8 research outputs found

    Learning and Teaching in Higher Education/ Learning Orchestration in Higher Education,

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    É ponto assente que o desenvolvimento social e económico de um país depende do conhecimento e do nível educativo dos seus cidadãos. Num momento de crise económica profunda em que a sustentabilidade do ensino superior se encontra ameaçada e a sua organização com rumo incerto, importa, mais do que nunca, criar um espaço de reflexão em que a ciência se pronuncie, aproximando e colocando em evidência os contributos que em vários domínios se vão produzindo. Nesta conferência, que se pretende em continuidade com a realizada em 2010, elegemos como tema central a qualidade do ensino e da aprendizagem e, tendo em conta a realidade em que nos inscrevemos, alargamos a discussão aos contextos e aos modelos de organização que os podem consubstanciar. Pode parecer um paradoxo centrar esta conferência na componente mais pedagógica do ensino superior quando toda a pressão de avaliação interna e externa das instituições e dos docentes incide particularmente sobre a produção científica. Mas talvez não. Assumimos que a reflexão de cariz pedagógico continua a não ser uma prática corrente no meio universitário português que, durante gerações, se habituou a um ensino universitário tradicional destinado apenas a uma pequena elite e se alheou dos desafios da massificação de que foi alvo. A ideia de que pedagogia apenas diz respeito à relação do professor com crianças ou jovens até ao ensino secundário permaneceu latente, tornando estéril qualquer discussão que, na perspectiva de alguns, seria desnecessária e até contraproducente no ensino superior. Um novo paradigma terá de ser assumido por um ensino universitário que busca o ideal da excelência, colocando no centro do debate o equilíbrio entre as dimensões pedagógica e investigativa e uma redobrada atenção à sociedade e às mudanças se, verdadeiramente, o que pretendemos é ganhar o desafio da qualidade

    Experiência no curso de estudantes de 1º ano – um estudo no âmbito das tutorias de acompanhamento na Universidade de Évora

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    O presente estudo pretende conhecer a experiência no curso de estudantes de 1º ano que ingressaram na Universidade de Évora no final do 1º semestre. Estudos realizados sobre a percepção dos estudantes relativa ao contexto de aprendizagem no ensino superior indicam forte relação com as abordagens à aprendizagem e apresentam forte relevância para a compreensão da forma como os estudantes acedem ao conhecimento e para a definição de processos de aprendizagem de elevada qualidade (Entwistle, 2009; Chaleta & Entwistle, 2011). Os dados foram obtidos através da aplicação do CEQP (Ramsden, 2005; 2006; Chaleta et al, 2012) com 565 estudantes de diferentes cursos e áreas científicas. Os resultados indicaram que a experiência no curso é positiva para o conjunto dos estudantes havendo necessidade de observar com mais atenção as questões relacionadas com a avaliação. A grande maioria dos estudantes revela também satisfação com o curso que frequenta. Palavras-Chave: Experiência no Curso; Tutorias de Acompanhamento; CEQP; Ensino Superior. Abstract This study examine the experience in the course of the 1st year students who entered at the University of Évora. Studies on the perception of students on the learning environment in higher education indicate a strong relationship with the approaches to learning and have strong relevance to the understanding how students access the knowledge and the definition of high quality learning processes (Entwistle, 2009; Chaleta & Entwistle, 2011). The data were obtained by applying the CEQP (Ramsden, 2005, 2006; Chaleta et al, 2012) with 565 students from different courses and scientific areas. The results indicated that the course experience is positive for all the students but we need to look more closely at the issues related to assessment. The vast majority of students also reveals satisfaction with the course who attends Keywords: Course Experience; Mentor Monitoring; CEQP; Higher Education

    Abordagens à aprendizagem e características dos estudantes do ensino superior

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    O estudo aqui apresentado procurou identificar as abordagens à aprendizagem em estudantes da Universidade de Évora em função das suas características, nomeadamente, género, ano e escola em que se insere o curso que frequentam, gosto pelo curso, perceção de dificuldade do curso e autoavaliação enquanto alunos. Recorremos ao ASSISTsv (Approaches and Study Skills Inventory for Students – short version). A amostra é constituída por 405 estudantes do 1º e do 3º ano da Universidade de Évora, sendo que 39.8% dos estudantes frequentam cursos pertencentes à Escola de Ciências e Tecnologia e 60.2% pertencentes à Escola de Ciências Sociais. Os resultados obtidos sugerem que os alunos optam preferencialmente por uma abordagem profunda à aprendizagem. Adicionalmente, encontraram-se diferenças estatisticamente significativas no que respeita às abordagens à aprendizagem preferencialmente utilizadas em função do género, ano de frequência, escola de pertença, gosto pelo curso e autoavaliação enquanto alunos. Abstract The study presented here sought to identify approaches to learning in students of the University of Évora, depending on their characteristics including gender, year and school of attendance, perception of course difficulty and self-assessment as students. We applying the ASSISTsv (Approaches and Study Skills Inventory for Students - short version). The sample consisted of 405 students of the 1st and 3rd year of the University of Évora. 39.8 % of students attending courses belonging to the School of Science and Technology and 60.2% belonging to the School of Social Sciences. The results suggest that students choose preferably a deep approach to learning. Additionally we found statistically significant differences with regard to approaches to learning used preferentially by gender, year of attendance, school belonging, feelings for the course and self-assessment as students

    Orquestrar o aprender no ensino superior - Concepções, abordagens e experiência no curso

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    Nas últimas décadas o modelo SAL debruçou-se sobre três componentes fundamentais do processo de aprendizagem: concepções, abordagens e percepção sobre os contextos de aprendizagem. A partir das experiências descritas pelos estudantes, estes estudos revelaram a existência de relações entre as três componentes, a qualidade da aprendizagem e os resultados académicos (Entwistle 2007; Marton & Säljo, 1997; Chaleta et al, 2009). A coordenação destas componentes foi denominada por Meyer de “orquestração da aprendizagem” (Meyer, 1991; 2000). Neste estudo a amostra foi constituída por 562 estudantes de 1º ano que responderam aos questionários um mês após a conclusão da avaliação do 1º semestre. De um modo geral podemos considerar que neste conjunto de estudantes existe consonância entre as concepções, as abordagens e a experiência no curso, isto é, que os estudantes apresentam formas apropriadas de “orquestrar” o seu processo de aprendizagem. Abstract In the last decades the SAL model focused on three fundamental components of the learning process: concepts, approaches and perceptions about the learning contexts. Based on the experiences described by students, these studies revealed the existence of relations between the three components, the quality of learning and academic results (Entwistle 2007; Saljo & Marton, 1997; Chaleta et al, 2009). The coordination of these components was termed by Meyer as "learning orchestration" (Meyer, 1991, 2000). In this study, the sample consisted of 562 students of the 1st year who responded to the questionnaires one month after the completion of the evaluation of the 1st semester. In general we can say that in this group of students there is consonance between the conceptions, approaches and experience in the course, i.e. students have appropriate forms of "learning orchestrating” process

    Self-regulation: differences by year and area in college students

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    Neste estudo procura-se analisar a existência de diferenças nas estratégias auto-regulatórias de alunos universitários em áreas de formação distintas. Participaram 518 alunos de três níveis (inicial, intermédio e final) das áreas de ciências e humanidades. Aplicou-se a escala “CHE – Comportamentos e hábitos de estudo e aprendizagem”, que avalia cinco dimensões: estratégias cognitivas de transformação e manipulação da informação, organização e planeamento de rotinas, gestão e monitorização, aquisição e selecção da informação, e reforço motivacional. Verificou-se uma maior utilização das estratégias cognitivas e metacognitivas de gestão e monitorização apesar dos resultados não indicarem diferenças substantivas entre os alunos diferenciados por nível e área. Os resultados podem indicar estabilidade nos comportamentos ou limitações no tipo de instrumento e amostra utilizada. O estudo de mudanças nestas estratégias deverá ser conduzido com recurso a delineamentos longitudinais. O impacto da estabilidade deverá ser ponderado na elaboração de projectos de intervenção.In this study we seek to analyze the existence of differences in self-regulating strategies of university students in distinct graduation areas. 518 students of three levels (initial, intermediate and final) of science and humanities fields participated. We used the scale “Behavior and study skill”, which evaluates five dimensions: cognitive strategies of transformation and manipulation of information, organization and planning of routines, management and monitoring, information acquisition and selection, and motivational reinforcement. A higher use of cognitive and metacognitive strategies of management and monitoring was noted although the results do not indicate major differences between students in different levels and graduation areas. The results can indicate stability in the behaviors or limitations in the type of instrument and in the sample used. The study of changes in these strategies must be carried out having in mind longitudinal outlines. The impact of the stability should be taken into account while elaborating intervention projects.(undefined

    Emoções e sentimentos nas experiências de aprendizagem no Ensino Superior – IESEA

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    O estudo das emoções e dos sentimentos académicos tem vindo a ganhar expressão na última década devido ao reconhecimento do seu impacto na formação do pensamento e na qualidade da aprendizagem dos estudantes. Em associação com as componentes cognitivas emergem emoções e sentimentos que influenciam a motivação, a auto-regulação e o envolvimento dos estudantes na aprendizagem e, consequentemente, a sua realização académica (Chaleta, 2003; Pekrun et al., 2011). A investigação evidenciou a existência de emoções positivas e negativas susceptíveis de activarem ou desactivarem o processo de aprendizagem (Pekrun et al., 2002; Efklides, 2011). Os resultados destes estudos permitem uma maior compreensão tanto dos processos de aprendizagem de excelência como de determinadas dificuldades de aprendizagem em alunos que não revelam qualquer comprometimento cognitivo (Meyer & Turner, 2002; 2006; Goetz et al, 2007; Linnenbrink-Garcia & Pekrun, 2011). No sentido de identificarmos as emoções/sentimentos académicos dos estudantes numa escala mais abrangente, desenhámos um instrumento IESEA (Inventário de Emoções e Sentimentos nas Experiências de Aprendizagem), a partir de estudos qualitativos realizados anteriormente. Apresentamos neste trabalho a primeira versão deste instrumento validada numa amostra de 410 estudantes de cursos de licenciatura da Universidade de Évora das áreas científicas de Ciências Sociais e Ciências e de Tecnologia

    A formação docente para a prática inclusiva no Curso de Pedagogia da Universidade Federal de Alagoas

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    Vários elementos são fundamentais para o sucesso de uma escola inclusiva. Para que esta seja uma realidade é fundamental a mudança de concepção de educação, de escola, de prática pedagógica, de currículo, de avaliação, etc., mas nenhum desses elementos surtirá efeito se não houver a formação e a capacitação dos professores para a prática de uma Educação Inclusiva (UNESCO & MEC-Espanha, Declaração de Salamanca, 1994). O estudo qualitativo que apresentamos, de carácter exploratório, recorre à abordagem fenomenográfica e tem como objetivo mapear a percepção dos docentes e dos alunos sobre a formação docente para a prática da educação inclusiva no curso de Pedagogia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O estudo foi realizado com 40 participantes, 20 docentes que lecionam no curso de Pedagogia e 20 estudantes que frequentam o último ano do curso. A análise de conteúdo, temática e categorial, foi realizada a partir do discurso dos sujeitos, expresso em questionários abertos construídos para o efeito e os resultados permitiram identificar três temas principais: I) educação inclusiva, II) escola inclusiva e III) educação inclusiva no curso de Pedagogia da UFAL. Apresentam-se ainda as principais categorias identificadas e as diferenças encontradas entre a percepção dos docentes e dos alunos. Abstract Several elements are fundamental to an Inclusive School's success. In order to that become a reality it's fundamental to change the conception of education, school, pedagogical practice, curriculum, evaluation, etc. But none of these elements will be effective if there is no training and formation of teachers to enforce an inclusive education (UNESCO & MEC-Spain, Declaration of Salamanca, 1994). The qualitative study we present, of exploratory character, reaches out to a phenomenographic approach and aims to map the perception of teachers and alumni about teaching formation to practice inclusive education on the Pedagogy Course in the Federal University of Alagoas (UFAL). The study was conducted with 40 subjects, 20 teachers of the Pedagogy Course and 20 senior students. The content, thematic and categorical analysis were made from the subjects discourse, expressed in open questionnaires constructed for this purpose, and the results allowed to identify three major themes: I) inclusive education; II) inclusive school; and III) inclusive education on the Pedagogy Course, UFAL. This publication also identified the main categories and the differences between perceptions of teachers and students
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