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RELATO DE CASO: LEUCEMIA LINFOCÍTICA AGUDA COM HIPERCALCEMIA
Introdução: A Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) consiste na proliferação exacerbada de células B ou T imaturas, cujo clone maligno origina-se na medula óssea ou no sistema linfático. Os sintomas clássicos decorrem da infiltração medular por células neoplásicas e pela supressão de linhagens hematopoiéticas. No entanto, complicações raras como a hipercalcemia secundária a LLA podem ocorrer. Relato de caso: Paciente masculino, 58 anos, encaminhado para avaliação hematológica devido à plaquetopenia severa. Em abril de 2024, apresentou febre intermitente e tremores, sendo diagnosticado com dengue na UBS de Santa Rosa-RS, com contagem plaquetária de 87.000/μL. O tratamento foi com manejo sintomático. Em maio, retornou com adinamia, fraqueza, dor torácica, perda de peso e dor lombar, associadas a plaquetopenia (57.000/μL) e anemia severa (Hb 6,0 g/dL), necessitando de hidratação intravenosa e transfusão de hemácias. Após alta hospitalar, o paciente retornou apresentando dispneia, dor torácica, palidez, melena e inapetência. Uma endoscopia digestiva alta revelou úlceras e gastrite, tratadas com pantoprazol. Com a persistência dos sintomas, foi readmitido em junho no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo (HCAA) com piora da anemia e plaquetopenia (33.000/μL), além de adenopatia cervical bilateral ao exame físico, recebendo nova transfusão de hemácias. Durante esta internação, foi diagnosticada hipercalcemia secundária, com níveis séricos alcançando 11,5 mg/dL. Durante o período de investigação hematológica no HCAA, a análise da medula óssea revelou uma população clonal de linfócitos B com imunofenótipos aberrantes. O paciente também apresentou perda de peso, totalizando 17 kg durante o período. Iniciou-se então o esquema de quimioterapia de indução HYPER-CVAD e Pamidronato 90 mg EV para redução da carga tumoral e correção da hipercalcemia. Atualmente, no 14° dia de indução do tratamento, o paciente apresenta pancitopenia severa (Leucócitos 100 e 10% de blastos), sem febre, com diminuição das adenopatias cervicais. Discussão: A hipercalcemia na LLA é um evento raro, possivelmente decorrente da produção ectópica de proteínas relacionadas ao paratormônio (PTHrP) pelas células leucêmicas, aumento da reabsorção óssea e liberação de cálcio, ou secreção de citocinas que estimulam os osteoclastos. Em adultos, a incidência de LLA é menor, com um aumento gradual em idosos. A hipercalcemia também é uma complicação rara na LLA e associada a um prognóstico desfavorável. A hipercalcemia no sistema neurológico, pode causar confusão mental, letargia e, em casos mais severos, coma. No trato gastrointestinal, provoca náuseas, vômitos, constipação, dor abdominal e anorexia. Nos rins, a sobrecarga renal pode resultar em nefrocalcinose e insuficiência renal aguda e, também, causar sintomas como poliúria e polidipsia. No sistema cardiovascular, pode resultar em hipertensão, arritmias e redução da contratilidade miocárdica. O sistema musculoesquelético pode apresentar dor óssea intensa e muscular, além de aumento do risco de osteoporose e fraturas. Outros sintomas menos comuns, mas ainda relevantes, incluem prurido e alterações no humor, como depressão e ansiedade. Essas manifestações adicionais ressaltam a complexidade e a gravidade da hipercalcemia em pacientes com LLA. Conclusão: A hipercalcemia na LLA é uma complicação rara e grave, exigindo diagnóstico e tratamento rápidos para evitar danos sistêmicos severos e potencialmente fatais
Use of a whole blood assay to evaluate in vitro T cell responses to new leprosy skin test antigens in leprosy patients and healthy subjects
Development of an immunological tool to detect infection with Mycobacterium leprae would greatly benefit leprosy control programmes, as demonstrated by the contribution of the tuberculin test to tuberculosis control. In a new approach to develop a ‘tuberculin-like’ reagent for use in leprosy, two new fractions of M. leprae depleted of cross-reactive and immunomodulatory lipids— MLSA-LAM (cytosol-derived) and MLCwA (cell wall-derived)—have been produced in a form suitable for use as skin test reagents. T cell responses (interferon-gamma (IFN-γ) and lymphoproliferation) to these two new fractions were evaluated in a leprosy-endemic area of Nepal using a simple in vitro whole blood test. The two fractions were shown to be highly potent T cell antigens in subjects exposed to M. leprae—paucibacillary leprosy patients and household contacts. Responses to the fractions decreased towards the lepromatous pole of leprosy. Endemic control subjects also showed high responses to the fractions, indicating high exposure to M. leprae, or cross-reactive mycobacterial antigens, in this Nepali population. The new fractions, depleted of lipids and lipoarabinomannan (LAM) gave enhanced responses compared with a standard M. leprae sonicate. The cell wall fraction appeared a more potent antigen than the cytosol fraction, which may be due to the predominance of the 65-kD GroEL antigen in the cell wall. The whole blood assay proved a robust field tool and a useful way of evaluating such reagents prior to clinical trials
