo o acompanhamento que a gestante tem desde a concepção do feto até o trabalho de parto. É através dessas consultas que a gestante irá acompanhar o desenvolvimento de sua gravidez e as condições do feto, caracterizando-se como um período de aprendizado, fundamental para o bom desenvolvimento do binômio mãe-filho (DUARTE; ANDRADE, 2008; TEIXEIRA; AMARAL; MAGALHÃES, 2010; MARTINS, 2012). No Brasil, de acordo com a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem, o enfermeiro pode acompanhar integralmente o pré-natal de uma gestante de baixo risco. Em muitas instituições de saúde, na Atenção Básica de Saúde e nas Estratégias de Saúde da Família, é esperado que os enfermeiros se responsabilizem pela assistência pré-natal, objetivando monitorar, prevenir e identificar intercorrências maternas e fetais e, ainda, realizar atividades educativas acerca da gravidez, parto e puerpério (BRASIL, 2006; DOTTO; MOULIN; MAMEDE, 2006). Sendo que o mesmo possui os pré-requisitos que possibilitam o atendimento humanizado e estabelecimento de vínculo, que irão propiciar o desenvolvimento da sensibilidade para visualizar a gestante na sua integralidade. A assistência pré-natal humanizada deve ser realizada com a integração de condutas em que a gestante se sinta acolhida e evitando intervenções desnecessárias, integrando ações de prevenção e promoção da saúde da gestante e do bebê em todos os níveis de atenção à saúde (BRASIL, 2006; REIS; LOPES, 2015). Objetivo: Descrever as percepções de enfermeiros sobre a assistência pré-natal de baixo risco às gestantes no contexto da Estratégia de Saúde da Família. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritiva-exploratória. Recorte de um Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação de Enfermagem, desenvolvido no município de São Miguel do Oeste junto aos enfermeiros atuantes nas Estratégias de Saúde da Família pertencentes ao município. Dentre os critérios de inclusão dos participantes, foi considerado: ser graduado em Enfermagem. No que tange aos critérios de exclusão, foram excluídos do estudo os profissionais com algum tipo de afastamento, em virtude de gozo de férias, licença especial, tratamento de saúde ou maternidade. Para a coleta de dados foi utilizada a entrevista semiestruturada. As entrevistas foram de caráter individual, e realizadas em um espaço que garanta a privacidade do participante. Foram gravadas em aparelho digital com o consentimento do participante de modo a registrar integralmente a fala, assegurando material autêntico para a análise. A coleta dos dados foi realizada no mês de maio e junho de 2017. Para análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo do tipo temática, proposta por Minayo. O projeto de pesquisa foi aprovado por meio do Parecer Consubstanciado emitido pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Oeste de Santa Catarina, sob o CAAE número 66358317.0.0000.5367 e Parecer número 2.032.456. Resultados e Discussão: Fizeram parte do estudo onze enfermeiros que atuam nas Estratégias de Saúde da Família do município de São Miguel do Oeste, localizado na região do extremo oeste de Santa Catarina. Entre estes, dez são do sexo feminino e um do sexo masculino, com idade entre 24 e 40 anos e tempo de formação entre dois anos e treze anos. Dos entrevistados, dez não possuem especialização na área de obstetrícia e uma enfermeira está com a especialização na área em andamento. Dentre as percepções e ações do enfermeiro na assistência ao pré-natal na ESF, pode perceber-se que possuem o conhecimento acerca do número de consultas estipuladas e dos benefícios advindos delas. O Ministério da Saúde preconiza que sejam realizadas no mínimo seis consultas durante o pré-natal de baixo risco, com início precoce do acompanhamento já no primeiro trimestre de gravidez, incluindo a realização de algumas ações de prevenção (NUNES et al., 2016).  Nisso as gestantes diagnosticadas com alguma patologia ou que necessitem de atendimento mais especializado são encaminhadas prontamente para o atendimento específico de ginecologia e obstetrícia, nestes casos também são incluídas as gestantes em que foram identificados fatores de riscos. Estas são estimuladas a manterem o vínculo com a ESF, onde a equipe de saúde deve ser informada a respeito da evolução da gestação e os tratamentos prescritos. Na primeira consulta torna-se essência o bom recebimento e acolhimento da gestante na unidade, juntamente com a triagem, ou seja, a verificação de sinais vitais, peso, altura e principais sinais e sintomas referidos pela gestante. Com o exame comprobatório da gravidez em mãos, são encaminhadas ao médico para requisitar os exames complementares, portanto o enfermeiro ainda não pode solicitar os primeiros exames à gestante, mesmo estando capacitado para realizar esta função. É realizado o cadastramento nos SISPRENATAL e preenchimento da carteirinha de gestante com todos os dados da gestante. De acordo com o manual do pré-natal e puerpério, um pré-natal qualificado requer atuação de uma equipe multiprofissional, sendo o enfermeiro uma parte desta equipe e que está capacitado para realizar a assistência direta à mulher gestante, cabendo-lhe a realização de diversas atividades relacionadas à gestação, como ações de educação em saúde para as mulheres, seus companheiros e familiares, realização da consulta de Enfermagem no pré-natal de baixo risco, solicitação exames conforme protocolo da instituição, identificação e encaminhamento da gestante de alto risco para atendimento especializado com médico obstetra, realização de grupo de gestante, sala de espera, visitas domiciliares, fornecimento do cartão da gestante, sendo atualizado ao passar pelas consultas, cadastramento no SISPRENATAL e realização de exame preventivo citopatológico de colo de útero. Todas essas ações são privativas do enfermeiro, embasadas pela Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que regulamenta o exercício profissional do enfermeiro. (PRIMO; BOM; SILVA, 2008). Outro ponto importante que surgiu durante as entrevistas foi a vacinação da gestante. Vários são os profissionais que, diante da descoberta da gestação, juntamente com o início do pré-natal, orientam e verificam a situação vacinal da gestante, tendo em vista que os encaminhamentos dependem da situação vacinal em que se encontra. O principal objetivo da vacinação para a gestante é a proteção para a mulher, deixando-a imune a doenças e possíveis complicações associadas à gestação, além de proteger o bebê, fornecendo-lhe anticorpos, já que ao nascer seu sistema imunológico ainda é imaturo (LOUZEIRO et al., 2014). Outra questão é a orientação oferecida pelo enfermeiro, sendo primeiramente esclarecido os direitos das gestantes, observação de sinais e sintomas, mudanças corporais, realização de atividades físicas, mudanças na alimentação, cuidados com higiene e ingestão de drogas e bebidas alcoólicas, vacinação, realizações de consultas, exames solicitados e ultrassom, medicações necessárias, realização do preventivo, esclarecimento de dúvidas e mitos da gestação, tipos de parto e amamentação. As consultas do pré-natal são realizadas intercalando o enfermeiro e o médico, sendo que é de extrema importância a realização de ações educativas em promoção de saúde da gestante, onde ocorre formação de vínculo proporcionando um atendimento humanizado e integral, também assim, agindo de forma que as gestantes tenham maior adesão as consultas. Por meio da promoção de saúde, acolhimento e a formação de vínculo entre gestante e enfermeiro, é possível a conscientização da gestante em relação à necessidade da realização do acompanhamento pré-natal, aumentando assim suas chances de adesão. Dessa forma são realmente realizados os cuidados de forma integral, com todo empenho e dedicação dos profissionais, que devem ser agregadas a partir da formação profissional e da prática diária, para que o pré-natal seja eficaz e seguro para a saúde da mãe e do bebê (COSTA et al., 2013). Conclusão: A realização do pré-natal é de suma importância pois proporciona para a mulher uma assistência integral e humanizada neste período tão importante de sua vida, bem como evidencia as dificuldades vivenciadas no cotidiano para a realização deste acompanhamento. Diante disso, a escuta e o diálogo entre enfermeiro e gestante tornam-se fundamentais para tornar o pré-natal efetivo e qualificado, onde o enfermeiro deve estar preparado para trabalhar, oferecendo suporte técnico-científico, além de passar confiança e segurança à mulher e sua família, amenizando os desafios enfrentados durante o período gestacional e diminuindo, assim, riscos de morbimortalidade materna e neonatal

    PRECISAMOS FALAR SOBRE O ABUSO SEXUAL! EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM CRIANÇAS DO CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

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    Introdução: O abuso sexual desponta como uma das principais formas de violência contra crianças e adolescentes, envolvendo um comportamento sexual vinculado ao desrespeito do indivíduo e dos seus limites. Trata-se de um tema extremamente importante na área social com grande repercussão na vida futura dos envolvidos, especialmente das crianças. Objetivo: Relatar uma atividade de educação em saúde sobre o abuso sexual, realizada com crianças que frequentam o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Metodologia: Relato de experiência de uma atividade de educação em saúde com crianças de 5 a 9 anos que frequentam o CRAS, desenvolvida por acadêmicas de Enfermagem da Universidade do Oeste de Santa Catarina, campus São Miguel do Oeste (SC), durante o Estágio Supervisionado II de Saúde Coletiva, no mês de Abril de 2018. Foram realizados teatro de fantoches, dinâmica com balões que continham perguntas que deveriam ser respondidas pelas crianças e apresentados vídeos sobre o abuso sexual. Resultados: A atividade permitiu a integração entre as acadêmicas e as crianças, que se mostraram participativas. As crianças demonstraram interesse na atividade desenvolvida, principalmente pela ludicidade e leveza com que o assunto foi tratado, a partir do teatro de fantoches e da dinâmica com balões. Conclusão: A dinâmica desta forma de violência é complexa, envolvendo aspectos psicológicos, sociais e legais. Sendo assim, há a necessidade urgente de promover ações preventivas para as crianças e adolescentes, devido aos sérios prejuízos para o desenvolvimento das vítimas
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