10 research outputs found

    Espasmos em flexão: estudo clínico e eletrencefalográfico de pacientes tratados com Ro 4-5360

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    Sete pacientes com espasmos em flexão não controlados com medicações anticonvulsivas usuais foram submetidos a tratamento com Ro 4-5360 (Mogadon), à razão de 5 a 10 mg por dia. Foram discutidos os resultados clínicos e os achados eletrencefalográficos. Especial ênfase foi dedicada às correlações eletroclínicas. Os autores concluem: 1) Houve redução rápida e significativa na intensidade e na freqüência dos surtos de espasmos em flexão em todos os casos tratados com Mogadon. 2) Os melhores resultados foram observados em crianças que apresentavam desenvolvimento psicomotor normal até o aparecimento dos espasmos em flexão. 3) O intervalo entre o início dos espasmos em flexão e o início do tratamento com Mogadon e o insucesso de tratamentos anteriores com ACTH não foram fatores desfavoráveis quanto aos resultados da terapêutica benzcdiazepínica. 4) Houve ligeira regressão do retardo psicomotor, em 5 dos 7 casos, não acompanhando a nítida melhora das manifestações convulsivas, melhora cuja precocidade e intensidade foram mais acentuadas nas crianças em que o desenvolvimento psicomotor era inicialmente normal. 5) Nos casos que apresentavam hipsarritmia, houve desaparecimento da manifestação ao fim de uma semana de tratamento. 6) O aparecimento de sincronização rápida por espículas de amplitude uniforme e de topografia difusa no eletrencefalograma, dos pacientes tratados com Mogadon, parece ser função da incidência de elementos rápidos de tipo irritativo nos traçados realizados antes do tratamento. 7) Na vigência do aparecimento da sincronização por espículas difusas surgiram crises tônicas generalizadas em duas crianças que não apresentavam este tipo antes do tratamento, sendo de notar que essas manifestações eletrencefalográficas e clínicas diminuíram ulteriormente e desapareceram após três meses de tratamento. 8) Em três casos, passada a fase de alterações paroxisticas difusas, permaneceram anomalias focais, apontando para possível "ponto de impacto" inicial da agressão cerebral, de acordo com o conceito de Vallat e Lepetit

    Complicações raras do lupus eritematoso sistêmico: comprometimento do tronco cerebral e hepatite

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    São descritas complicações neurológicas espontâneamente reversíveis envolvendo particularmente o tronco cerebral em mulher de 24 anos de idade portadora de lupus eritematoso sistêmico. Após regressão das manifestações neurológicas clínicas surgiu quadro clínico e laboratorial de disfunção hepática aguda que também regrediu espontâneamente. Os achados clínicos e paraclínicos foram discutidos

    Foco epileptógeno parassagital com reversão de fase no vertex: correlações clínico-eletrencefalográficas Parasagittal epileptogenic focus with a phase reversal at the vertex: clinical and electroencephalographic correlations

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    Foram estudados, do ponto de vista clínico e eletrencefalográfico, 22 pacientes que apresentavam foco convulsiógeno parassagital com reversão de fase no vértex. O critério adotado na seleção dos casos foi puramente eletrencefalográfico. Desse estudo os autores concluem: 1. Descargas focais primárias ao nível da região parassagital são raras (0,5% aproximadamente) na ausência de processo medicamentoso de ativação; predominam nitidamente na infância. 2. Através de centros subcorticais (provavelmente a formação reticular talâmica medial), podem determinar o aparecimento de descargas síncronas difusas e bilaterais ("sincronismo bilateral secundário"), que, em nosso material, esteve presente em 6 casos (27%). 3. Estas descargas, às vezes semelhantes ao sincronismo bilateral primário da Epilepsia Pequeno Mal clássica, caracterizaram-se por 3 elementos fundamentais: a) irregularidade das descargas; b) reversão simples de fase na linha média; c) assimetria de voltagem em torno do vértex. 4. Do ponto de vista clínico houve predomínio das crises adversivas (45%) e das crises acinéticas (18%) sobre as demais. 5. Sincronismo bilateral secundário pode ser acompanhado de crises de ausência (em nosso material presente em apenas 2 casos) que diferem daquelas típicamente "centrencefálicas" pela variabilidade de manifestações que as acompanham. 6. Lesões epiletógenas localizadas na superfície mesial de um dos hemisférios cerebrais poderiam ser responsabilizadas pelo aparecimento de crises acinéticas. Essas crises estiveram presentes em 4 casos e, em todos eles, a descarga focal esteve representada por ondas lentas (1 a 4 c/s), de elevado potencial e com reversão de fase no vértex.The authors studied, from the clinical and electroencephalographic points of view, 22 patients with parasagittal convulsive focal activity with a phase reversal at the vertex. The selection of cases was purely electroencephalographic. The authors conclude: 1. Primary focal discharges in the parasagittal region are rare (0,5%) when the EEG is not activated; they are more frequently found in infancy and childhood. 2. The parasagittal focus may lead to bilateral diffuse synchronous discharges (secondary bilateral synchronism) through some subcortical centers (presumably the thalamic reticular formation). Those discharges were present in 6 cases. 3. Those discharges can be similar to the primary bilateral synchronism found in the P.M. epilepsy and can be characterized by three fundamental aspects: a) irregularity of discharges; b) a single phase reversal at the midline; c) asymmetry at the vertex region. 4) From the clinical point of view the adversive (45%) and akinetic seizures (18%) were the most frequently found. 5. Secondary bilateral synchronism can be associated with absence seizures (observed in 2 cases only); these seizures however are very different from these called "centrencephalic" for they are associated with several types of clinical, signs. 6. Epileptogenic lesion in the mesial aspect of cerebral cortex could be responsible for akinetic seizures. The authors found these seizures in 4 patients and in all of them the focal discharge was represented by slow waves (1 to 4 c/sec) of high voltage and with a phase reversal at the vertex

    Foco epileptógeno parassagital com reversão de fase no vertex: correlações clínico-eletrencefalográficas

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    Foram estudados, do ponto de vista clínico e eletrencefalográfico, 22 pacientes que apresentavam foco convulsiógeno parassagital com reversão de fase no vértex. O critério adotado na seleção dos casos foi puramente eletrencefalográfico. Desse estudo os autores concluem: 1. Descargas focais primárias ao nível da região parassagital são raras (0,5% aproximadamente) na ausência de processo medicamentoso de ativação; predominam nitidamente na infância. 2. Através de centros subcorticais (provavelmente a formação reticular talâmica medial), podem determinar o aparecimento de descargas síncronas difusas e bilaterais ("sincronismo bilateral secundário"), que, em nosso material, esteve presente em 6 casos (27%). 3. Estas descargas, às vezes semelhantes ao sincronismo bilateral primário da Epilepsia Pequeno Mal clássica, caracterizaram-se por 3 elementos fundamentais: a) irregularidade das descargas; b) reversão simples de fase na linha média; c) assimetria de voltagem em torno do vértex. 4. Do ponto de vista clínico houve predomínio das crises adversivas (45%) e das crises acinéticas (18%) sobre as demais. 5. Sincronismo bilateral secundário pode ser acompanhado de crises de ausência (em nosso material presente em apenas 2 casos) que diferem daquelas típicamente "centrencefálicas" pela variabilidade de manifestações que as acompanham. 6. Lesões epiletógenas localizadas na superfície mesial de um dos hemisférios cerebrais poderiam ser responsabilizadas pelo aparecimento de crises acinéticas. Essas crises estiveram presentes em 4 casos e, em todos eles, a descarga focal esteve representada por ondas lentas (1 a 4 c/s), de elevado potencial e com reversão de fase no vértex

    Valium endovenoso no tratamento do estado de mal epiléptico

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    Um grupo de 25 pacientes em "estado de mal epiléptico" foi submetido a tratamento pelo Valium endovenoso. Vinte desses pacientes apresentavam afecção cerebral crônica e, os restantes, afecção aguda. A droga mostrou-se extremamente eficaz no controle das crises, principalmente nos casos com afecção cerebral crônica. Depressão respiratória foi observada em apenas um paciente com afecção cerebral aguda. O eletrencefalograma, obtido durante a administração do Valium, evidenciou o desaparecimento completo da atividade paroxística, que foi substituída, no hemisfério normal, por ritmo beta bem desenvolvido. No hemisfério comprometido o ritmo apresentou-se bastante deprimido ou desorganizado e com discreta ou nenhuma atividade beta. Baseado em nosso trabalho e naqueles previamente relatados, concluimos: 1) Valium endovenoso constitui atualmente a droga de escolha para o controle de qualquer tipo de estado de mal epiléptico; 2) em pacientes com afecção cerebral aguda, sua administração deve ser feita com maior cautela em virtude de efeitos colaterais indesejáveis que pode determinar; 3) o exame eletrencefalográfico, obtido durante a administração do Valium, pode ser um elemento importante para se determinar o hemisfério comprometido

    Complicação rara e reversível de síndrome convulsiva: hipotonia generalizada e alterações da atividade intelectual

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    Os autores relatam uma síndrome hipotônica transitória com perturbações da atividade intelectual, que surgiu no decorrer da evolução de um caso de epilepsia, em criança de um ano de idade. Uma tentativa de interpretação fisiopatogênica das manifestações clínicas e eletrencefalográficas é realizada à luz dos conhecimentos atuais sobre certas disfunções reticulares e suas respectivas expressões bioelétricas
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