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TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA EM DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES
As disfunções temporomandibulares (DTMs) e as dores orofaciais são condições dolorosas que compreendem os músculos da mastigação, articulação temporomandibular (ATM) e cervical. Considerando-se que a maioria dessas dores tem caráter crônico, o tratamento desses pacientes exige amplo conhecimento acerca da etiologia do problema. A combinação de terapias conservadoras como a terapêutica farmacológica tem sido a solução mais adequada. O objetivo com este trabalho foi descrever, a partir de uma revisão de literatura, as principais classes de fármacos utilizadas no tratamento das DTMs e das dores orofaciais, bem como suas indicações clínicas. Os anticonvulsivantes podem ser utilizados isoladamente ou associados a outros fármacos para tratamento da dor neuropática, tendo a carbamazepina como primeira escolha. Ansiolíticos, como o Diazepan, que é a droga mais empregada, são bons coadjuvantes no tratamento, ajudando a melhorar a qualidade do sono e reduzindo hábitos parafuncionais. Antidepressivos tricíclicos possuem uma ação analgésica e podem ser utilizados em casos de dor facial atípica, DTM, bruxismo e dores de origem neurogênica. Pacientes que têm contratura muscular ou alteração do sono em decorrência da dor podem utilizar relaxantes musculares. Os analgésicos não opioides (ANO) são mais indicados em dor miofascial, principalmente associada a processo inflamatório, e dores orofaciais agudas e musculoesqueléticas. Assim como os ANO, os analgésicos opioides são mais úteis em condições agudas, quando há exacerbação da dor musculoesquelética. Corticosteroides detêm uma ação muito potente, mas não são comumente prescritos em razão de seus efeitos colaterais. Conclui-se que diante da grande quantidade de opções de fármacos para o tratamento da dor, o cirurgião-dentista deve primeiramente avaliar as características da dor, como origem, tempo de duração, intensidade e qualidade, pois, na maioria das vezes, os fármacos são coadjuvantes terapêuticos, fazendo parte de um programa mais amplo com outras opções terapêuticas conservadoras.Palavras-chave: Transtornos da articulação temporomandibular. Farmacologia. Dor miofascial
RISCOS DE RUÍDO OCUPACIONAL EM ACADÊMICOS DE ODONTOLOGIA
Os cirurgiões-dentistas e os acadêmicos de Odontologia estão expostos a diversas fontes de ruídos oriundos de equipamentos utilizados no consultório, o que causa graves danos à saúde. Este estudo teve como objetivo analisar a percepção do ruído ocupacional, danos auditivos e outros efeitos prejudiciais para os acadêmicos do curso de odontologia da Unoesc Joaçaba. Trata-se de um estudo transversal realizado com 48 acadêmicos da 6ª fase e da 10ª fase do curso. Cada acadêmico usou um protetor auricular durante o atendimento em clínica no dia da pesquisa e respondeu um questionário referente aos seus conhecimentos sobre ruídos ocupacionais e sua experiência ao final do dia em que usou o protetor. Aferiu-se os ruídos nas clínicas 2 e 3, durante os atendimentos, usando um decibelímetro digital modelo THDL-400, em 5 pontos estratégicos, e mediu-se o ruído das canetas de alta-rotação em funcionamento, padronizando 20 cm de distância entre a caneta e o aparelho. A amostra intencional teve resultados parciais positivos ao que foi proposto, onde os acadêmicos notaram diferenças positivas ao uso dos protetores auriculares e interesse em adquirir mais conhecimento sobre perda auditiva induzida pelo ruído. Os níveis de ruídos das clínicas se mostraram dentro dos padrões indicados pela NR-15 e os ruídos das canetas de alta rotação algumas ultrapassaram esse limite, sendo que estas apresentavam mais tempo de uso. Os estudantes de Odontologia têm duvidas sobre as consequências e a prevenção, sendo necessário estudos e capacitação nos cursos de Odontologia sobre a conservação auditiva.Palavras-chave: Ruído Ocupacional. Perda Auditiva Induzida por Ruído. Estudantes de Odontologia
AVALIAR O CONHECIMENTO DOS CIRURGIÕES-DENTISTAS ATUANTES NA REGIÃO DO MEIO OESTE CATARINENSE ACERCA DA EXISTÊNCIA DO BANCO DE DENTES HUMANOS DA UNOESC
Banco de Dentes Humanos (BDH) é uma instituição sem fins lucrativos, que deve estar vinculada a uma Instituição de Ensino, e que tem como um de seus propósitos suprir as necessidades acadêmicas, de ensino e pesquisa. Presume-se que no decorrer do curso de Odontologia são utilizados de 700 a 900 unidades dentárias, que são utilizadas em disciplinas como Anatomia, Dentística, Endodontia e Prótese. O presente estudo tem por objetivo mensurar o conhecimento dos Cirurgiões-Dentistas da região Meio- Oeste Catarinense acerca do tema ‘banco de dentes humanos’, também visa divulgar junto à comunidade de cirurgiões dentistas a existência e funcionamento do banco de dentes humanos da Universidade do Oeste de Santa Catarina e estimular a doação de elementos dentários. O estudo adota predominantemente perspectiva da pesquisa quantitativa, adotando questionário com perguntas pré-definidas. A amostra contou com a participação de 100 Cirurgiões-dentistas atuantes na região Meio-Oeste Catarinense, observou-se que grande parte dos cirurgiões-dentistas consideram o dente um órgão, sendo que, 99% afirmam que doariam dentes extraídos para o banco de dentes, no entanto apenas 65% afirmam conhecer um Banco de Dentes Humanos, e também estão dispostos a doar elementos extraídos, justificando a necessidade de campanha de divulgação. Também, no que se refere ao manuseio de dentes, 97% dos Cirurgiões-Dentistas utilizaram dentes humanos durante a graduação A implementação de Banco de Dentes em Universidades cumpre uma importante função ética, moral e didática, armazenando os dentes de acordo com as normas de biossegurança, eliminando o comércio ilegal, e favorecendo o campo da Pesquisa. O BDH é o melhor caminho para cumprir a legislação, isto considerando a importância da utilização de material biológico humano para o desenvolvimento das ciências da saúde
Hafnia alvei, um patógeno humano e animal
Hafnia alvei é uma bactéria pertencente à família Enterobacteriaceae e é caracterizada como bacilo gram negativo, aeróbio facultativo, móvel e não esporulado e oportunista, não produtora de lipase e desoxirribonuclease. Está associada a infecções no organismo humano e em outros vertebrados, como mamíferos, aves, peixes e répteis. Neste trabalho buscaram-se, por meio de uma pesquisa exploratória, dados sobre a patogenicidade de Hafnia alvei em organismos humanos e animais. Foi realizada uma busca, em bases científicas, por artigos que relatam as principais características de Hafnia alvei, bem como o acometimento em organismos humanos e animais. A literatura apresenta escassez de pesquisas sobre Hafnia alvei, tanto em organismo humano quanto em organismo animal. Os relatos dão importância clínica a essa espécie. Estudos comprovam que Hafnia alvei causa infecções gastrointestinais e extraintestinais em humanos e animais. Em aves pode causar problemas hepáticos, em equinos, aborto espontâneo e em vacas pode provocar mastites em diferentes graus, assim como afetar ovinos. Em peixes é causa de sepse hemorrágica; um exemplo é encontrado na espécie de “truta arco-íris”. Está associada a infecções em organismo humano uma vez que este é suscetível quando está com o sistema imunológico deprimido, podendo o agente provocar infecções sem causar qualquer sintoma ao paciente. Alguns relatos demonstram que as infecções em diferentes espécies animais podem ter início meses antes dos sinais apresentados pelos animais. A literatura encontrada demonstra significância do agente como patógeno. A assimilação pelo ser humano de espécies animais em sua cadeia alimentar, eventualmente acometidas pela bactéria, pode ser causa de infecções. Nesse sentido, mais estudos são necessários para a comprovação de que o ser humano possa estar ingerindo a bactéria Hafnia alvei por meio de produtos de origem animal, sendo as gastroenterites os principais relatos em seres humanos.Palavras-chave: Hafnia alvei. Enterobacteriaceae. Hafnia alvei na veterinária
Disjunção rápida da maxila – revisão de literatura
A atresia maxilar é uma deformidade dentofacial cada vez mais presente, ela é caracterizada pelo estreitamento da arcada superior no sentido transversal, causando uma divergência em relação à mandíbula. A disjunção rápida da maxila é um dos meios terapêuticos utilizados no tratamento das deficiências transversais maxilares. Ela pode ser realizada com o auxílio de disjuntores palatais, que aplicam uma força produzida por tornos expansores associados a aparelhos fixos que promovem a abertura da sutura palatina mediana. Os aparelhos mais utilizados são o disjuntor de Haas (dentomucosuportado), o disjuntor de Hyrax (dentossuportado) e o disjuntor McNamara (dentossuportado com cobertura de acrílico). Entre as indicações estão: deficiência real maxilar, deficiência relativa maxilar, atresia de bases ósseas nas dentições decídua e mista e ganho esquelético nas dimensões laterais da maxila. O presente estudo foi realizado por meio de revisão de literatura com pesquisa nas plataformas de pesquisa da Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Scielo e Pubmed. O objetivo com o trabalho foi realizar uma revisão de literatura acerca do tema expansão rápida de maxila, apresentando suas principais indicações, contra-indicações, tipos de expansores e as modificações dento-esqueléticas produzidas por eles.Palavras-chave: Expansão maxilar. Técnica de expansão palatina. Ortodontia
Hafnia alvei, uma espécie de importância clínica
Hafnia alvei é um bacilo gram negativo, aeróbio facultativo, móvel e não esporulado, pertencente à família Enterobacteriaceae. Pode ser diferenciada das demais enterobactérias por não produzir lipase e nem desoxirribonuclease. É considerado um patógeno oportunista. Buscou-se a realização de uma pesquisa exploratória sobre a patogenicidade de Hafnia alvei em organismo humano. Em bases de dados, foi realizada uma busca por artigos científicos que relatavam as características de Hafnia alvei, assim como sua significância clínica e os principais acometimentos ao organismo humano. Foram encontrados poucos relatos de casos em que Hafnia alvei estivesse envolvida. Porém, os relatos encontrados demonstram que é uma bactéria de importância clínica bastante significativa, principalmente em pacientes que apresentam sua carga imunológica deprimida. Hafnia alvei pode ser encontrada na natureza, em esgotos, em organismos de vertebrados, como mamíferos, e, até mesmo, em aves. Na questão alimentícia, Hafnia alvei é bastante descrita por se desenvolver dentro das embalagens a vácuo de carnes bovinas e também em produtos suínos por auxiliar na deterioração da carne. Assim, pacientes que possuem depleção do sistema imunológico são suscetíveis ao desenvolvimento de Hafnia alvei. Por outro lado, há relatos a respeito de que ela pode causar infecções ao organismo humano sem que o paciente apresente sintomas. Entre as infecções causadas por Hafnia alvei nos seres humanos estão inclusas septicemia, pneumonia, cistite, pielonefrite em transplante renal e algumas doenças intestinais. Os dados obtidos na literatura permitem concluir que mais pesquisas são necessárias para melhor embasar a ligação da espécie Hafnia alvei a patologias humanas, visto que a bactéria se trata de um microrganismo oportunista.Palavras-chave: Hafnia alvei. Família Enterobacteriaceae. Hafnia alvei em humanos
USO DA PUNICA GRANATUM EM ODONTOLOGIA: DESENVOLVIMENTO DE ENXAGUATÓRIO BUCAL COM EXTRATO FLUIDO DE PUNICA GRANATUM
As pesquisas por produtos naturais à base de extratos de plantas aumentam no mercado farmacêutico todos os dias. No Brasil, as plantas são usadas em diversas áreas trazendo um grande beneficio para a população. Na Odontologia o intuito de conhecer novas matérias-primas para a higienização da cavidade oral se torna imprescindível, uma vez que muitas plantas estudadas apresentam substâncias químicas em sua composição com atividade antimicrobiana. O extrato da planta Punica granatum possui efeito sobre um amplo número de bactérias, possuindo também atividade antisséptica, antiviral e adstringente, por isso seu uso na prática odontológica pode ser indicado. Frente a isso, torna-se relevante a realização de pesquisas para comprovar os efeitos do extrato fluido da planta em questão sobre a cavidade oral. Neste estudo, a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM) do extrato fluido de Punica granatum Linn. foram avaliadas in vitro frente a uma cepa de Streptococus mutans isolada por cultura. Paralelamente, in vivo, após o desenvolvimento de uma fórmula base de enxaguatório bucal, a atividade antimicrobiana foi testada com amostras de saliva coletadas de 15 voluntários, os quais participaram da pesquisa em dois momentos: inicialmente usaram uma fórmula de enxaguatório bucal placebo e, posteriormente, uma fórmula de enxaguatório contendo 10% do extrato fluido da planta. As amostras de salivas obtidas foram submetidas à cultura bacteriológica em condições e meios específicos, e os resultados obtidos demonstram uma significativa redução da recolonização bacteriana quando comparados os dois grupos, demonstrando, assim, a força da associação do extrato vegetal e a capacidade potencial da romã quando usados com finalidade antisséptica.Palavras-chave: Punica granatum Linn. Taninos. Efeito antibacteriano. Enxaguatório bucal
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