4 research outputs found

    A cor da morte: causas de óbito segundo características de raça no Estado de São Paulo, 1999 a 2001 The color of death: causes of death according to race in the State of Sao Paulo, 1999 to 2001

    No full text
    OBJETIVO: Sob a premissa de que há diferenças sociais segundo a etnia e que essas diferenças se constituem vulnerabilidade para doença, realizou-se estudo para averiguar se a raça/cor condiciona padrões característicos de óbito. MÉTODOS: Pelos registros de óbitos do Estado de São Paulo dos anos de 1999 a 2001, analisou-se a mortalidade proporcional por causa básica, segundo os capítulos da CID-10, entre as categorias de raça ou cor: branca, preta, parda e outras. A tabela de contingência permitiu, além do teste de chi2, a análise de resíduo, que aponta o excesso de óbitos estatisticamente significante, em cada categoria de causa básica e cor. Usou-se a análise de correspondência para a representação gráfica das relações multidimensionais das distâncias chi2 entre as categorias das variáveis estudadas. RESULTADOS: Foram analisados 647.321 registros válidos, sendo 77,7% de brancos, 5,4% de pretos, 14,3% de pardos e 2,6% de outros. Foi encontrada associação significante entre causas de óbito e raça/cor. Observou-se no mapa multidimensional apresentado que pretos e pardos aparecem distantes, ainda que apresentem um perfil de óbito semelhante, ao contrário de brancos e outros que poderiam ser agrupados numa única categoria. À parte as causas mal definidas que caracterizam apenas os óbitos de pretos, as outras causas de óbito desse grupo são comuns a pretos e pardos, variando, no entanto, em ordem de relação e intensidade. CONCLUSÕES: Foi encontrado na análise da mortalidade segundo a raça/cor, que a morte tem cor. Há uma morte branca que tem como causa as doenças, as quais, embora de diferentes tipos, não são mais que doenças. Há uma morte negra que não tem causa em doenças: são as causas externas, complicações da gravidez e parto, os transtornos mentais e as causas mal definidas.<br>OBJECTIVE: Assuming that ethnicity might be a basis for social differentiation and that such differences might represent vulnerability to sickness, this study attempts to verify whether race or ethnic origin have an effect on mortality patterns. METHODS: The Sao Paulo State death register was examined from 1999 to 2001 in a contingence table of causes according to the 10th ICD and race or skin-color categories (White, Black, Mulatto and others). Chi-square test was used to check the association between skin-color and cause of death; residual analysis was used to elicit statistically significant excessive occurrences when each category of cause of death and skin color was combined; and correspondence analysis was used to examine overall relations among all categories considered. RESULTS: A total of 647,321 valid death registers were analyzed, among which 77.7% were of Whites, 5.4% of Blacks, 14.3% of Mulattoes and 2.6% of others. A significant association between skin color or race and cause of death was found. It may be observed that, although Blacks and Mulattoes present a similar death profile, on the contrary of Whites and others, which could be aggregated into a single category, the former appear in distinct positions on the multidimensional map presented. Except for mal defined causes, which characterize only the deaths of Blacks, the other causes of death within this group are common to both Blacks and Mulattoes, varying however, in intensity and as to the order in which they appear death. CONCLUSIONS: Analysis of mortality according to race or color revealed that death has a color. There is a White death, which has, among its causes, sicknesses, which, although variable, are nothing more than sicknesses. There's a Black death, which is not caused by sicknesses but by external causes, complications in labor and delivery, mental disorders and ill- defined causes

    Prevalência de maloclusão e sua associação com alterações funcionais do sistema estomatognático entre escolares Prevalence of malocclusion and its association with functional alterations of the stomatognathic system in schoolchildren

    No full text
    Esta pesquisa objetivou estimar a prevalência de maloclusões entre escolares com 12 anos de idade do Município de Camaragibe, Pernambuco, Brasil. As maloclusões foram estratificadas em função do grau de severidade, analisando-se, ainda, a sua associação com as alterações das seguintes funções: fonoarticulação, respiração e deglutição. A oclusão foi avaliada por intermédio do Treatment Priotiy Index (TPI) e as referidas funções por meio de critérios utilizados na rotina clínica fonoaudiológica por um único examinador calibrado (valores de kappa variáveis entre 0,64 e 1,00). Os escolares foram selecionados randomicamente em 11 escolas públicas. Dos 173 sorteados, 82,1% apresentaram maloclusão (IC95%: 76,4-87,8), sendo 38,2% consideradas manifestações menores de maloclusões; 20,8% maloclusões definidas; 13,3% maloclusões severas; e 9,8% maloclusões muito severas. Conclui-se que há uma alta demanda reprimida por tratamentos ortodônticos e que quanto maior a severidade das maloclusões maior é a possibilidade de associação com alterações funcionais, fato que deve ser levado em consideração no planejamento de serviços públicos destinados aos referidos agravos.<br>The aim of this research was to estimate the prevalence of malocclusion among 12-year-old schoolchildren in Camaragibe, Pernambuco State, Brazil. Malocclusions were stratified by the degree of severity, and their association with alterations of the following functions was also analyzed: speech articulation, respiration, and deglutition. Occlusion was assessed by means of the Treatment Priority Index (TPI) and the functions referred to by means of the criteria used in routine clinical speech therapy by a single calibrated examiner (kappa values ranging from 0.64 to 1.00). Schoolchildren were selected randomly from 11 public schools. Of the 173 selected children, 82.1% presented malocclusion (95%CI: 76.4-87.8), with 38.2% classified as minor manifestations of malocclusion; 20.8% definite malocclusions; 13.3% severe malocclusions; and 9.8% very severe malocclusions. The conclusion was that there is a high repressed demand for orthodontic treatment, and that the greater the severity of the malocclusion, the stronger the possibility of association with functional alterations, which must be taken into consideration when planning appropriate public services for these conditions
    corecore