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    Pensar fora dos muros: os fundamentos da pedagogia libertária contra os espaços da domesticação escolar

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    Este trabalho busca discutir as matrizes e os fundamentos da pedagogia libertária frente ao modelo autoritário de organização do sistema educacional brasileiro. Pensar fora dos muros levanta a premissa de contestar a validade das instituições hegemônicas de controle dos espaços escolares e dos sujeitos que os vivenciam. Com reflexão pautada nos fundamentos espaciais e territoriais trazidos pelo olhar geográfico, coloca-se o desafio de superação dos espaços da domesticação escolar. Estes, por sua vez, precisam ser repensados sobre o paradigma da pedagogia libertária, que concebe a escola através dos princípios da autogestão, democracia direta e horizontalidade, espaços de saber plurais que constroem práticas e reflexões de resistência territorial e de organização espacial autônoma. Palavras chave: Pedagogia libertária. Autogestão. Instrução integral. Desescolarização. Abstract: This paper discusses the matrices and the foundations of anarchist pedagogy against the authoritarian model of organization of the Brazilian educational system. Thinking outside the walls raises the premise of contesting the validity of hegemonic institutions of control of school spaces and the subjects who experience them. With guided reflection on spatial and territorial grounds geographical brought by the look, place the challenge of overcoming the spaces domestication school. These, in turn, need to be rethought on the paradigm of anarchist pedagogy, which sees the school through the principles of self-management, direct democracy and horizontality, spaces to know plural building practices and territorial resistance reflections and autonomous spatial organization. Keywords: Anarchist pedagogy. Self-management. Integral instruction. Unschooling. Pensar fuera de los muros: los fundamentos de la pedagogía libertaria contra los espacios de domesticación escolar. Resumen: Este artículo discute las matrices y los fundamentos de la pedagogía libertaria contra el modelo autoritario de organización del sistema educativo brasileño. Pensar fuera de los muros plantea la premisa de impugnar la validez de las instituciones hegemónicas de control de los espacios escolares y los sujetos que los experimentan. Con una reflexión basada en los fundamentos espaciales y territoriales aportados por la vista geográfica, se plantea el desafío de superar los espacios de domesticación escolar. Estos, a su vez, deben repensarse en el paradigma de la pedagogía libertaria, que concibe la escuela a través de los principios de autogestión, democracia directa y horizontalidad, espacios plurales de conocimiento que construyen prácticas y reflexiones de resistencia territorial y organización espacial autónoma. Palabras clave: Pedagogía libertaria. Autogestión Instrucción integral. Desescolarización

    Hedonismo social na geografia de Élisée Reclus: elementos para pensar uma erótica libertária da solaridade

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    O recente pensamento geográfico vem incorporando elementos epistemológicos tidos como não convencionais, ou com menor importância, pelo crivo funcionalista acadêmico, além de estabelecer, com maior solidez, diálogo com distintas áreas heterodoxas do pensamento como um todo. Essa aproximação pode ser notada com a introdução do debate hedonista nos estudos geográficos, como também, o maior impulso de pesquisas vinculadas ao anarquismo, ao feminismo, à autonomia, às minorias, aos gêneros, entre outros. Todavia, acredita-se que, no pensamento geográfico do passado, encontram-se elementos que dão subsídios reflexivos a estas recentes incorporações heterodoxas. Por exemplo, na geografia de Élisée Reclus, é possível pontuar fulgores de uma erótica solar vinculada ao seu hedonismo social libertário. Transcender essas barreiras que enquadram a geografia anarquista reclusiana a um prisma único está ligado a esse exercício de leitura aberta da obra deste geógrafo das liberdades. Este hedonismo geográfico do passado pode contribuir para as recentes manifestações deste tema no pensamento geográfico, incluindo novos elementos, principalmente de cunho ácrata, ou promovendo novas reflexões, amadurecendo o campo de estudo.Palavras-chave: Hedonismo social. Geografia libertária. Élisée Reclus. Erótica solar.Social hedonism in the geography of Élisée Reclus: elements to think about a solar libertarian eroticThe recent geographic thought is incorporating epistemological elements taken as unconventional or with less importance for academic functionalist riddle, as well as establish, with greater-strength, dialogue with diferente áreas of the heterodox thought as a whole. This approach can be noticed with the introduction of the hedonistic debate in the geographical studies, but also the greatest amonto f research related to anarchism, feminism, autonomy minorities, genders, among others. However, it is belived that in the geographical thought of the past, there are elements that give reflexive subsidies to these recente heterodox reflexion. For example, in the geography of Élisée Reclus, it can high light flares of a solar erotic linked to his libertarian social hodonism. To transcend the barriers that limit the anarchist geography of Reclus to a single prism is attached to this exercise of open reading of the work of this geographer of freedoms. This geographical hedonismo of the past can contribuet to recente manifestation of this theme in the geographical thought, including new elements, mainly of anarchist nature, or promoting new thinking, maturing the field of study.Keywords: Social hedonism. Libertarian geography. Élisée Reclus. Solar eroti

    Élisée Reclus e a excentricidade de sua geografia anarquista

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    Élisée Reclus (1830–1905) contradiz a centralidade racionalista de sua época, situando toda sua obra entre a composição de um novo paradigma na geografia e o posicionamento excêntrico, dotado de criticismo libertário, contrário à geografia racionalista. A geografia universitária que o sucedeu, negligenciou a sua contribuição, taxando-a de descritiva e órfã de objeto. Por sua vez, sua obra foi escamoteada e subsumida também pela geografia crítica radical, de base marxista, mesmo sabendo que ele foi o criador da geografia crítica social. Reclus criou um novo paradigma na geografia, a geografia anarquista, e também uma nova vertente do anarquismo, o anarquismo geográfico. Como aporte teórico para o entendimento da excentricidade da geografia anarquista de Reclus é de suma importância recorrer à revisão crítica de suas três grandes obras: La Terre, Nouvelle Géographie Universelle e L’Homme et la Terre. Essas obras compõem um apurado projeto de geografia socioambiental libertária constituído pelo geógrafo francês ácrata. O libertarismo geográfico, nascido de sua militância e de seu cientificismo, hoje extrapola a ciência geográfica em si e chega a outros ramos do saber, diante da necessidade de afirmação das diferenças e da transformação do status quo pela via da ação direta no espaço.Élisée Reclus (1830-1905) contradicts the rationalist centrality of his day, placing all his work between the composition of a new paradigm in geography and the eccentric positioning, endowed with libertarian criticism, contrary to rationalist geography. The university geography that succeeded him, neglected their contribution, taxing it descriptive and orphan object. In turn, his work was concealed and also subsumed by radical critical geography, Marxist base, even though he was the creator of critical social geography. Reclus created a new paradigm in geography, anarchist geography, and also a new current of anarchism, geographical anarchism. As a theoretical framework for understanding of the eccentricity of the anarchist geography of Reclus is very important resort to critical review of his three major works: La Terre Nouvelle Géographie Universelle and L'Homme et la Terre. These works form an accurate project of environmental geography libertarian made by the French geographer anarchist. The geographical libertarianism, born of his activism and his scientism today goes beyond the geographical science itself and reaches other branches of knowledge, on the need for affirmation of differences and the transformation of the status quo by means of direct action in space

    A escola vista de dentro: eflúvios de uma pedagogia anarquista

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     A estratégia de luta e de resistência dissidente das ocupações nos espaços escolares brasileiros trouxe à tona o debate sobre o saber constituído em um território autônomo. A partir dessa premissa, é possível ver na difusão do saber politicamente engajado o instrumento de enfrentamento dos mecanismos de opressão difundidos pelo Estado, sobre a figura da escola e das políticas de gestão da estrutura de ensino, e pelo capital, cercado pelos interesses financeiros das empresas e organizações sociais preparadas para transformar o sistema de ensino em mercadorias. Os okupas, delineados pela perspectiva da pedagogia anarquista, possibilitaram outro olhar sobre a escola, ou seja, um olhar de dentro e a partir dos sujeitos que nela vivenciam, alunos, professores, gestores, pais e comunidade, destoando da convencional visão difusa dos aparelhos de controle e de gestão.Palavras-chave: Escola pública. Ocupações. Okupas. Pedagogia anarquista

    Geografias libertárias e práticas antiautoritárias

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    CIDADE DE LIMIAR: NOTAS TEÓRICO-METODOLÓGICAS ACERCA DO CARÁTER POLÍTICO DOS ARRABALDES METROPOLITANOS BRASILEIROS

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    Os arrabaldes metropolitanos brasileiros são produto de um articulado, dinâmico, lucrativo e complexo sistema de controle e de reprodução do espaço urbano por uma lógica de poder pouco participativa e desvinculada da perspectiva autonomista. A proposta de discutir a cidade de limiar parte do pressuposto de que se construa um novo olhar sobre os arrabaldes metropolitanos brasileiros, vinculado a noções políticas consideravelmente libertárias, que dê subsídios para as efetivas transmutações e não reproduções de lógicas espaciais que afunilam a segregação. Metodologicamente, este trabalho busca lançar um olhar de fora para dentro da cidade, evidenciando outros parâmetros de análise e de atuação no espaço urbano, como é o exemplo da cidade de limiar. É preciso pensar a cidade a partir de seus dilemas, ou seja, dos seus limiares, territorialidades indefinidas, produtoras da dinâmica para além dos limites do núcleo privilegiado metropolitano, usufruindo da condição locacional de estarem sobrepostas sobre os limiares da urbanização, ora estando próxima da metrópole, ora estando fora dela

    Um ponto no infinito do espaço: A geografia libertária de élisée reclus surgiu antes da hora?

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    O objetivo principal deste trabalho é demonstrar o contexto de formação do pensamento geográfico de Élisée Reclus e o papel da sua obra na história da geografia. A experiência espacial e a prática revolucionária foram elementos que contribuíram com o modo de pensar desse geógrafo francês. Por outro lado, a pesquisa científica e o envolvimento com o pensamento acadêmico de sua época marcou a organização de sua obra. O caráter social libertário da geografia de Reclus influenciou decisivamente a forma como a historiografia dominante recebeu o seu conteúdo mais engajado.Palavras-chave: Élisée Reclus, geografia libertária, pensamento geográfico, historiografia dominante

    Planeta favela

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    CIDADE DE LIMIAR: NOTAS TEÓRICO-METODOLÓGICAS ACERCA DO CARÁTER POLÍTICO DOS ARRABALDES METROPOLITANOS BRASILEIROS

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    Os arrabaldes metropolitanos brasileiros são produto de um articulado, dinâmico, lucrativo e complexo sistema de controle e de reprodução do espaço urbano por uma lógica de poder pouco participativa e desvinculada da perspectiva autonomista. A proposta de discutir a cidade de limiar parte do pressuposto de que se construa um novo olhar sobre os arrabaldes metropolitanos brasileiros, vinculado a noções políticas consideravelmente libertárias, que dê subsídios para as efetivas transmutações e não reproduções de lógicas espaciais que afunilam a segregação. Metodologicamente, este trabalho busca lançar um olhar de fora para dentro da cidade, evidenciando outros parâmetros de análise e de atuação no espaço urbano, como é o exemplo da cidade de limiar. É preciso pensar a cidade a partir de seus dilemas, ou seja, dos seus limiares, territorialidades indefinidas, produtoras da dinâmica para além dos limites do núcleo privilegiado metropolitano, usufruindo da condição locacional de estarem sobrepostas sobre os limiares da urbanização, ora estando próxima da metrópole, ora estando fora dela
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