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    VALOR ECONÔMICO DOS DEJETOS DE SUÍNOS

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    O Brasil é 4° país que mais exporta carne suína, a qual está em 4,701 milhões de toneladas, sendo 1,137 milhões de toneladas exportadas rendendo bruto ao país 31,3 bilhões de reais, sendo uma das principais atividades geradoras de renda no meio rural, especialmente na região Sul do Brasil. Da mesma forma como produz riquezas e desenvolvimento, também gera grande quantidade de resíduos, em especial na produção intensiva, podendo ser causa de danos ambientais, principalmente, no solo e a água. Um animal em terminação hoje gera em torno de 4,50 litros de dejetos por dia, e por ter alta quantidade de água e ficar parado nas esterqueiras produz gases, os quais podem ser poluentes ou podem ser uma importante fonte de energia (Biogás), que pode tanto ser vendida como ser descontada na energia gasta pela propriedade. Os dejetos dos suínos são extremamente importantes para a agropecuária brasileira, mas também podem ser tóxicos, tanto para os animais como para o desenvolvimento da planta no seu ciclo de vida se não usados com o manejo adequado. Além disso, a alta concentração em determinado local pode comprometer a qualidade da água consumida. Apesar da maioria das unidades de produção de suínos estarem localizadas em pequenas propriedades com pequenas áreas mecanizáveis, atualmente a maioria dos dejetos são usados para a adubação de lavouras e pastagens. Entretanto, devido à dificuldade e custos para a distribuição dos dejetos muitos agricultores aplicam apenas nas proximidades das unidades de produção. Com o exagerado aumento nos custos dos fertilizantes nos últimos anos, cada vez mais se faz necessário o melhor aproveitamento dos dejetos nas propriedades produtoras, bem como, na região, a fim de reduzir os custos de produção e o potencial poluente.O presente trabalho tem por objetivo elucidar o valor econômico envolvido nos dejetos de suínos que são produzidos em uma propriedade com 500 animais em terminação e apresentar para o público na forma de banner. Para isso, serão considerados valores médios de produção de 4,5 litros de dejeto produzido por animal/dia e teores médios de 2,92 kg de N, 2,29 kg de P2O5 e 1,54 kg de K2O por m3 (1000 litros) de dejeto. Além disso, foram levantados os custos dos fertilizantes minerais que contém estes nutrientes, para o mês de junho de 2022, na região de Concórdia - SC, sendo considerado um custo de 5,7 R/kgdeUreia(45/kg de Ureia (45% de N); 5,5 R/kg de superfosfato triplo (42% de P2O5) e 5,6 R$/kg de KCl (60% de K2O). De posse destes dados, verifica-se que o valor econômico dos dejetos produzidos por 500 animais em terminação é de cerca de 5.507,00 reais por mês, o que evidencia a importância dos dejetos para as propriedades e o elevado valor econômico que estes possuem, devendo ser utilizados baseados em critérios técnicos, a fim de reduzir a dependência de fertilizantes na produção agropecuária catarinense

    SIMULADOR DE PULVERIZAÇÃO: COMO A QUALIDADE DO BICO PODE INFLUENCIAR NA HORA DA APLICAÇÃO

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    O Brasil é o maior consumidor mundial de defensivos agrícolas. As estimativas do uso desses produtos comerciais ultrapassam 300 mil toneladas por ano. O principal método de distribuição de defensivos agrícolas é a pulverização, seja costal ou mecanizada. Estas tecnologias permitem que herbicidas, fungicidas e inseticidas sejam aplicados de forma mais adequada, tal que em situações anormais tanto o excesso como a falta de calda sobre o meio podem causar contaminação ambiental, redução nos níveis de controle de pestes ou fitotoxidade nas plantas cultivadas. Neste cenário o uso correto dos bicos de pulverização é fundamental para o aumento da produção e sustentabilidade do sistema produtivo. Existem bicos do tipo leque, cone, de impacto, entre outros modelos, cada um deles pode gerar vazões e gotas de tamanhos diferentes, criando um padrão ideal de propagação do jato. A faixa de pressão de trabalho da bomba do pulverizador também é definida pelo tipo de bico e este deve ainda ser adequado ao alvo biológico, posição da área de aplicação (solo, folha etc.), condições climáticas, cobertura vegetal, volume desejado por hectare, entre outros fatores. Os bicos devem ser substituídos de acordo com a periodicidade recomendada pelo fabricante, evitando que partes defeituosas comprometam o processo de pulverização. Alguns motivos para a substituição seriam os bicos desgastados por corrosão, temperatura e radiação, danos físicos acidentais, entupimento, etc. Produtos formulados em pó e diluídos em água, por exemplo, se não misturados de maneira adequada ocasionarão o entupimento do bico. Com vistas a identificar estas anomalias e conscientizar técnicos e produtores sobre a importância do correto funcionamento, objetivou-se com este trabalho construir um simulador de pulverização, que poderá ser utilizado por produtores e técnicos do setor agropecuário para representar a qualidade da aplicação. A partir desse protótipo, será possível identificar bicos entupidos ou danificados. O projeto foi construído com o apoio do setor de manutenção e mecânica do Instituto Federal Catarinense Campus Concórdia. Para o funcionamento do sistema a água será armazenada em um reservatório, esta será coletada por uma mangueira de silicone ligada a uma bomba elétrica de um pulverizador costal elétrico marca Jacto®, que gera pressão nominal de 80 PSI. A calda será conduzida até os bicos que pulverizam o produto sobre uma caixa de acrílico e será aplicada iluminação direcional por uma lâmpada de led para a melhor visualização do espectro de gotas e do formato do leque. O projeto permitirá que produtores e técnicos do setor agropecuário visualizem na prática e em tempo real os processos de deriva causados por anomalias nos bicos. Espera-se com este trabalho conscientizar os produtores sobre a importância de manter estes componentes em boas condições de uso, pois a partir disso serão obtidos melhores resultados nas operações de aplicação de defensivos agrícolas, conservação do meio ambiente e melhorias produtivas e econômicas nos sistemas de produção
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