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Logarithmic visual acuity charts: reasons to use and how to design it
A acuidade visual representa o inverso do ângulo visual, ou seja, da menor distância angular entre dois pontos que podem ser vistos como separados. Apesar de ser a medida da função visual mais comum na prática oftalmológica, é muitas vezes interpretada erroneamente, principalmente devido à s inúmeras tabelas e diferentes sistemas de notações empregados na clÃnica. Este artigo revisa alguns conceitos sobre a quantificação da acuidade visual, suas principais notações e tabelas de medida, discutindo as vantagens do uso da escala logarÃtmica.Visual acuity represents the visual angle or the smallest distance between two points that allows their discrimination as separated points. Although it is the most common clinical measurement of visual function, it is often misunderstood, especially due to the variety of charts and different notation systems employed for its quantification. This article reviews some concepts about visual acuity measurement, the main notation systems, type of charts and discuss the advantages of using logarithmic scales
Oral sedation with midazolam in blepharoplasty
OBJETIVO: Avaliar a eficácia e a segurança do emprego oral de midazolam (15 mg) como medicação pré-anestésica em pacientes submetidos a blefaroplastias. MÉTODOS: Foi desenvolvido um ensaio clÃnico prospectivo, duplo cego, randomizado, controlado com 42 pacientes, risco ASA I e II, divididos em três grupos de 14 pacientes: grupo M (midazolam 15 mg), grupo P (placebo) e grupo SM (sem medicação). Os pacientes foram avaliados quanto ao grau de sedação e dor intraoperatórias e variação entre os perÃodos pré e transoperatórios da ansiedade, pressão arterial sistólica e diastólica, frequência respiratória e pulso. RESULTADOS: A análise de variância unifatorial com teste de Tukey mostrou que a administração de midazolam ocasionou uma redução significativa da pressão arterial sistólica e da frequência respiratória no perÃodo transoperatório em relação aos pacientes que utilizaram placebo ou não fizeram uso de medicamento. Esses efeitos foram discretos e acompanhados de diminuição na percepção da dor, discreta sedação e redução da ansiedade. CONCLUSÃO: A sedação via oral com midazolam em pacientes submetidos a cirurgias palpebrais demonstrou ser eficiente de fácil aplicação e com mÃnimos efeitos sistêmicos.PURPOSE: To evaluate the safety and usefulness of the use of oral sedation with midazolam (15 mg) in patients submitted to blepharoplasty. METHODS: Randomized double-blind prospective study of 42 patients (surgical risk ASA I and II) divided into three groups of 14 patients each: Group M (midazolam 15 mg), group P (placebo) and group SM (no medication). All patients were evaluated according to the degree of sedation and pain during surgery and the variation of anxiety between the preoperative and intraoperative period, arterial pressure (systolic-SAP and diastolic-DAP), respiratory frequency (RF) and pulsation. RESULTS: Unifatorial variance analysis with Tukey test demonstrated that the use of midazolam provoked a significant SAP and RF reduction during the intraoperative period. These effects were not pronounced and were accompanied by a reduction of pain perception and anxiety and mild sedation. CONCLUSIONS: Oral sedation with midazolam in patients that had undergone eyelid surgical procedures is safe and easy to perform with minimal systemic effects
Distribuição dos intervalos do piscar espontâneo em medidas repetidas com e sem anestesia tópica ocular
PURPOSE: To determine if the distribution of inter-blink time intervals is constant with repeated measurements with and without topical ocular anesthesia. METHODS: Inter-blink time was measured in 15 normal subjects ranging from 19 to 32 years (mean ± SD= 23.9 ± 3.20) with the magnetic search coil technique on 3 different occasions, the last one with topical ocular anesthesia. RESULTS: One-way analysis of variance for repeated measurements showed that topical anesthesia significantly reduced the blink rate (blinks per minute), which was constant in the first two measurements (F=8.27, p=0.0015. First measurement: mean ± SD= 13.7 ± 7.8; second measurement: 13.1 ± 8.5 SD; with topical anesthesia: = 7.2 ± 4.6). However, distributions shape was not affected when the blink rate was reduced. The three distributions followed a Log Normal pattern, which means that the time interval between blinks was symmetrical when the time logarithm was considered. CONCLUSIONS: Topical ocular anesthesia reduces the rate of spontaneous blinking, but does not change the distribution of inter-blink time interval.OBJETIVOS: Determinar se a distribuição dos intervalos do piscar espontâneo se mantém em medidas repetidas com e sem anesthesia tópica ocular. MÉTODOS: Os intervalos entre movimentos de piscar da pálpebra superior foram medidos com rastreamento magnético (Magnetic Search Coil) em 15 sujeitos (11 do sexo masculino) normais com idades entre 19 a 32 anos (média 23,86 ± 3,20 dp anos). RESULTADOS: Análise de variância unifatorial para medidas repetidas mostrou que a anesthesia tópica ocular diminuiu significativamente a frequência média (número de blinks/minuto) do piscar espontâneo, a qual se manteve constante nas duas primeiras medidas (F=8,27, p=0,0015. Primeira medida 13,7 ± 7,8 DP; segunda medida 13,1 ± 8,5; com anestesia tópica 7,2 ± 4,6). No entanto, a forma da distribuição nas 3 medidas obedeceu uma distribuição do tipo Log Normal, de modo que os intervalos de piscar foram normalmente distribuÃdos quando o logaritmo do intervalo foi considerado. CONCLUSÕES: A anesthesia tópica ocular diminui significativamente a frequência de piscar, mas não altera a distribuição dos intervalos do piscar espontâneo
Surgical treatment of globe subluxation in the active phase of the myogenic type of Graves orbitopathy: case reports
The purpose of the present article is to present and discuss two cases of globe subluxation in the active phase of myogenic Graves' orbitopathy and to evaluate the prevalence of this phenomenon. Two patients with the myogenic variant of Graves' orbitopathy that had being treated with oral and intravenous steroid pulses developed globe subluxation. Both had to have urgent eyelid and orbital decompression. After these observations, we reviewed the medical records of a sample of 284 patients (482 orbits) who had had orbital decompression at our Institution from 1992 to 2010, with a search for cases presenting severe proptosis or globe subluxation in the active phase of myogenic Graves' orbitopathy. No patient had to have decompression for globe subluxation in the active phase of Graves' orbitopathy. The prevalence of this event as an indication for surgery in the myogenic variant of Graves' orbitopathy was therefore 0.7% (2/284) or even less. The combination of lowering the upper eyelid and orbital decompression had a dramatic therapeutic effect on these patients despite the presence of intense inflammatory signs in the orbits. In conclusion, patients affected with the myogenic variant of Graves' orbitopathy may develop globe subluxation. Urgent surgical treatments should not be postponed despite the presence of active inflammation
Efeito da posição do bisel da caneta de facoemulsificação no endotélio corneano
Purpose: To compare the extent of corneal endothelial (CE) cell loss changes in two groups of eyes submitted to phacoemulsification, with the conventional bevel-up tip position in one eye and with the bevel-down tip position in the fellow eye. Methods: This prospective clinical trial comprised 25 patients with bilateral cataracts subjected to lens removal by phacoemulsification with the conventional bevel-up tip position (GI) in one eye and with the bevel-down tip position (GII) in the fellow eye. The nuclei were graded clinically on the basis of hardness. The endothelial cell count (ECC) was evaluated preoperatively and 1, 3 and 6 months postoperatively. Total surgical time, effective ultrasound time and complications were also compared between the groups. Statistical analysis was performed by the Tukey Studentized Range test, with repeated measures for the selected periods. For the other parameters a paired t test was used. Data are presented as mean ± SD, with the level of significance set at p<0.05. Results: The mean effective ultrasound time was 8.08 ± 6.75 seconds in group I and 7.00 ± 5.75 seconds in GII (P=0.1792) and total surgical time was 10.01 ± 2.46 minutes in GI and 9.86 ± 2.17 minutes in GII (p=0.6267), respectively. The paired t test revealed no statistical differences between the groups. Complications were also similar between the groups. Mean endothelial cell count loss was 6.9% in GI and 2.8% in GII at one month; 6.9% in GI and 3.6% in GII at three months and 11.9% in GI and 7.6% in GII at six months postoperatively. Comparison of endothelial cell count (ECC) showed a statistically significant difference between the groups during the postoperative period. Conclusion: The conventional bevel-up tip position has a negative effect on corneal endothelial cells compared with the bevel-down position. Since the results of other surgical parameters were similar, the bevel-down tip position should be considered as an option in non-complicated phacoemulsification.Objetivo: Comparamos duas técnicas de cirurgia de catarata. A técnica cirúrgica tradicional, em que direciona a abertura do bisel da ponteira de facoemulsificação para o endotélio corneano, com a técnica oposta, onde a reversão da posição de abertura permite o direcionamento da energia de emulsificação para o núcleo. Estudamos seus efeitos sobre a córnea e possÃveis complicações. Métodos: O trabalho foi divido em quatro tempos: pré-operatório e após 30, 60 e 180 dias. Os pacientes foram divididos em dois grupos: o grupo 1, tratado com a técnica cirúrgica tradicional, com a abertura da ponteira direcionada para o endotélio, e grupo 2, que recebeu tratamento com técnica oposta, direcionada diretamente para o núcleo ou para os fragmentos nucleares. Após as cirurgias, foram estudados: perda endotelial após 30, 60 e 180 dias, tempo total de cirurgia e tempo efetivo de faco. Resultados: Os resultados intraoperatórios apresentaram o tempo efetivo de facoemulsificação no GI teve média de 8,08 segundos (DP=6,75) e no GII, média de 7,0 segundos (P=0,1792) e o tempo total de cirurgia de 10,01 ± 2,46 minutos no GI e 9,86 ± 2,17 minutos no GII (p=0,6267) respectivamente. O teste pareado não revelou diferença estatÃstica entre os grupos. As complicações foram similares nos dois grupos. A média de perda de células endoteliais foi de 6,9% no GI e2,8% in GII com um mês; 6,9% no GI e 3,6%noGIIcom trêsmeses e 11,9% no GI e 7,6% no GII com seis meses de pós-operatório. Conclusão: ConcluÃmos que a variação da manobra apresentada é segura e pode minimizar perdas no endotélio corneano, podendo ser uma opção na cirurgia da catarata, de acordo com as preferências pessoais do cirurgião
Hematoma subperiósteo e compressão orbitária após trauma frontal leve na anemia falciforme: relato de caso
We report the case of an 11-year-old girl with sickle cell disease who presented to the emergency room after being hit by a mud pie in the left frontal region. Examination evidenced left eye proptosis, eyelid swelling, reduced visual acuity and afferent pupillary defect, without any inflammatory signs such as fever, hyperemia or tenderness. Computed tomography of the orbits showed a large superomedial subperiosteal hematoma in the left orbit. The patient was treated with canthotomy, cantholysis and surgical draining of the hematoma. Two days after drainage she persisted with a subperiosteal hematoma and low visual acuity. A wide exploration of the orbital roof through a lid crease approach disclosed a thickened superior orbital rim with multiple bone defects along the roof and with continuous bleeding. Hemostasis was accomplished with bone wax. Orbital compression was resolved and the patient recovered her previous normal visual acuity.Relatamos o caso de uma menina de 11 anos com doença falciforme, trazida à sala de emergência após ser atingida por um bloco de barro na região frontal esquerda. Apresentava ao exame proptose do olho esquerdo, edema palpebral, diminuição da acuidade visual e defeito pupilar aferente, sem quaisquer sinais inflamatórios como febre, hiperemia ou aumento de sensibilidade. A tomografia computadorizada de órbitas demonstrou um extenso hematoma subperiósteo superomedial na órbita esquerda. A paciente foi tratada com cantotomia, cantólise e drenagem cirúrgica do hematoma. Dois dias após a drenagem, ela permaneceu com um hematoma subperiósteo e a acuidade visual diminuÃda. Uma ampla exploração através de incisão no sulco palpebral superior revelou um rebordo orbitário superior espessado, e múltiplos defeitos ósseos ao longo do teto da órbita com sangramento persistente. Foi realizada hemostasia com cera óssea. A compressão orbitária foi resolvida, e a paciente recuperou a acuidade visual normal prévia
Management of globe luxation followed by traumatic liquoric fistula: case report
This report describes the only case in the literature of globe luxation due to traumatic cerebrospinal fluid fistula to the orbit caused by fire gun with ocular globe maintenance. E.N., female, white, 7 months, admitted with left orbitocranial injury by fire gun. Ocular globe luxation was detected with complete ocular motility restriction and absence of pupillary reflex in the left orbit. Computed tomography showed fracture of the medial orbital wall; bone fragments near the apex of the orbit and a stretched optic nerve. Surgical exploration was performed, showing liquor fistula through the ethmoid-sphenoid wall that was blocked with sponge (Gelfoam®) plus organic glue in the left orbit posterior wall, with immediate resolution of the proptosis and ocular integrity maintenance. Although controversial, maintenance of the ocular globe instead of enucleation was performed due to the integrity of the globe in this case. Despite the blindness, we considered the result to the proposed treatment excellent, once the maintenance of the ocular globe provides a good appearance and will contribute to an adequate facial bone development.O presente estudo apresenta o único caso de luxação de globo ocular devido fÃstula liquórica traumática em vÃtima de trauma órbito-cerebral por projétil de arma de fogo com a preservação do globo ocular. E.N., feminino, branca, 7 meses, admitida com ferimento por projétil de arma de fogo em região órbito-craniana esquerda. Apresentava luxação de globo ocular esquerdo com restrição completa da motilidade ocular e reflexo fotomotor ausente à esquerda. À tomografia: fraturas da parede medial da órbita; fragmentos ósseos próximos ao ápice da órbita. Realizou-se exploração cirúrgica, evidenciando-se fÃstula liquórica através de fratura etmoido-esfenoidal a qual foi tamponada com esponja (Gelfoam®) e cola orgânica na parte posterior da parede medial da órbita esquerda, com regressão imediata da luxação do globo ocular, sendo o mesmo mantido Ãntegro. Embora controversa na literatura, optou-se pela preservação do globo ocular à enucleação, visto que o mesmo estava Ãntegro. Apesar da cegueira, consideramos um excelente resultado ao tratamento proposto, tendo em vista que a preservação do globo ocular provém uma boa aparência, favorecendo também o desenvolvimento ósseo da face
Glomerulonefrite pós-infecciosa hipocomplementêmica aguda como complicação de celulite orbitária relacionada aos seios paranasais: relato de caso
Group A beta-hemolytic streptococcus is the most common agent implicated in post-infectious acute glomerulonephritis. We report a case of acute poststreptococcal glomerulonephritis associated with sinus-related orbital abscess in an 11-year-old boy treated with surgical drainage and intravenous ceftriaxone and clindamycin. Twelve days after supportive measures, renal function was normalized. We also discuss this potentially severe nonsuppurative complication of orbital cellulitis caused by group A beta-hemolytic streptococcus.Os estreptococos beta-hemolÃticos do grupo A são os agentes mais comumente envolvidos na glomerulonefrite aguda pós-infecciosa. Relatamos um caso de glomerulonefrite pós-estreptocócica aguda associada a um abscesso orbitário secundário à sinusite, em menino de 11 anos de idade, o qual foi tratado com ceftriaxona e clindamicina endovenosas e drenagem cirúrgica. Doze dias após tratamento de suporte, a função renal se normalizou. Também discutimos a importância desta grave e potencial complicação não supurativa das celulites orbitárias causadas pelos estreptococos beta-hemolÃticos do grupo A
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