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    Geologia dos depósitos de quartzo ametista de Montezuma e adjacências em Minas Gerais e Bahia

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    Depósitos de quartzo ametista ocorrem em diversas regiões do estado brasileiro de Minas Gerais, relacionados a diferentes ambientações geológicas. Os mais importantes associam-se com veios de quartzo hidrotermal que cortam a Serra do Espinhaço, principalmente em serras pequenas, erodidas, próximas à sua margem leste, relacionadas ao Grupo Macaúbas. Na região limítrofe entre os estados de Minas Gerais (MG) e Bahia (BA), alguns desses depósitos produzem cristais de ametista que se tornam verdes após processo de aquecimento, comercializados no mercado gemológico como “prasiolita”. O objetivo deste trabalho foi apresentar um detalhamento do nítido controle estrutural para os veios mineralizados. Os veios de quartzo estão hospedados em quartzitos que desde longa data possuem posicionamento estratigráfico controverso. Nesse artigo, eles são associados às sequências Santo Onofre (MG) e Serra de Inhaúma (BA), de idades desconhecidas. Tais quartzitos mostram uma foliação subvertical dobrada, revelando uma fase deformacional posterior não observada em rochas do Grupo Macaúbas em outras regiões de MG. Na mina Montezuma (MG) os veios principais têm por volta de 0,70-1,10 m de espessura, com mergulhos acentuados para NE, perpendiculares à foliação NE-SO; acamamento pouco evidente está em torno de N-S mergulhando para L. Na mina Coruja (BA), os quartzitos hospedeiros também apresentam foliação subvertical variando entre N35-45°E, com veios mineralizados em torno de 1 m de espessura concordantes com a foliação. Na mina Tibério (BA), a mineralização é relacionada a fraturas estreitas, menores que 30cm, perpendiculares à foliação dos quartzitos encaixantes, com atitudes em volta de N20°O/80°SO. Nesses depósitos, os veios de ametista ocorrem estruturalmente relacionados aos planos axiais das grandes dobras da foliação. Amethyst quartz deposits occur in some regions of Minas Gerais state, Brazil, related to different geological environments. The most important are associated with hydrothermal veins crossing the Espinhaço mountain range, mainly in small and eroded mountains near its east margin, related to the Macaúbas Group. In the border region between the states of Minas Gerais (MG) and Bahia (BA), some of these deposits produce amethyst crystals that become green under heat treatments and are known in the gemmological market as “prasiolite.” The aim of the present study was to provide details of the clear structural control over the mineralized veins. The quartz veins are hosted in quartzites, which have long been the subject of controversy regardingtheir stratigraphic position. In this study, they are inserted into the Santo Onofre (MG) and Serra de Inhaúma (BA) sequences of unknown ages. These quartzites show a folded subvertical foliation, indicating a posterior deformational phase that had not been observed in rocks from the Macaúbas Group in other regions of MG state. At the Montezuma mine (MG), the main veins are around 0.70-1.10 m thick with steep dips to the NE, perpendicular to the NE-SW foliation; bedding orientation is approximately N-S, dipping to the E. In the Coruja mine area (BA), host quartzites have foliation attitudes varying between N35-45°E/ subvertical, and mineralized veins are around 1 m thick, nearly concordant with the foliation. At Tibério’s mine (BA), the mineralization is related to narrow fractures, less than 30 cm wide, and perpendicular to the host quartzite foliation, with directions/dips around N20°W/80°SW. In described deposits, amethyst veins occur structurally related to axial surfaces in foliation folds

    Geologia, mineralogia, inclusões fluidas e gênese dos depósitos de titanita-epidoto de Capelinha, Minas Gerais

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    Nas proximidades da cidade de Capelinha, Minas Gerais, ocorrem depósitos de titanita-epidoto associados a veios pegmatoides ricos em albita e/ou adulária, nos arredores de duas localidades principais conhecidas como Campo do Boa e Fanadinho. Tais depósitos estão hospedados em um xisto metavulcânico básico, rico em titânio, composto principalmente por albita, epidoto, actinolita, titanita e quartzo, relacionado à Formação Capelinha (Grupo Macaúbas), de idade toniana; o protólito dessa rocha foi determinado como um álcali-basalto, que foi metamorfisado em fácies anfibolito. Os veios apresentam espessura que varia entre alguns decímetros até cerca de 4 m, e são constituídos principalmente por albita, parcial a inteiramente caulinizada na área do Fanadinho, onde também são mais ricos em epidoto. Quartzo é raro, enquanto as micas são ausentes. Análises por difração de raios X, fluorescência de raios X e microssonda eletrônica, além de estudos de inclusões fluidas, permitiram caracterizar a titanita e minerais associados nesses depósitos. A titanita e, mais raramente, o epidoto podem formar drusas excepcionais, muito apreciadas por colecionadores de minerais, cujos monocristais em geral maclados podem alcançar alguns centímetros ao longo do eixo “c”. Outros minerais importantes nesses veios, embora incomuns, são apatita, ilmenita e actinolita. Estudos de inclusões fluidas indicaram uma temperatura mínima de cristalização na faixa de 300 a 450ºC. Em termos genéticos, tal mineralização relacionase, primeiramente, à extrusão dos basaltos ricos em titânio, os quais foram metamorfisados no Ciclo Brasiliano (± 570 Ma), com provável formação e enriquecimento de titanita. As temperaturas mínimas de aprisionamento das inclusões fluidas encontradas são plenamente compatíveis com as condições de fácies anfibolito. Esses dados indicam que os fluidos hidrotermais percolaram as rochas encaixantes ainda no processo de metamorfismo, provavelmente ao final desse processo. Near Capelinha town, Minas Gerais State, Brazil, titanite-epidote deposits occur associated with pegmatoid veins rich in albite and/or adularia, around two main distinct sites known as Campo do Boa and Fanadinho. These deposits are hosted by a titaniumrich, metavolcanic basic schist, mainly composed by albite, epidote, actinolite, titanite and quartz, of Tonian age. This rock protholite has been identified as an alkali-basalt, metamorphosed at amphibolite facies. These veins present thickness which varies from decimeters to about 4 m, and they are mainly composed by albite, which is partial to entirely kaolinized in the Fanadinho area, where they are also richer in epidote. Quartz is rare, and micas are absent. X-ray diffraction, X-ray fluorescence, electronic microprobe analyses, and fluid inclusions studies allowed to characterize titanite and the main associated minerals in the deposits. Titanite and more rarely epidote can form exceptional druses, very appreciated by mineral collectors, with monocrystals commonly twined and reaching few centimeters along the “c” axis. Apatite, ilmenite and actinolite, though unusual, are other important minerals in these veins. Fluid inclusions studies indicated a minimum crystallization temperature in the range of 300 to 450ºC. Mineralization is genetically related, firstly, to the extrusion of titanium-rich basalts, which have been metamorphosed during the Brasiliano Cycle (± 570 Ma), probably associated with titanite growth and enrichment. Minimum temperatures found for fluid inclusions trapping are completely compatible with amphibolite facies conditions. These data indicate that hydrothermal mineralizing fluids percolated surrounding rocks still during the metamorphism process , probably at its final stage

    Recent mineral discoveries in the Coronel Murta, Taquaral, and Medina pegmatite fields, northeastern Minas Gerais, Brazil

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    Abstract The occurrence of five rare minerals in the Eastern Brazilian Pegmatite Province, northeastern Minas Gerais, is described and discussed: bergslagite [CaBe(AsO4)(OH)] from the Manoel Fonseca mine, Coronel Murta county; herderite [CaBe(PO4)F] from the Funil mine, Medina county; lithiophosphate [Li3PO4] from the Cachoeira mine, Araçuaí/Itinga counties; lithiotantite [Li(Ta,Nb)3O8] from the Murundu mine, Itinga county; and kosnarite [KZr2(PO4)3] from Mario Pinto mine, Itinga county. The host pegmatites of these minerals, with their respective main chemical and/or mineralogical features are also presented. As a consequence of such discoveries, Raman spectra for lithiotantite and lithiophosphate were made available, and crystal structure refinement for lithiotantite was performed
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