3 research outputs found

    Discursos sobre a Tortura de Mulheres Grávidas durante a Ditadura Militar

    Get PDF
     Em diversas fontes, tais como a história, a literatura e as artes, a ditadura foi denunciada por atentar contra os direitos humanos, através de práticas de violência em desacordo com a dignidade humana. Muitos foram os instrumentos de tortura, como o choque elétrico, o ‘pau de arara’ e o afogamento. Neste texto, além de discorrer sobre as práticas de tortura direcionadas aos sujeitos que se opuseram ao regime militar, analisaremos os depoimentos de três mulheres grávidas: Maria Barros dos Santos, Márcia Bassetto Paes e Helena Pignatari, disponíveis para acesso público no relatório da Comissão Nacional da Verdade (2014), sob a ótica da representação discursiva, de Adam (2011), vinculada à Análise Textual do Discurso. As análises apontam para a construção de narrativas que, ao falar de si, relatam uma série de violências cometidas pelos militares, causando traumas e provocando o aborto dessas mulheres.Palavras-chave: Ditadura. Tortura. Mulher e gênero. Gravidez.Discourses on the Torture of Pregnant Women During Military Dictatorship ABSTRACTIn various sources, such as history, literature and the arts, the dictatorship was denounced for violating human rights, through practices of violence at odds with human dignity. There were many instruments of torture, such as the electric shock, the ‘macaw stick’ and drowning. In this text, in addition to discussing the torture that was practiced directed at subjects who opposed the military regime, we will analyze the testimonies of three pregnant women: Maria Barros dos Santos, Márcia Bassetto Paes and Helena Pignatari, available for public access in the report of the National Commission of the truth (2014), from the perspective of discursive representation, by Adam (2011), linked to Textual Discourse Analysis. The analyzes point to the construction of narratives that, when talking about themselves, report a series of violence committed by the military, due to the fact that they caused trauma and the abortion of these women.Keywords: Dictatorship. Torture. Women and gender. Pregnancy

    ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS E LITERATURAS NOS INSTITUTOS FEDERAIS

    Get PDF
    No Brasil, a história do ensino técnico e tecnológico se inicia em 1909, quando Nilo Peçanha, o então presidente da República, criou 19 escolas de Aprendizes e Artífices que, posteriormente, se transformaram nos Centros Federais de Educação Profissional e Tecnológica, mais conhecidos como CEFETS. Em dezembro de 2008, no mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, os CEFETS se transformaram em Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, tendo como principal desdobramento a expansão e a interiorização da educação técnica e tecnológica em nosso país. Desde então, a concepção de currículo dessas unidades de ensino também se modificou. Se, em um primeiro momento, tinha-se a ideia de que este modelo de educação deveria focar, quase que exclusivamente, na aprendizagem de conhecimentos específicos (normalmente voltados para o setor da indústria, as tecnologias e as ciências exatas), com os Institutos Federais, chegou-se a um consenso de que a educação técnica e tecnológica deveria se preocupar, também, com a formação do cidadão crítico e reflexivo. Com isso, percebeu-se a importância do ensino de um conjunto de disciplinas, como a Sociologia, a Filosofia, a Literatura e as Línguas (sempre no plural), na formação do profissional de nível técnico e tecnológico. Com o objetivo de colocar em discussão a defesa de um currículo linguisticamente democrático receberemos, nesta chamada, trabalhos que discutam o ensino e a aprendizagem de Línguas e suas respectivas Literaturas no âmbito dos Institutos Federais em nosso país

    Remember not to forget: memory, history and fiction in Spanish language class.

    No full text
    Considerando a histórica problemática que envolve a relação indissociável entre língua e literatura no campo de ensino de línguas estrangeiras, esta dissertação deságua na confluência entre memória, história e ficção no ensino de Espanhol como Língua Estrangeira, resultando em uma experiência metodológica que considera fatos históricos como uma ferramenta didática para incentivar a escrita em primeira pessoa na sala de aula. Esta pesquisa aplicada, de cunho descritivo, cujos procedimentos de análise se inserem no campo da pesquisa-ação, promove a reconstrução do passado a partir das recordações e da escrita no contexto de ensino de Língua Espanhola. No que diz respeito à relação entre literatura e história, propomos uma leitura crítica, sob o viés das escritas de si e da memória, tendo como suporte a obra autobiográfica Vivir para contarla (2007) e um trecho selecionado de Cien años de soledad (2014), de Gabriel García Márquez, realizando um paralelo exploratório entre a autobiografia e a ficção para analisar o processo de reconstrução do episódio histórico de La masacre de la bananera, ocorrido em 1928, na Colômbia. Em busca de alcançar os objetivos, realizamos um curso de extensão com alunos de Licenciatura em Letras – Língua Espanhola, oriundos do Centro de Educação da Universidade Estadual da Paraíba (CEDUC/UEPB) e da Unidade Acadêmica de Letras da Universidade Federal de Campina Grande (UAL/UFCG), no qual focalizamos no elemento da memória como meio motivador para a escrita de narrativas memorialísticas. A fundamentação teórico-metodológica está ancorada, sobretudo, nos estudos sobre literatura hispano-americana e ensino de literatura em línguas estrangeiras. Neste sentido, apoiamo-nos no aporte teórico de Ricoeur (2007), quanto à ideia de “dever de memória” e no compromisso com o passado. Recorremos aos estudos sobre memória de Assmann (2015) e Huyssen (2014), além das contribuições sobre o espaço autobiográfico em Arfuch (2010), Klinger (2007), Lejeune (2008) e Gasparini (2014). Para as questões de didática, apoiamo-nos nas contribuições metodológicas de Andrade Junior (2011), Brait (2000; 2010), Compagnon (2009), Nascimento e Trouche (2008), Pinheiro-Mariz (2008; 2012), entre outros. O corpus analítico desta dissertação é composto por sete produções escritas secundárias e dez produções escritas finais, além de um questionário. A primeira categoria de análise diz respeito à ocorrência da memória nas produções escritas pelos estudantes. A segunda categoria de análise mobiliza nos questionários as respostas dos alunos sobre as razões que justificam o ensino de literatura na sala de aula. Como resultado, percebemos que a abordagem da memória na sala de aula possibilita um contato com o passado através da ficção, das recordações e da escrita. Além do mais, este estudo mostra, através do questionário aplicado, que o ensino de literatura na educação superior é uma discussão atual, apontando para a dificuldade da abordagem do texto literário pelos estudantes participantes da pesquisa. Ressaltamos, também, a complexa problemática que envolve a formação de professores em língua espanhola nos cursos de Letras do CEDUC/UEPB e da UAL/UFCG, através de lacunas nos estudos literários, linguísticos e de didática de ensino de línguas, apresentadas pelos estudantes. Mesmo considerando que os alunos participantes da pesquisa encontravam-se durante o processo de formação docente, esperamos que este estudo possibilite um (re)pensar sobre o currículo e o perfil do profissional formado por ambas as instituições, contribuindo, assim, com a formação dos futuros professores de língua espanhola.Considerando la histórica problemática que envuelve la relación indisociable entre lengua y literatura en el área de enseñanza de lenguas extranjeras, esta disertación se acerca a la confluencia entre memoria, historia y ficción en la enseñanza de Español como Lengua Extranjera, resultando en una experiencia metodológica que considera hechos históricos como una herramienta didáctica para incentivar la escritura en primera persona en el aula. Este trabajo, de base descriptiva, cuyos procedimientos de análisis se insertan en el campo de la investigación-acción, promueve la reconstrucción del pasado a partir de las recordaciones y de la escritura en el contexto de enseñanza de lengua española. Acerca de la relación entre literatura e historia, hemos propuesto una lectura crítica, bajo las escrituras del “yo” y de la memoria, teniendo como suporte la autobiografía Vivir para contarla (2007) y un fragmento seleccionado de Cien años de soledad (2014), de Gabriel García Márquez, realizando un paralelo exploratorio entre la autobiografía y la ficción para analizar el proceso de reconstrucción del episodio histórico de La masacre de la bananera, sucedido en 1928, en Colombia. Para lograr los objetivos, realizamos un curso de extensión con alumnos de la Licenciatura en Lengua Española del Centro de Educação de la Universidad Estadual da Paraíba (CEDUC/UEPB) y de la Unidade Acadêmica de Letras de la Universidad Federal de Campina Grande (UAL/UFCG), en el cual focalizamos en el elemento de la memoria como medio motivador para la escritura de narrativas memorialistas. El aporte teórico-metodológico se fundamenta en los estudios sobre literatura hispanoamericana y enseñanza de literatura en lenguas extranjeras. En este sentido, nos apoyamos en el aporte teórico de Ricoeur (2007), bajo la idea de “deber de memoria” y en el compromiso con el pasado. Utilizamos los estudios sobre memoria de Assmann (2015) y Huyssen (2014) y acerca del espacio autobiográfico en Arfuch (2010), Klinger (2007), Lejeune (2008) y Gasparini (2014). Para las cuestiones de didáctica, nos apoyamos en las contribuciones metodológicas de Andrade Junior (2011), Brait (2000; 2010), Compagnon (2009), Nascimento y Trouche (2008), Pinheiro-Mariz (2008; 2012), entre otros. El corpus analítico de esta disertación es compuesto por siete producciones escritas secundarias y diez producciones escritas finales, además de un cuestionario. La primera categoría de análisis se relaciona a la presencia de la memoria en las producciones escritas de los estudiantes. La segunda categoría de análisis discute en los cuestionarios las repuestas de los estudiantes sobre las razones que justifican la enseñanza de literatura en el aula. Como resultado, percibimos que el abordaje de la memoria en el aula posibilita un contacto con el pasado a través de la ficción, de los recuerdos y de la escritura. Además, este estudio muestra, a través del cuestionario aplicado, que la enseñanza de literatura en la educación superior es una discusión actual, señalando para la dificultad de abordaje del texto literario por los estudiantes de la investigación. Resaltamos, también, la compleja cuestión que envuelve la formación de profesores en lengua española del CEDUC/UEPB y de la UAL/UFCG, a través de los huecos de formación en los estudios literarios, lingüísticos y de didáctica de enseñanza de lenguas, presentados por los estudiantes. Mismo considerando que los alumnos participantes de la investigación se encontraban a lo largo del proceso de formación docente, esperamos que este estudio posibilite un (re)pensar sobre el currículo y el perfil del profesional formado por estas instituciones, contribuyendo, así, con la formación de los futuros profesores de lengua española
    corecore