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    Exposição de corpos humanos: o uso de cadáveres como entretenimento e mercadoria

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    "Espécimes" inodoros, secos e quase eternos, produzidos a partir de cadáveres humanos por uma técnica chamada plastinação, estão sendo amplamente usados como modelos de anatomia em exposições e faculdades de medicina. Milhões de leigos já viram corpos dissecados em uma das espetaculares exposições de anatomia pelo mundo e um novo mercado on-line de "espécimes" humanos plastinados está crescendo. Mais do que transformações físico-químicas, a plastinação, associada a outros procedimentos, também realiza uma transformação simbólica que reduz o corpo-pessoa a corpo-objeto para neutralizar a poluição e o tabu associados aos cadáveres humanos. Contudo, as circunstâncias obscuras sobre como esses corpos foram doados, comprados ou mesmo roubados traz o status de pessoa de volta aos corpos, assim como chama a nossa atenção para novas questões éticas e morais.<br>Odorless, dry and almost everlasting "specimens", produced from human corpses by a technique called plastination, are being used as anatomy models in exhibitions and medical schools. Millions of lay people have already seen dissected corpses in one of the spectacular human anatomy exhibitions around the world and a new on-line market for plastinated human "specimens" is growing. More than chemical and physical transformations, plastination, associated with other procedures, also makes a symbolic transformation that reduces the person-body into object-body in order to neutralize the pollution and the taboo associated with human corpses. But unclear circumstances about these bodies and questions as to whether they have been donated, sold, or even stolen bring status as "people" back to the corpses and draws our attention to new ethical and moral questions
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