3 research outputs found

    Insegurança alimentar e nutricional em famĂ­lias assistidas pela assistĂȘncia tĂ©cnica e extensĂŁo rural de Montenegro/RS

    Get PDF
    Em 2022, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional apurou que 58% da população brasileira convivia com algum grau de insegurança alimentar e nutricional. No meio rural, 18,6% dos domicĂ­lios que se encontravam nessas condiçÔes vivenciavam a fome. A extensĂŁo rural pode atuar como um agente aliado na execução de polĂ­ticas pĂșblicas de fomento Ă  segurança alimentar e nutricional (SAN). Para implementar essas polĂ­ticas e outras açÔes pertinentes, faz-se necessĂĄrio identificar o possĂ­vel pĂșblico beneficiĂĄrio. O objetivo deste trabalho foi investigar o cenĂĄrio de insegurança alimentar e nutricional do pĂșblico atendido pela extensĂŁo rural em Montenegro/RS. Entrevistaram-se as 49 famĂ­lias integrantes do Programa Socioassitencial (PSA) da Emater/RS-Ascar do municĂ­pio atravĂ©s da aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Os resultados foram analisados com informaçÔes de conhecimento prĂ©vio da equipe de extensionistas e com os relatos dos entrevistados a respeito de suas condiçÔes relacionadas Ă  SAN. Ainda, foi realizada uma entrevista com a Assistente TĂ©cnica Regional (ATR) da ĂĄrea social da Emater/RS-Ascar e outra com a Diretora de AssistĂȘncia Social e Cidadania, da Secretaria Municipal de Habitação, Desenvolvimento e Cidadania de Montenegro, com a finalidade de entender como a temĂĄtica Ă© trabalhada pelas instituiçÔes que representam e quais as potencialidades e desafios percebidos por ambas. Os dados apontaram que 53,06% das famĂ­lias apresentavam situação de segurança alimentar e nutricional, ao passo que para 46,94% das famĂ­lias, a insegurança alimentar (IA) era uma realidade, sendo 26,53% em IA leve; 18,37% em IA moderada e 2,04% em IA grave. Os relatos dos entrevistados apontaram fatores como baixa renda, necessidade de venda de mĂŁo de obra e dificuldade de consolidar a atividade agropecuĂĄria como fatores que interferem em sua qualidade de vida. As entrevistas com as agentes de ATER e do poder pĂșblico indicaram como desafios ao combate da IA a falta de dados locais e diagnĂłsticos sobre o assunto; a carĂȘncia de polĂ­ticas pĂșblicas e a alta demanda. Como potencialidades, destacam-se a experiĂȘncia da ATER para trabalhar com a pauta SAN de maneira transversal, a capilaridade da Emater/RS-Ascar no meio rural e a possibilidade de trabalhar de maneira intersetorial.The Brazilian Food and Nutritional Sovereignty and Security Research Network (Rede Penssan) found in 2022 that 58% of the Brazilian population lived with some degree of food and nutritional insecurity. In rural areas, 18.6% of households in these conditions were experiencing hunger. Rural extension services can act as allied agents, implementing public policies to promote food and nutritional security (FNS). In order to implement these policies and other relevant actions, it is necessary to identify the potential beneficiaries. The aim of this study was to investigate the food and nutritional insecurity of the public served by rural extension services in Montenegro/RS. The 49 families who are members of the Emater/RS-Ascar Socio-Assistance Program (PSA) in the municipality were interviewed using the Brazilian Food Insecurity Scale (EBIA). The results were analyzed with information that the extension team already had and with the interviewees' accounts of their conditions related to FNS. Furthermore, an interview was conducted with the Regional Technical Assistant (ATR) of the social area of Emater/RS-Ascar and another with the Director of Social Assistance and Citizenship in the Municipal Secretariat of Housing, Development, and Citizenship of Montenegro. The purpose was to understand how the theme is addressed by the institutions they represent and what potentialities and challenges are perceived by both. The data showed that 53.06% of families had a food and nutritional security situation, while 46.94% of families experienced food insecurity (FI), with 26.53% in mild FI; 18.37% in moderate FI and 2.04% in severe FI. The interviewees' reports pointed to factors such as low income, the need to sell labor and difficulty in consolidating agricultural activity as factors that interfere with their quality of life. Interviews with ATER and public authority agent indicated that challenges in combating FI included the lack of local data and diagnoses on the subject, the absence of public policies, and high demand. As potential strengths, we highlight ATER's experience in working with the FNS agenda in a cross-cutting manner, the reach of Emater/RS-Ascar in rural areas, and the possibility of working in an intersectoral way
    corecore