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    Respostas comportamentais de papagaios-de-peito-roxo ao treinamento anti-predador

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    Conservation translocations have a low success rate mainly due the lack of skills of introduced animals to survive in the new environment, such as naivety facing a potential predator. Pre-release training based on classical conditioning may allow those animals to identify threats. Here we evaluated the behavioral responses to anti-predator training by an endangered tropical species, the Vinaceous-breasted Amazon parrot (Amazona vinacea). We investigated the hypothesis that anti-predator training of captive parrots can stimulate aversive behavior towards predators, also investigating whether animals habituated to the training. Eleven parrots were submitted to anti-predator training using four different predator models (jaguar, bird of prey, dog, and human) and a chair as control. Training with predator models were associated with an aversive stimulus, represented by a disguised person chasing the animals. All training was video recorded and parrots’ behaviors were collected through footage analysis. Generalized Linear Mixed Models (GLMMs) were adjusted to evaluate the animals’ behaviors during training and to evaluate changes in behavior according to the predator model. We also carried out a Time Series Analysis (TSA) through a Temporal Autocorrelation to identify signs of habituation. Parrots escaped more in training with all predators but also walked in the presence of the dog, the human, and the bird of prey. The behaviors eating and preening were most observed in training with the chair. The parrots showed behavioral changes over training, with a decrease in the frequency of the behavior walking and an increase in the behavior alert, which is an indication that parrots did not habituate to training. The graphics obtained by TSA also corroborated this finding. Our results showed that training accomplished its purpose in captivity and it is now necessary to monitor the birds after release to identify if training will contribute to the animals survival in the wild. Keywords: Amazona vinacea. Translocation. Psittacidae. Classical Conditioning. Conservation.Translocações conservacionistas possuem baixas taxa de sucesso, principalmente devido à falta de habilidades dos animais introduzidos para sobreviver no novo ambiente, como a ingenuidade diante de um predador em potencial. O treinamento pré-soltura, baseado no condicionamento clássico, pode permitir que esses animais identifiquem ameaças. O presente estudo avaliou as respostas comportamentais de uma espécie tropical ameaçada de extinção, o papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), ao treinamento anti-predador. Investigou-se a hipótese de que, em papagaios cativos, o treinamento anti-predador pode estimular comportamentos aversivos em relação a predadores, e investigou-se ainda se os animais se habituaram ao treinamento. Onze papagaios foram submetidos ao treinamento anti-predador, onde foram utilizados quatro diferentes modelos de predadores (onça-pintada, ave de rapina, cachorro e humano) e uma cadeira como controle. Durante o treinamento, os modelos de predadores foram associados a um estímulo aversivo, representado por uma pessoa disfarçada perseguindo os animais. Todo o treinamento foi gravado em vídeo e os comportamentos dos papagaios foram coletados por meio da análise das filmagens. Modelos Lineares Generalizados Mistos (GLMMs) foram ajustados para avaliar os comportamentos dos animais durante o treinamento e para avaliar diferenças nos comportamentos de acordo com o modelo de predador. Também foi realizada uma Análise de Séries Temporais (AST) por meio de uma Autocorrelação Temporal para identificar sinais de habituação. Os papagaios fugiram durante os treinos com todos os predadores, mas, em menor frequência, também andaram na presença do cachorro, do humano e da ave de rapina. Os comportamentos alimentando e preening foram os mais observados nos treinos com a cadeira. Os papagaios apresentaram mudanças comportamentais ao longo do treinamento, com diminuição da frequência do comportamento andando e aumento do comportamento alerta, o que é um indicativo que as aves não se habituaram ao treinamento. Os gráficos obtidos pela AST também corroboram esse resultado. Nossos resultados mostraram que o treinamento cumpriu seu objetivo em cativeiro, sendo necessário monitorar as aves após a soltura para identificar se o mesmo contribuirá para a sobrevivência dos animais na natureza. Palavras-chave: Amazona vinacea. Translocação. Psittacidae. Condicionamento Clássico. Conservação.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superio
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