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    AVALIAÇÃO DA ADESÃO A TERAPIA ANTIRRETROVIRAL PARA A INFECÇÃO PELO HIV

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    A adesão é considerada um dos maiores desafios para a eficácia da terapia antirretroviral, necessitando de um comportamento individual e psicossocial, o qual deve estar vinculado a um conjunto de ações, que partem da disponibilidade de acesso aos serviços de saúde, a frequência e a realização de exames laboratoriais, acompanhamento clínico, retirada dos medicamentos, entre outros. Assim, este estudo tem por objetivo avaliar a adesão a terapia antirretroviral para a infecção pelo HIV. Trata-se de um estudo com delineamento transversal, fundamentado na abordagem quantitativa. O presente estudo foi realizado com 89 adultos com a infecção pelo HIV em um serviço de infectologia da Região Oeste de Santa Catarina, no período de junho a dezembro de 2016. Para avaliar a adesão foi utilizado um instrumento, denominado “Cuestionário para la Evaluación de la Adhesión al Tratamiento Antiretroviral” (CEAT-VIH). A pontuação global de adesão a terapia, medida pelo CEAT-VIH variou de 45 a 88 pontos, com uma média de 80,0 (± 7,7).  Quanto à classificação da adesão, 62 % foram definidos como adesão regular a terapia antirretroviral, 28% com adesão estrita e 10% com baixa adesão. Conclui-se que torna-se necessário manter as ações que tratam da melhora da adesão a terapia antirretroviral, a fim de melhorar a qualidade de vida das pessoas com HIV e minimizar a possibilidade de novas transmissões

    ADESÃO A TERAPIA ANTIRRETROVIRAL PARA INFECÇÃO PELO HIV E A EXPECTATIVA DE AUTOEFICÁCIA

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    a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é considerada um problema de saúde pública. No entanto, para as pessoas que necessitam realizar a terapia antirretroviral, a adesão e a expectativa de autoeficácia vem apresentando resultados positivos, os quais possibilitam a redução progressiva da carga viral e a manutenção e/ou restauração do sistema imunológico, possibilitando a estes indivíduos uma melhor qualidade de vida. Assim, este estudo teve como objetivo analisar a relação entre a adesão e a expectativa de autoeficácia a terapia antirretroviral para o HIV. Estudo transversal, com 89 adultos em tratamento, atendidas no serviço de infectologia da Região Oeste de Santa Catarina. Instrumentos utilizados: “Cuestionário para la Evaluación de la Adhesión al Tratamiento Antiretroviral” e a “Escala de expectativa de autoeficácia para seguir a prescrição antirretroviral”. Foram realizadas análise de correlação entre as duas variáveis. Pode-se identificar que as pessoas que apresentaram um nível de expectativa de autoeficácia elevado, apresentaram uma adesão estrita. Assim, conclui-se que trabalhar os aspectos relacionados a teoria social cognitiva (autoeficácia) nos serviços de saúde possibilitam melhorar os índices de adesão a terapia antirretroviral, o que repercute diretamente na vida das pessoas com HIV

    PERCEPÇÕES DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM ACERCA DA APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA

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    Lançada em 2008, a campanha “Cirurgias Seguras Salvam vidas” da Organização Mundial da Saúde, já levantava a preocupação com a definição de padrões que garantissem maior segurança e diminuíssem a morbimortalidade associada ao cuidado de pacientes cirúrgicos. Após dez anos, o conceito de cirurgia segura se consolidou como aspecto fundamental para a efetivação de boas práticas relacionadas à assistência. Objetivo: relatar percepções acerca do protocolo de cirurgia segura. Método: relato de experiência alusivo ao estágio supervisionado III, realizado no centro cirúrgico de um hospital público no Extremo Oeste Catarinense. Resultado: a aplicação do protocolo integrado ao check-list que documenta todo o processo cirúrgico garante maior visibilidade e facilidade na sua execução. Realizado antes da indução anestésica, da incisão cirúrgica e da saída da sala de operações, o protocolo estabelece a verificação de múltiplos fatores que podem colocar em risco a segurança do paciente cirúrgico, refletindo de forma direta na qualidade assistencial prestada. Seu cumprimento na íntegra, necessita de constante incentivo e supervisão, visto que, ocasionalmente, itens são esquecidos durante o seu preenchimento, seja por dúvida ou negligência. Ao ser atribuída unicamente a equipe de enfermagem, nota-se menor reconhecimento da sua importância por parte de outros profissionais de saúde. Conclusão: iniciativas que visam aprimorar o cuidado e a segurança, especialmente em ambientes suscetíveis como este, devem ser incentivadas, sendo vital o empenho de toda a equipe no alcance de seu êxito

    CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA E ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DE IDOSOS COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

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    As doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) são as principais causas de mortalidade no mundo, especialmente em idosos, constituindo um desafio para os profissionais de saúde, pois seu tratamento sofre influência de diversos fatores, dentre eles a adesão. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a adesão ao tratamento medicamentoso de idosos com DCNT na Estratégia Saúde da Família (ESF) e sua relação com aspectos sociodemográficos. Estudo descritivo-exploratório, com abordagem quantitativa, realizado com 99 idosos com mais de 60 anos, que possuíam hipertensão arterial e/ou diabetes e em tratamento medicamentoso controlado para estas doenças. A coleta de dados ocorreu nas ESF do município de São Miguel do Oeste/SC. Foram utilizados o questionário de caracterização da população e Escala de Adesão Terapêutica de Morisky de 8 itens. Realizaram-se análises descritivas e bivariadas. A maioria dos idosos, 31 tinha idade entre 66 e 70 anos, 66 eram do sexo feminino, 69 com escolaridade de 1° grau incompleto, 46 tinham renda mensal de até 2 salários mínimos, 62 consideravam suas alimentações como saudáveis e 82 não fumavam ou conviviam com alguém que fumava. Foram considerados aderentes 71 idosos e não aderentes 28. A análise estatística revelou resultados significativos nos campos escolaridade, alimentação e tabagismo. Assim, pode-se considerar que maiores níveis de adesão ao tratamento medicamentoso para as DCNT, tais como hipertensão arterial e/ou diabetes, estão relacionados a ter algum estudo formal, manter alimentação saudável e não ser fumante ou conviver com alguém que fuma

    FATORES QUE INTERFEREM NA ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DE IDOSOS COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

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    As doenças crônicas não-transmissíveis são consideradas um grave problema de saúde pública. Devido à sua complexidade, necessitam de tratamento contínuo. Porém, muitas vezes este não é seguido corretamente. Assim, os objetivos deste projeto são: analisar os fatores que interferem no contexto de vida de idosos com condições crônicas de saúde não transmissíveis e analisar os fatores que interferem na adesão ao tratamento medicamentoso de idosos com condições crônicas de saúde não transmissíveis. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório de abordagem quantitativa, que será realizado nas Estratégias Saúde da Família dos bairros Agostini, Salete e São Luiz, localizadas no município de São Miguel do Oeste/SC. Os participantes da pesquisa serão pessoas, independente do sexo, com idade igual ou superior a 60 anos, que possuírem hipertensão arterial e/ou diabetes e que fazem tratamento medicamentoso controlado para estas doenças. Serão excluídas as pessoas com idade inferior a 60 anos e que não fazem uso de medicação controlada para hipertensão e/ou diabetes. Será utilizado para esta pesquisa um instrumento composto por: Dados sociodemográficos, econômicos e perfil clínico; Escala de adesão aos medicamentos de Morisky-Green; Escala WHOQOL-BREF- QUALIDADE DE VIDA; Escala de depressão geriátrica; Escala das atividades da vida diária- AVD; Mini exame do estado mental; Questionário sobre a fragilidade em idosos. Serão realizadas análises descritivas e bivariada, buscando a relação entre o contexto de vida do idoso, assim como a adesão ao tratamento medicamentoso

    FATORES QUE INFLUENCIAM NEGATIVAMENTE NO PROCESSO DE AMAMENTAÇÃO

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    Introdução: o aleitamento materno (AM) é reconhecido como o alimento mais apropriado e completo para a criança até os seis primeiros meses de idade, em virtude de constituir-se de elementos que satisfazem todas as necessidades nutricionais, de crescimento e desenvolvimento do lactente, além de oferecer proteção imunológica e promover um estreitamento do vínculo entre mãe e filho (a) (AMARAL et al, 2015). Esses benefícios fazem do AM uma ação prioritária quando estabelecidas estratégias de prevenção de doenças e promoção de saúde. O processo de amamentação vem sofrendo mudanças nas últimas décadas, principalmente devido a uma maior abertura à mulher no mercado de trabalho, ao emergente empoderamento social relacionado ao papel feminino e ao acesso a novas tecnologias e informações. Essas novas condições, associados a inúmeros outros fatores, podem influenciar de forma importante na tomada de decisão quanto à adesão ou não da amamentação e da sua continuidade, levando muitas vezes a um desmame precoce (FIALHO et al, 2014). Objetivo: identificar os principais fatores que afetam negativamente na adesão à amamentação ou da sua continuidade. Método: trata-se de uma revisão narrativa da literatura. Utilizou-se como pergunta de pesquisa a proposição: Que fatores influenciam negativamente na aderência ou continuidade da amamentação?. Foram adotadas as bases eletrônicas de dados LILACS e MEDLINE. Foram utilizados como descritores de busca na base de dados LILACS os termos: “aleitamento materno” [Descritor de assunto] and "Fatores" [palavra]. Na base de dados MEDLINE foram utilizados os termos: “aleitamento materno” and “comportamento materno” [Descritor de assunto] and "Fatores" [palavra]. Foram encontrados 1014 artigos. Os artigos foram avaliados por meio do título e resumo, o qual seguiu os critérios de inclusão: artigos científicos indexados nas bases de dados; disponíveis online na integra; nos idiomas português, inglês ou espanhol. Os critérios de exclusão foram: não apresentar resumo; ser dissertação ou tese e não ser da temática. Os artigos foram analisados por meio da análise de conteúdo de Bardin. Resultados/Discussão: foram selecionados 69 artigos, dos quais foram elencados 5 fatores a partir da análise: fatores socioeconômicos e demográficos (31 citações), percepções relacionadas ao aleitamento (28 citações), introdução de alimentos ou fórmula precocemente (25 citações), trabalho materno extra-domicilio (22 citações) e uso de chupeta ou mamadeira (22 citações). FATORES SOCIOECONÔMICOS E DEMOGRÁFICOS: De acordo com Warkentin et al (2012), mães adolescentes com menos de 20 anos, tendem a amamentar por tempo inferior a mães com idade superior. Diversos estudos apontam que a prevalência da lactação é menor em mães jovens. Assim, mulheres que são casadas apresentam maior probabilidade de prolongar o tempo de amamentação, porém, ter mais que um filho diminui essa chance. Em contrapartida, mulheres solteiras encontram-se muitas vezes em situações de vulnerabilidade maior às condições de vida precária e salários diminuídos (WARKENTIN et al, 2012). Quanto ao local de morada, estudos identificam que habitar na zona urbana há menor aderência à amamentação do que na zona rural. Ainda, a falta de infraestrutura em comunidades, associadas a baixas condições de vida tendem a interferir negativamente na amamentação (GIULIANI et al, 2011). PERCEPÇÕES RELACIONADAS AO ALEITAMENTO: a idéia de que o leite materno é fraco e insuficiente ocorre muitas vezes pela percepção de fragilidade do bebê e de que qualquer perda de peso pode acarretar em problemas de saúde a ele (CIACIARE, 2016). Algumas vezes o fato da mãe não sentir as mamas cheias, assim como a falta de estimulação e a produção do leite reduzida nos primeiros dias do puerpério, deixa a mãe preocupada e temerosa quanto à sua capacidade para produzir o leite adequado e suficiente para suprir as necessidades da criança (AMARAL et al, 2015). Além disso, muitas mães têm essa percepção por associarem erroneamente o choro do bebê à fome e a insaciedade, o que nem sempre é verdadeiro, uma vez que diversos fatores podem levar o bebê a essa ação. INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS OU FÓRMULA PRECOCEMENTE: a introdução de novos alimentos é uma fase importante para as crianças, contudo, é essencial atentar para a idade adequada em que esse processo deve ser iniciado, além de observar a qualidade e a quantidade dos alimentos oferecidos. Segundo Vieira (2010), a introdução inapropriada de alimentos complementares ocasiona fatores de risco tanto para o déficit de estatura, como para o sobrepeso, além da redução da produção láctea materna, estimulando assim a interrupção do aleitamento. Dessa forma, a administração de líquidos e alimentos antes dos seis meses de vida da criança é desnecessária e prejudicial, uma vez que o leite materno tem água e componentes nutricionais suficientes para suprir suas necessidades. TRABALHO MATERNO EXTRA-DOMICILIO: Segundo Warkentin et al (2012), o trabalho materno pode ser um dos fatores que levam a interrupção precoce do aleitamento, já que muitas mães optam por deixar seus filhos em creches, onde os mesmos podem permanecer por até 12 horas diárias. Além disso, o trabalho materno mostra-se como fator negativo, pois, apesar do direito e proteção legal à amamentação, muitas vezes a mãe sente-se ameaçada ou com medo de perder o emprego, não saindo para amamentar nas horas programadas, fazendo com que se introduza precocemente alimentos complementares ou substitutivos (GIULIANI et al, 2011). USO DE CHUPETA OU MAMADEIRA: a relação entre o desmame e o uso de chupetas e mamadeiras ocorre, pois, estes são artifícios geralmente utilizados para substituir ou compensar as funções naturais ignoradas. A chupeta pode influenciar negativamente na duração do aleitamento materno, ocasionando confusão de bicos ou de sucção, que interfere na pega do peito da mãe, diminuindo a freqüência das mamadas (CIACIARE, 2016). Em longo prazo, pode influenciar no desenvolvimento da síndrome do respirador bucal, deglutição atípica, má oclusão, diversas disfunções craniomandibulares e dificuldades na fonação. Além disso, muitos estudos mostram que as chupetas ainda são um veiculo comum de enteroparasitores e coliformes fecais (COTRIM; VENANCIO; ESCUDER, 2002). CONCLUSÃO: O leite materno tem em sua composição os nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento da criança. Por se adaptar as necessidades desta, tanto nutricialmente quanto imunologicamente, ele é suficiente para suprir todas as necessidades do bebê, não necessitando assim da inserção de complementos alimentares até os seis meses de idade, quando inicia-se gradualmente a alimentação complementar. O ato de amamentar tem uma propensão a fatores de influência muito grande, tanto a fatores positivos quanto negativos, definidos muitas vezes por experiências e vivências familiares. Este estudo constatou a presença de diversos fatores que influenciam negativamente no processo de amamentação ou da sua continuidade, sendo este conhecimento muito importante aos profissionais da saúde de modo a poder planejar intervenções que visem neutralizar esses aspectos, para permitir a ocorrência de uma amamentação mais eficaz e duradoura. PALAVRAS-CHAVE: Aleitamento materno. Comportamento materno. Enfermagem

    PERCEPÇÃO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA COMO CONSTRUÇÃO SOCIAL DE GÊNERO

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    Introdução: a procura por parcerias e atores sociais participativos na busca de uma nova forma de conceber e atuar em saúde aponta que a escola é um ambiente a ser explorado pelos profissionais de saúde. A escola é um espaço adequado para desenvolver estratégias de cuidado no qual os educandos e os educadores possam usufruir de programas interativos e dinâmicos que proporcione momentos para fornecer e sanar dúvidas sobre as mais diversas temáticas, como a orientação sexual. Essa estratégia poderá auxiliar na diminuição de agravos relacionados à vida sexual e reprodutiva dos educandos ao inserir o educador com um mediador nesse processo, uma vez que seu tempo no cotidiano escolar é permeado pela presença do educando (OLIVEIRA; MAIO, 2012). Objetivos: identificar a percepção dos educadores sobre a temática da orientação sexual na escola. Método: pesquisa de campo com abordagem qualitativa, descritiva exploratória. Os sujeitos da pesquisa foram 15 educadores que atuavam na Escola de Educação Básica Antônio Morandini, do município de Chapecó/SC. Os critérios de inclusão foram: educadores que ministram aula para ensino fundamental e/ou médio para adolescentes dos 10 aos 19 anos. Como critérios de exclusão: educadores que estivessem fazendo gozo de férias ou estivessem de licença. A coleta dos dados ocorreu por meio de uma entrevista, individual, semiestruturada, com um roteiro previamente elaborado. As entrevistas foram audiogravadas em um aparelho do tipo MP3 e, posteriormente, transcritas.. Os dados foram analisados em conformidade com a Análise de Conteúdo proposta por Bardin. O período de produção dos dados foi de setembro a outubro de 2014. O projeto passou pela aprovação da Secretaria de Educação do Município de Chapecó e do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal da Fronteira Sul/Campus Chapecó (UFFS/SC), o qual teve sua aprovação pelo registro número 753.432. Resultados: a percepção dos educadores sobre a orientação sexual na escola, como construção social de gênero, contempla duas perspectivas de atuação, uma centrada na corporeidade dos educandos e na concepção da distinção de gênero, e outra se encontra pautada na visibilidade da homossexualidade. Quanto à abordagem do tema, a forma mais confortável que os educadores encontram para trabalhar a orientação sexual com os adolescentes foi separando os meninos das meninas, pois muitos se sentiam envergonhados ao falar do tema. Em relação à construção de gênero, uma prática atrelada citada foi o fato de trabalharem em suas ações as diferentes estruturas familiares, não mais somente homem e mulher, instituindo o dia da família como forma de abranger todas as diversidades. Os educadores apontam a necessidade de se trabalhar a orientação sexual a partir da valorização do corpo, principalmente das meninas, uma vez que, na fase da adolescência, existem inúmeras descobertas, sentimentos, desejos e anseios que necessitam ser discutidos na escola. Ainda acreditam que a orientação deve ser trabalhada desde crianças, mas que isso muitas vezes não acontece, não havendo o diálogo com o jovem sobre as transformações que ocorrem no corpo, à sexualidade que cada vez aflora mais cedo e as opções sexuais que emergem. Apontam que a orientação sexual é uma questão de acreditar no que seja melhor para cada um, independente do sexo. Os educadores destacam a necessidade de trabalhar na orientação sexual com temas que abordem a homossexualidade e a homofobia. Entretanto, apontam que, além disso, seja trabalhado com o preconceito que envolve estes temas. Alguns educadores, ao trabalharem com o preconceito, o fazem dentro da sua disciplina, tentando encaixar com os conteúdos programáticos, buscando trazer um posicionamento crítico sobre o tema. Por fim, os educadores sinalizam que os meios de comunicação têm grande influência sobre os adolescentes, de tal forma que impõem as questões sobre a homossexualidade, regendo o comportamento das pessoas. Assim, percebem que a mídia acaba dificultando a orientação sexual, pois banaliza estereótipos sobre a sexualidade e quanto às escolhas sexuais dos adolescentes. Discussão: a análise aponta que o educador vislumbra o tema da orientação sexual como construção social de gênero relacionadas ao homem, a mulher e ao homossexual, sendo necessário ampliar essa concepção. Gênero engloba todas as várias formas da construção implicadas com processos de diferenciar mulheres de homens, e também privilegia os processos de construções biológicas, comportamentais e psíquicas percebidas entre homens e mulheres (NOGUEIRA, 2010). Conforme Avila, Toneli, Andalo (2011) pôde-se verificar que vários educadores não abordam as diversas e complexas faces da sexualidade e das performances de gênero, muitas vezes por que não as conhecem, por medo de incitarem o despertar da sexualidade e, também, por julgarem que este assunto deveria ser tratado pela família ou então por um professor especialista, por isso esse tema, em diversas vezes, é evitado ao máximo ser abordado em sala de aula. Tanto os pais quanto os educadores têm dificuldades em conversar com os adolescentes sobre orientação e sexual, não permitindo que eles tenham uma fonte segura para esclarecimento de seus questionamentos, fazendo com que esses jovens estejam mais vulneráveis a agravos como doenças sexualmente transmissíveis e gravidez precoce. Para que essas dúvidas sejam amenizadas os jovens buscam resposta nos meios de comunicação, sociedade e circulo de amigos que representam outros espaços de informação sobre diversos assuntos, mas que nem sempre trazem informações corretas e confiáveis (BASTOS et al, 2010). Os educadores vêem a mídia como fontes de informações muitas vezes errôneas, pois esta trás conteúdos por vezes inadequados a idade de crianças e jovens que se encontram na fase de formação dos valores, conceitos, modelos de conduta e comportamento sexual, criando confusões e distorcendo a verdade (SANTOS; RUBIO, 2013). Para Bastos et al (2010) os meios de comunicação devem ser levados em consideração como influências a estimular a sexualidade, pois é por meio destes os adolescentes têm acesso rápido a informações, que se difundem como formas agressivas e hiperestimulantes de marketing, gerando dúvidas e desconforto sobre temas como virgindade, fidelidade, namoro, casamento, entre outros. Por isso o educador tem que orientar e fazer refletir de forma crítica e questionadora estas questões que são disseminadas pelos vários meios de comunicação, buscando evitar que os adolescentes se tornem pessoas com valores e condutas orientadas exclusivamente pelo mercado, num comportamento vulgarizado e socialmente inconveniente. Conclusão: ao concluir este estudo pôde-se perceber que ao serem indagados sobre o tema orientação sexual, os educadores a identificaram como questão de gênero e quanto à valorização do corpo, mantendo por vezes a perspectiva do enfoque biológico. Diante disso, salienta-se que a escola é o espaço onde busca-se formar o indivíduo por inteiro, sem preconceitos e sem tabus. Uma proposta de educação sexual, em nível escolar, torna-se indispensável, pois abre caminho para jovens e crianças ampliarem a educação recebida anteriormente. Tendo em vista que os educadores apresentam dificuldades ao abordarem a orientação sexual, mostrando ser um limite a ser vencido pelos mesmos, vemos a possibilidade de a Enfermagem, por meio do seu olhar holístico, reflexivo e crítico, estar auxiliando a escola, educadores e família nesse processo de orientação sexual, seja na forma de capacitações, sensibilizações, conversas, debates, dinâmicas e, também, abrindo espaço nos serviços de saúde para que a equipe multiprofissional se insira na escola ou ,então, que a escola, educador, família e adolescente busque o serviço de saúde para além das suas necessidades individuais. PALAVRAS CHAVE: Educação. Orientação Sexual. Enfermagem

    RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO DE ENFERMAGEM

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    Introdução: para a abordagem do papel das relações humanas no cuidado em saúde, impõe-se uma análise da multiplicidade dos aspectos que caracterizam sua complexidade como fenômeno psicossocial. Estes elementos englobam: questões de natureza individual, condições físicas e humanas do ambiente, dinâmica organizacional e autonomia profissional. Objetivos: refletir quanto ao processo de relações humanas no trabalho de enfermagem, identificando os principais elementos que influenciam positivamente e negativamente nessas relações. Método: revisão bibliográfica a partir de artigos científicos sobre relações humanas no trabalho de enfermagem. Resultados: Os relacionamentos por meio das interações recorrentes no seio dos grupos humanos são um processo vital na existência e sobrevivência das organizações sociais. Dentre os motivos que interferem no relacionamento com as pessoas, destaca-se a atitude individualista acompanhada de comportamento egoísta e competitivo, a utilização de diferentes caminhos para alcançar os mesmos objetivos, as diferenças de valores, a superposição ou falta de clareza de papéis, a falta de informações, problemas pessoais, diferenças individuais, falta de confiança, falta de comunicação e as relações de poder. Considerações Finais: conclui-se que as relações humanas influenciam diretamente nodesenvolvimento do cuidado com vista à sua humanização, contemplando elementos, como a empatia e a escuta ativa e uma boa comunicação tanto verbal como não verbal.Palavras-chave - Enfermagem. Avaliação em Enfermagem. Recursos Humanos de Enfermagem

    HPV: VULNERABILIDADE DAS JOVENS UNIVERSITÁRIAS

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    Introdução: o início precoce da vida sexual nos adolescentes leva a um aumento da vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis, especialmente à infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV). Objetivo: identificar as vulnerabilidades individuais de universitárias frente a infecção pelo HPV. Método: estudo qualitativo, exploratório-descritivo, desenvolvido na Universidade Federal da Fronteira Sul no Campus de Chapecó (UFFS/SC), com seis jovens universitárias matriculadas em cursos de graduação da UFFS/SC, com idade entre 17 a 24 anos. Foram utilizadas as seguintes questões de debate: O que tenho feito para cuidar do meu corpo em tempos de HPV? Como vejo o acesso aos serviços de saúde para a prevenção pelo HPV? Os dados obtidos foram analisados conforme a Análise de Discursos Francesa. Resultados foi possível identificar que as universitárias têm consciência de que os métodos de prevenção (preservativo, adesão a vacina contra o HPV e a realização do exame Papanicolau) são essenciais para evitar a contaminação e disseminação do vírus e a importância do seu inicio precoce. Porém, durante as falas foi possível identificar que as ações preventivas não são realizadas corretamente, evidenciadas pela falta de conhecimento sobre o assunto.Conclusão: a identificação da vulnerabilidade individual em universitáriassobre o HPV aponta que o desconhecimento sobre a prevenção foi um fatorevidenciado na maioria dos relatos das entrevistadas. Foi possível tambémcompreender como a adolescente se sente, o que contribui para arealização de um cuidado holístico e integral futuramente

    ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DE IDOSOS COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS: NOTA PRÉVIA

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    Introdução: As doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) são responsáveis por muitas mortes e doenças em diversos países, seja de alta, média ou baixa condição socioeconômica (GOULART, 2011). O processo de envelhecimento está associado a uma maior probabilidade de acometimento por DCNT. O envelhecimento normal envolve alterações moleculares, morfofisiológicas e funcionais. Estas alterações estão associadas à idade e ao acúmulo de danos ao longo da vida, que inclui a soma de fatores genéticos e hábitos não saudáveis (GOTTLIEB et al., 2011). As questões norteadoras e os desafios que são base para o desenvolvimento desta pesquisa tem como foco principal a adesão por idosos ao tratamento para diabetes e hipertensão arterial e os fatores que interferem na correta adesão. Assim, tem-se como questão de pesquisa: quais os fatores que interferem na adesão ao tratamento de condições crônicas não transmissíveis no idoso? Para que os profissionais de saúde possam qualificar o acompanhamento, avaliar se o indivíduo compreendeu ou está compreendendo o tratamento e estimular a coparticipação é necessária que a operacionalização das atividades nas Estratégias Saúde da Família (ESFs) seja avaliada. Assim, o maior tempo para o diálogo e educação em saúde, tanto nas consultas, quanto nas atividades coletivas, pode ser eficiente na adesão ao tratamento. Além disso, a atuação da equipe da Estratégia Saúde da Família através das visitas domiciliares pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e das consultas médicas e/ou de enfermagem mensais são estratégias que podem auxiliar para que o processo de adesão seja efetivo e os impactos ao sistema de saúde e aos usuários sejam menores (COUTINHO; SOUZA, 2011). Acredita-se que o conhecimento por parte dos profissionais de saúde, pacientes e familiares sobre como está a adesão ao tratamento para DCNT e os fatores que interferem nela possibilita uma melhor qualidade no tratamento. Assim, este estudo contribuirá para a melhor adesão ao tratamento para DCNT nas Estratégias Saúde da Família pesquisadas, em consequência, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Objetivos: analisar os fatores que interferem no contexto de vida de idosos com Condições Crônicas de Saúde não transmissíveis; analisar os fatores que interferem na adesão ao tratamento medicamentoso de idosos com Condições Crônicas de Saúde não transmissíveis. Método: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório de abordagem quantitativa. O campo de estudo será nas Estratégias Saúde da Família dos bairros Agostini, Salete e São Luiz (microcontexto), localizadas no município de São Miguel do Oeste (macrocontexto), no Extremo Oeste de Santa Catarina. A amostra do estudo será composta por aproximadamente 350 sujeitos (nível de confiança 95% e erro amostral 7%). Serão incluídas as pessoas, independente do sexo, com idade igual ou superior a 60 anos, que possuírem hipertensão arterial e/ou diabetes e que fazem tratamento medicamentoso controlado para estas doenças. Serão excluídas as pessoas com idade inferior a 60 anos e que não fazem uso de medicação controlada para hipertensão e/ou diabetes. A coleta de dados já teve inicio no mês de agosto, e irá até novembro de 2017. A seleção dos participantes esta ocorrerendo de duas maneiras: 1) Nas ESFs, para os idosos com hipertensão e/ou diabetes que vierem para atendimento, retirada de medicamentos, entre outras situações que necessitarem comparecer à instituição; 2) Por meio de visitas domiciliares, que serão programadas com os Agentes Comunitários de Saúde das ESFs. Para a coleta de dados serão utilizadas as dependências das ESFs ou o domicílio/residência dos sujeitos pesquisados. Esta sendo utilizado um instrumento composto por: 1) Questionário de caracterização da população do estudo, que integrará: dados sociodemográficos, econômicos e perfil clínico; 2) Escala de Adesão Terapêutica de Morisky-Green; 3) Escala de Avaliação da Qualidade de Vida (WHOQOL-bref); 4) Escala de Depressão Geriátrica; 5) Escala das Atividades da Vida Diária (AVD); 6) Mini Exame do Estado Mental; 7) Edmonton Frail Scale. Os dados coletados serão digitados no programa Epi-info ®, versão 7, e após verificação de erros e inconsistências serão analisados estatisticamente no Programa PASW Statistics® (Predisctive Analytics Software, da SPSS Inc., Chicago – USA) versão 18.0 for Windows. Serão realizadas análises descritivas e bivariada, buscando a relação entre o contexto de vida do idoso, assim como a adesão ao tratamento medicamentoso, em relação as demais variáveis. O projeto recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UNOESC/HUST, parecer: 2.092.864.. O projeto respeitará os preceitos éticos da Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Objetivando a garantia do sigilo e anonimato, esta sendo solicitada a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A pesquisa terá o compromisso com a privacidade e a confidencialidade dos dados utilizados, preservando o anonimato dos sujeitos de pesquisa. Esta pesquisa, segundo a classificação da Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) 466/2012 é de risco mínimo, pois, é realizada através de questionário sem invasão alguma a privacidade e autonomia dos participantes. Os resultados serão divulgados a partir de meio científico. Além disso, serão confeccionados banners com os principais achados da pesquisa que ficarão disponíveis nas ESFs dos bairros Agostini, Salete e São Luiz e na UNOESC de São Miguel do Oeste. Resultados Esperados: os resultados desta pesquisa permitirão: entender como está a adesão à terapia medicamentosa para as doenças crônicas não-transmissíveis nos idosos das ESFs supracitadas; conhecer os fatores que interferem no contexto de vida de idosos com doenças crônicas não-transmissíveis; conhecer os fatores que interferem na adesão ao tratamento medicamentoso de idosos com doenças crônicas não-transmissíveis; maior conhecimento por parte dos familiares e profissionais de saúde sobre o contexto de vida e a adesão à terapia medicamentosa para DCNT pelos idosos, melhorando assim, a assistência a esses indivíduos; melhorar a adesão e a qualidade de vida dos sujeitos pesquisados; contribuir para o conhecimento na área da enfermagem no que se refere ao tema; além disso, esperamos que o estudo sirva de base para outras pesquisas que possam complementar esse tema de grande relevância para a saúde pública. Conclusão: As doenças crônicas nãotransmissíveis possuem grande relevância nos dias atuais devido ao grande impacto que trazem para a sociedade. Além de alterarem a vida dos indivíduos acometidos, que precisam se adaptar ao uso de medicamentos controlados e desenvolver hábitos saudáveis, afetam também os familiares, que muitas vezes precisam mudar suas vidas para ajudar o familiar doente, principalmente quando este é idoso. Assim, é de extrema importância que haja uma correta adesão ao tratamento medicamentoso pelos idosos que possuem estas doenças. Diante disso, espera-se que, com esse estudo seja possível entender como está a adesão ao tratamento medicamentoso em idosos com DCNT nas ESFs pesquisadas e os fatores que interferem nela e no contexto de vida destes indivíduos, proporcionando maior conhecimento aos familiares e profissionais de saúde, visando qualificar a assistência, melhorando também a adesão e a qualidade de vida dos sujeitos pesquisados, contribuindo para o conhecimento na área da enfermagem e permitindo que novas pesquisas sobre o tema surjam. Palavras-chave: Idoso. Doenças crônicas não-transmissíveis. Adesão à medicação. Estratégia Saúde da Família
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