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    PRODUÇÃO DE PAPEL A PARTIR DA MEMBRANA DA CASCA DO OVO

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    Introdução: O uso de materiais didáticos proporciona benefícios, como a facilidade para fixar a aprendizagem, simplicidade na apresentação de dados, possibilidade de tornar os conteúdos mais concretos e estímulo à participação dos alunos. Nesse sentido, faz-se necessário criar meios para que os professores possam fazer a leitura e a utilização adequada destes materiais didáticos. No entanto, no Brasil, muitas escolas não apresentam estrutura e materiais adequados para esse tipo de aula. Assim, a utilização de materiais de baixo custo e até mesmo de resíduos que seriam descartados pode se tornar uma alternativa. Nesse sentido, foram utilizadas as películas da casca de ovo para a produção de papel e abordagem de conceitos de biologia, química e física. A reprodução de muitos animais é feita através da postura de ovos com casca. A fêmea elimina o ovo, que se desenvolve no exterior à custa de suas reservas nutritivas; caso dos répteis em geral, das aves e de vários invertebrados. No ovo há uma membrana interna (âmnio) formadas por fibras, principalmente de colágeno, que ajudam proteger o embrião. Essa membrana pode ser tratada quimicamente para utilização das fibras de colágeno na construção de materiais. Objetivos: Produzir papel a partir da casca do ovo em oficinas pedagógicas. Metodologia: Foram utilizadas películas de 648 ovos, que foram retiradas manualmente e perfizeram um volume total de 1 L e foram colocadas em uma solução de 500 ml de vinagre de álcool e 500 ml de água. Essa mistura ficou uma semana em temperatura ambiente. Após esse período, foi dividido em três partes e cada parte foi batida no liquidificador com velocidade máxima por aproximadamente 10 minutos, formando uma massa. A massa foi depositada sobre tecido do tipo TNT, amassada e aberta com bastão de vidro e ficou secando por uma semana. Em um segundo experimento, foi obtida a massa da mesma forma e adicionada uma colher de goma de tapioca, produzida a partir da mandioca e foi utilizado ferro de passar roupa em temperatura média para secar a massa sob TNT. Resultado: Foram obtidos papéis com texturas diferentes. O papel obtido somente de películas ficou quebradiço e o papel a que foi adicionada goma e utilização do ferro de passar roupa ficou mais maleável, parecido com papelão. Também foi produzido um pequeno potinho em que a estrutura se parecia com isopor, moldado em um pote de plástico, feito a partir da massa e uma mistura meio a meio de cola branca e água. Durante a confecção do papel, os alunos aprenderam conceitos de biologia, química e física. Conclusão: Esse papel feito com películas de casca de ovo, principalmente com a goma de tapioca tem boa maleabilidade e pode ser utilizado para atividades normais lúdicas em uma escola, bem como em oficinas de artesanato, sendo uma alternativa barata e sustentável. Desta forma, foi possível associar a teoria à prática utilizando materiais de baixo custo e que seriam descartados

    ATIVIDADE EXPERIMENTAL NO ENSINO DE BIOLOGIA: LISE CELULAR

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    Introdução: O atual momento em que vivemos exige uma reflexão sobre as estratégias usadas para o ensino de biologia, pois existem vários problemas relacionados a saúde, agricultura, nutrição, meio ambiente, entre outros que precisam ser estudados e resolvidos. Nesse contexto, o estímulo e o desenvolvimento do saber científico são necessários pois propiciam ao aluno um melhor entendimento da evolução científica, das mudanças climáticas, das transformações da natureza e da sua relação com os seres humanos. Sabendo disso, o ensino da biologia deve despertar o raciocínio científico e não meramente informativo. O ensino de ciências tem como objetivo principal a formação de alunos críticos, conscientes e embasados para compreender o comportamento da sociedade atual contribuindo assim, para um melhor aprendizado quanto ao dinamismo e funcionamento dos eventos biológicos que ocorrem no meio. Diante disso, despertar a curiosidade para o ensino de biologia é um desafio e, para isso, o desenvolvimento de atividades experimentais possibilita uma melhor compreensão de fenômenos naturais intrigantes. Nesse cenário, atividades práticas baseadas em investigações são apropriadas para ensinar conteúdos relacionados à biologia, pois permitem aos estudantes adquirirem uma compreensão mais profunda da atividade científica e, ao mesmo tempo, torna-se um método tanto para aprender ciência quando para aprender sobre ciência. Objetivo: propor uma metodologia que contribua para o ensino do conteúdo de “lise celular” na disciplina de Biologia no Ensino Médio da CETI – Emanuel Vicente Ferreira Lima. Método: a atividade foi composta por uma abordagem de ensino experimental envolvendo o uso de detergente e seu efeito na destruição da camada lipídica de células das mucosas causando a morte celular. Resultado: a observação do comportamento dos alunos aponta que existe uma motivação maior dos estudantes com as atividades experimentais. Mostrou também que o modelo de ensino utilizado comprovou que a exposição prática do conteúdo é eficaz no processo de ensino-aprendizagem da Biologia no contexto dos alunos do Ensino Médio, estimulando, assim, o senso crítico dos alunos. Além disso, tal experiência pedagógica permitiu que os educandos visualizassem a importância em diminuir a ponte que existe entre a Escola e Universidade. Conclusão: Portanto, as atividades experimentais no ensino de biologia está ligada diretamente ao desenvolvimento das habilidades e interesse dos discentes em investigações científicas assim como suas capacidades de resolver problemas, pois com isso pode-se transpor os conhecimentos aplicados no laboratório para desmistificar o conceito abstrato da biologia que é normalmente deixado durante as aulas teóricas

    TRATAMENTO DE ÁGUA EM MICRO ESTAÇÃO COM FILTRAGEM A BASE DE CARVÃO DA CASCA DA BANANA

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    Introdução: As várzeas são locais de grande fertilidade, constituídas de áreas planas nas margens dos rios e córregos, onde 90% da população rural amazonense fixam suas moradias. Nestes locais, a vida se move com ciclo das águas, cuja vazante nos rios chega a secar quase, ou até completamente, diversos mananciais. Em alguns casos podem restar pequenas lâminas de água, porém com condições impróprias para o consumo humano. Análises realizadas determinaram que em regiões específicas do rio Amazonas, as várzeas podem apresentar uma concentração elevada de diversos metais, tais como o ferro e o mercúrio (metais provenientes do solo, de atividades humanas ou de despejos industriais). Tendo em vista que o uso da água coletada nos rios é indispensável para as populações ribeirinhas, e que grande parte desta população não tem acesso a água tratada, faz-se necessário a elaboração de produtos ou meios, que possam ser de fácil acesso ou produção, para o tratamento da água local. Isso porque, o consumo de íons metálicos por ribeirinhos pode acarretar graves consequências para saúde destas populações. Objetivo: O presente trabalho propõe então a elaboração de uma unidade de tratamento de água compacta, onde os próprios ribeirinhos possam montar e realizar sua manutenção, através de refis de filtragem produzidos com materiais provenientes da própria mata, capazes de purificar a água coletada em várzeas do Solimões. Método: Para tanto, foram utilizados dois garrafões de água de 20 litros para constituir a estrutura da “microestação”, um para a filtragem e outro para a decantação. A unidade de filtragem utilizou carvão ativado da casca da banana. Para ligar um garrafão ao outro, foi utilizado um cano curto de PVC de 30 polegadas. O coletor de água tratada foi uma garrafa plástica de água de 05 litro, com uma torneira de bebedouro. A água utilizada para o teste foi uma mistura de 6 litros de água, argila e palha de aço de cozinha (ferro), na proporção de dois litros de água para 100 gramas de palha de aço, o que levou a uma solução de cor alaranjada coma alta concentração de ferro. Para comprovação da eficiência do filtro, foi feito um teste através de eletrólise, utilizando grafite de lápis e uma bateria de 9 volts. Resultado: Em uma observação qualitativa visual, surpreendentemente a água coletada da “microestação” apresentava-se quase que totalmente clara, quando comparada com a de cor laranja aplicada no início do tratamento. Além disso, diferente da mistura aplicada na “micro-estação”, o teste de eletrólise comprovou a ausência de ferro na água coletada. Conclusão: Apesar do resultado, onde o sistema de tratamento por decantação e filtragem com carvão produzido a partir da casca da banana reduziu sensivelmente a presença de ferro e impurezas em solução de água contaminada, novos testes têm que ser realizados. Isso porque, estudos apontam também a presença de diversos microrganismos altamente patogênicos, além do mercúrio, nas várzeas do Amazonas, podendo levar a casos extremos de diferentes doenças nas comunidades ribeirinhas
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