8 research outputs found
Intoxicação espontânea por Senna occidentalis em javalis (Sus scrofa ferus) no estado de Goiás
Moraxella bovoculi em casos de ceratoconjuntivite infecciosa bovina no Rio Grande do Sul
A ceratoconjuntivite infecciosa (CI), embora raramente fatal, resulta em perdas econômicas significativas para os rebanhos bovinos e ovinos. Os principais agentes causadores dessa enfermidade são Moraxella bovis e Moraxella ovis. Em 2007 foi descrita uma nova espécie também responsável pela CI e denominada Moraxella bovoculi, que até o presente momento, não havia sido relatada no Brasil. Assim, objetivou-se com este trabalho caracterizar e distinguir 54 isolados de Moraxella spp. de amostras clÃnicas oriundas de 34 bovinos e 17 ovinos, encaminhadas ao Laboratório de Bacteriologia da Universidade Federal de Santa Maria no perÃodo de 1990 a 2011, visando a identificação de M. bovoculi. A distinção dos isolados foi fundamentada nas caracterÃsticas genotÃpicas, pela amplificação parcial da região intergênica 16S-23S e clivagem dos produtos da amplificação com enzima RsaI. Como resultados, 25 (46%) isolados foram caracterizados como M. bovis, 17 (32%) como M. ovis e 12 (22%) como M. bovoculi. Logo, conclui-se que M. bovoculi encontra-se presente no rebanho bovino do Rio Grande do Sul e, portanto, no Brasil
Surtos de intoxicação por salinomicina em chinchilas (Chinchilla lanigera)
Quatro surtos de intoxicação por salinomicina são descrito em chinchilas de três municÃpios do Estado do Rio Grande do Sul. Uma semana após a ingestão de ração contendo 37 ppm de salinomicina, aproximadamente duas mil chinchilas de quatro fazendas expostas diminuÃram o consumo da ração. Quatrocentos e vinte sete chinchilas demonstraram apatia. Dessas, duzentos e setenta e sete desenvolveram decúbito esternal e lateral, dispneia e coma, seguidos de morte. As primeiras mortes ocorreram oito dias após a ingestão da ração. A evolução dos sinais clÃnicos até a morte ou eutanásia foi de 2-5 dias. Os exames bioquÃmicos do soro sanguÃneo em quatro chinchilas revelaram nÃveis aumentados da alanina aminotransferase, aspartato transaminase, fosfatase alcalina, creatina cinase, glicose, triglicerÃdeos e colesterol total. Quarenta e cinco chinchilas foram submetidas à necropsia. Os achados macroscópicos consistiam de marcada lipidose hepática em todas as chinchilas necropsiadas; fetos em estado de decomposição em doze chinchilas que estavam prenhes. Microscopicamente, múltiplas fibras musculares esqueléticas estavam hipereosinofÃlicas, tumefeitas e com perda das estriações. Nas chinchilas que sobreviveram por mais dias era possÃvel observar segmentos fragmentados de miofibras afetadas (necrose flocular) e regeneração de miofibras. No fÃgado foi observada marcada degeneração gordurosa. Não foram observadas anormalidades microscópicas nos demais órgãos analisados. Análises à procura de aflatoxinas, resÃduos de pesticidas e isolamento bacteriano foram negativos. A análise da ração por cromatografia lÃquida revelou 37ppm de salinomicina na ração. A ração suspeita foi administrada a 12 chinchilas, três das quais (25%) morreram apresentando lesões semelhantes à s observadas nas chinchilas com a doença natural. O diagnóstico de intoxicação por salinomicina foi baseado na epidemiologia, lesões histológicas caracterÃsticas e na presença de salinomicina na ração administrada nas quatro criações envolvidas