4 research outputs found

    Impact of COVID-19 pandemic on time series of maternal mortality ratio in Bahia, Brazil: analysis of period 2011-2020.

    Get PDF
    BACKGROUND: Most studies on the effects of SARS-CoV-2 infection have been conducted with adults and non-pregnant women. Thus, its impacts on maternal health are not yet fully established. This study aimed to verify the relationship between the maternal mortality ratio and the incidence of COVID-19 in the State of Bahia, Brazil, 2020. METHODS: This time-series study used publicly available information in Brazil, to obtain data on maternal deaths and live births in Bahia, State, from January 1, 2011, to December 31, 2020. The time trend of Maternal Mortality Ratio (MMR) was analysed through polynomial regression, of order 6. Expected MMR, monthly (Jan-Dec) and annual values for 2020, were predicted by the additive Holt-Winters exponential smoothing algorithm, with 95% confidence interval, based on the time series of the MMR from 2011 to 2019, and the accuracy of the forecasts for 2020 was assessed by checking the smoothing coefficients and the mean errors. According to the statistical forecast, the MMR values ​​recorded in the year 2020 were compared to those expected. RESULTS: In 2020, the annual MMR in Bahia, Brazil, was 78.23/100,000 live births, 59.46% higher than the expected ratio (49.06 [95% CI 38.70-59.90]). The increase in maternal mortality ratio relative to expected values was observed throughout the 2020 months; however, only after May, when the COVID-19 epidemic rose sharply, it exceeded the upper limit of the 95% CI of the monthly prediction. Of the 144 registered maternal deaths in 2020, 19 (13.19%) had COVID-19 mentioned as the cause of death. CONCLUSIONS: Our study revealed the increase in maternal mortality, and its temporal relationship with the incidence of COVID-19, in Bahia, Brazil, in 2020. The COVID-19 pandemic may be directly and indirectly related to this increase, which needs to be investigated. An urgent public health action is needed to prevent and reduce maternal deaths during this pandemic, in Brazil

    Perfil antropométrico de crianças com a Síndrome Congênita do Zika

    No full text
    Este estudo estimou a prevalência e identificou fatores associados ao baixo peso ao nascer (BPN) em 393 crianças com Síndrome Congênita de Zika (SCZ), residentes no Estado da Bahia, tendo como fontes de dados o Registro de Eventos em Saúde Pública (RESP) e o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). Para fins de comparação dos resultados, uma amostra representativa de nascidos vivos (NV) sem esta síndrome foi obtida do SINASC da Bahia de 2013, ano em que o vírus Zika ainda não circulava no Brasil. Diferenças na distribuição das variáveis, considerando o peso ao nascer, foram verificadas pelos testes Qui-Quadrado e Exato de Fisher (p<0,20). Regressão logística foi utilizada para avaliar associação entre BPN e algumas covariáveis, sendo estimadas razões de chances e intervalos de confiança de 95%. A prevalência de BPN em crianças com SCZ foi de 37,2%. Comparadas aos NV de 2013, as crianças com SCZ apresentaram maior proporção de sexo feminino (53,2 vs 49,1%), partos cesáreos (51,4 vs 39,4%) e de mães solteiras ou separadas (62,0 vs 42,6%) e com baixa escolaridade (70,0 vs 60%). Para as crianças com SCZ, parto cesáreo (OR = 1,9; IC 95% = 1.11; 3.24) e pré-termo (OR = 15,75; IC 95% = 6.74; 36.80) mostraram-se associados de forma independente com BPN. Ajustado por tipo de parto, crianças pré-termo apresentaram chance 10,8 vezes maior de nascer com peso inferior a 2500g, do que as nascidas a termo e, quando ajustado pela duração da gestação, aquelas nascidas de parto cesáreo tiveram chance 1,63 vezes maior de apresentarem baixo peso, que as nascidas de parto vaginal. Entre as crianças com SCZ, é muito alta a proporção de BPN, o que pode contribuir para elevar ainda mais o risco de morbimortalidade. A associação do BPN com prematuridade e partos cesáreos já é conhecida na população geral, mas em crianças com SCZ ainda não está claro se está ou não relacionada a situações patológicas ocasionadas pela infecção fetal pelo Zika vírus

    Cross-sectional study of the anthropometric characteristics of children with congenital Zika syndrome up to 12 months of life.

    No full text
    BACKGROUND: Little is known about physical development of children with Congenital Zika Syndrome (CZS). This study aims to evaluate the anthropometric characteristics of children with CZS up to 12 months. METHODS: This is a cross-sectional study developed with 46 children with CZS living in Bahia. We used the Public Health Events Register, Live Births Information System and Childcare Records of Primary Health Care Services. Descriptive analysis was performed by distributing absolute and relative frequencies and median and interquartile range. The Weight/Age (W/A), Length/Age (L/A), Weight/Length (W/L) and Head Circumference/Age (HC/A) indexes were calculated for each month and expressed in z-score values, and the results were evaluated individually and by group average. Values between ≥ - 2 and ≤ 2 standard deviations were used as reference. T-Student and Spearman's Correlation Tests were applied to verify the existence of any relationship between maternal and children's variables with the anthropometric indexes weight/age and height/age at birth and at 3, 6 and 12 months of age. RESULTS: The studied children had high proportions of low birth weight (23.9%), dysphagia (56.8%) and seizures (53.5%). The mean z-score for the HC/A index at birth was - 3.20 and remained below - 3 z-scores throughout the assessed period. The analysis of the indices equivalent to every single child's anthropometric measurement showed a deficit in 20.4% of the W/A, 39.1% of the L/A, 9.2% of the W/L and 85.7% of the HC/A measurements. Distribution of the mean values of these anthropometric indices revealed a risk of delayed stature growth (L/A < -1 z-score). There was a statistically significant association between L/A at 12 months and dysphagia (p = 0.0148) and a positive correlation between breastfeeding time and W/A. No statistically significant correlation was found between any other tested variables. CONCLUSIONS: We observed a deficit in the HC/A index, which is a common feature in CZS, but also a high proportion of W/A and L/A deficit. The average group z-score highlighted the risk of delay in stature growth for age, which calls attention to the need for health interventions, as this condition exposes them to a higher risk of morbidity and mortality

    INVESTIGAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE MORTES FETAIS RELACIONADAS A INFECÇÕES NO RECÔNCAVO BAIANO

    No full text
    Introdução: Durante a gestação, é crucial adotar cuidados e realizar rastreamentos criteriosos em relação a várias infecções que podem afetar tanto a mãe quanto o feto. Evitar as causas infecciosas que representam um risco para a gestação, torna-se de extrema importância devido à elevada possibilidade de resultados negativos. Objetivos: Investigar a ocorrência de óbitos fetais por causas infecciosas em gestações no interior da Bahia. Métodos: Estudo retrospectivo descritivo, realizado a partir da análise das fichas de investigação de óbitos fetais, registradas pelo Núcleo Regional de Saúde Leste - Regional Santo Antônio de Jesus-BA. Foram analisadas as causas mortis descritas nas 239 declarações de óbitos e fichas de investigação de 2010 a 2020. Os dados foram analisados no Statistical Package for Social Sciences (23.0). Resultados: Os dados revelaram que 11,7% (28/239) dos óbitos fetais analisados ocorreram por causas infecciosas, sendo a idade gestacional média dos defechos de 31 semanas (+6,56) variando de 20 a 41 semanas. Quanto às doenças diagnosticadas na gestação, notou-se que 21,4% (6/28) dessas gestantes receberam diagnóstico de sífilis, 64,3% (18/28) de infecções do trato urinário (ITU) e 3,6% (1/28) de infecção por citomegalovírus. Apenas 57,1% (16/28) pacientes realizaram antibioticoterapia durante a gestação, sendo que somente 50% (3/6) das diagnosticadas com sífilis e 77,7% (14/18)% das diagnosticadas com ITU foram tratadas. Na admissão para o trabalho de parto, todas as pacientes realizaram VDRL e 12,5% (3/28) foram submetidas à antibioticoterapia. Sobre os óbitos fetais, 25,0% (7/28) tiveram sífilis como causa registrada, 53,6% (15/28) tiveram ITU, 3,6% (1/28) citomegalovírus, 7,1% (2/28) corioamnionite e 14,3% (4/28) por infecção não especificada. No que diz respeito à investigação acerca da evitabilidade do óbito, 92,3% (24/26) foram classificados como evitáveis e 7,7% (2/26) tiveram investigação inconclusiva quanto à evitabilidade. Conclusão: É evidente uma preocupante prevalência de óbitos fetais evitáveis causados por infecções. Observa-se uma possível falta de conformidade na adoção dos tratamentos necessários para atender gestações diagnosticadas com doenças infectocontagiosas, o que justifica o significativo número de resultados negativos. Destaca-se, portanto, a importância de incentivar a realização de testes e o tratamento adequado, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, a fim de assegurar a segurança materno-fetal
    corecore