Efetividade do Programa de Comunicação e Educação em Saúde no controle da infecção por S. mansoni em algumas áreas do Estado da Bahia

O Programa de Controle da Esquistossomose (PCE) vem sendo desenvolvido em áreas da Bahia pela Fundação Nacional de Saúde (FNS). Em 1989, ações de Informação, Educação, Comunicação e Mobilização Comunitária (IEC/MC) foram iniciadas. Neste estudo avalia-se o impacto epidemiológico do IEC/MC, adotando-se um desenho quasi-experimental, comparando-se prevalências de infecção por S. mansoni em áreas IEC/MC com estimativas de áreas referentes. Os dados são secundários, coletados rotineiramente pela FNS. Verificou-se uma redução da prevalência da esquistossomose em todas as áreas, que alcança maior intensidade nas áreas com IEC/MC. Aparentemente, ações de controle rotineiras realizadas isoladamente são mais efetivas entre escolares e pessoas do sexo masculino, enquanto que nas áreas com IEC/MC, observou-se maior impacto entre as mulheres, refletindo, provavelmente, as distintas estratégias adotadas. Aponta-se para a necessidade de estudos de avaliação qualitativos, além de estimativas do custo-benefício e custo-efetividade de modo a aprimorar o processo de tomada de decisões.<br>The Program for S. mansoni Control (PCE) has been developed in some areas of the State of Bahia by the Fundação Nacional de Saúde (FNS). In 1989, activities on Information, Education, Comunication and Community Mobilization (IEC/MC) were initiated. This study evaluates the epidemiological impact of the IEC/MC, using a quasi-experimental study design strategy, comparing the prevalences of infection for S.mansoni in areas of IEC/MC and estimates of other areas. The data used were routinely collected by the local staff of the FNS. A decrease on the prevalence of S. mansoni infection was found in all study areas, specially in those of IEC/MC activities. Findings indicate that PCE activities are more effective among school-age individuals and male adults, although IEC/MC allows for higher epidemiological impact among women, reflecting the differences among the strategies. These findings point out the need for qualitative evaluation resarch, as well as cost benefit and cost effectiveness analyses, that are more appropriate for decision making processes

Effects on growth after hypertension portal induced in young rats Efeitos da hipertensão portal sobre o crescimento de ratos jovens

BACKGROUND: Physical growth retardation in children with hypertension portal was observed regardless of schistosomiasis. It has been suggested that the shunt of portal blood through portosystemic collateral vessels would result in metabolic consequences that would lead to the physical growth deficit observed. AIM: Study the effects of hypertension portal in the growth of young rats. METHODS: The growth of 20 young rats, divided in the groups hypertension portal, n = 10, 103 3.7 g and sham operation n = 10, 102.6 ± 3.4 g was evaluated throughout 5 weeks and the following parameters were under observation: quality of diet offered, diet ingestion, weight increase and urinary creatinine within 24 hours. At the end of the experiment, blood was taken for biochemical tests, prothrombin time and hematocrit and hypertension portal was measured. RESULTS/CONCLUSIONS: Rats with hypertension portal induced at early stages of their lives present growth delay in the first week after surgery recovering their growth rhythm in the next weeks, catching up with the sham animals. Differences related to urinary creatinine excretion, biochemical tests and hematocrit were not observed. Such results are evidence against the hypothesis that the hypertension portal induced in early stages of rats lives would cause delay in their growth.<br>RACIONAL: Atraso no crescimento foi observado em crianças com hipertensão portal independentemente da presença de esquistossomose. Sugeriu-se que o desvio de sangue pelas colaterais portossistêmicas justificaria os achados clínicos encontrados. OBJETIVO: Estudar os efeitos da hipertensão portal no crescimento de ratos jovens. MÉTODOS: O crescimento de 20 ratos divididos nos grupos hipertensão portal n = 10, 103 ± 3,7 g e grupo-controle, n = 10, 102,6 ± 3,4 g) foi avaliado durante 5 semanas. Foram considerados a qualidade da dieta oferecida, a ingestão da dieta, o ritmo de crescimento ganho de peso, a excreção de creatinina urinária, o hematócrito e as provas de função hepática. Ao final do experimento, a pressão portal foi medida por via transesplênica. RESULTADOS/CONCLUSÃO: Ratos do grupo hipertensão portal apresentaram atraso de crescimento na 1ª semana após a cirurgia, recuperando o seu ritmo de crescimento nas semanas seguintes. Ao final das 5 semanas, não houve diferenças entre os animais. Não houve diferenças com relação às provas bioquímicas e hematológicas, nem com relação ao ganho de massa magra. Esses resultados são evidência contra a hipótese de que hipertensão portal induzida nas fases iniciais da vida desses animais possa provocar atraso de seu crescimento