35 research outputs found

    DEPÓSITOS SUPERFICIAIS DIAMANTÍFEROS DA REGIÃO DE DIAMANTINA, SERRA DO ESPINHAÇO (MINAS GERAIS).

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    Since long times superficial lateritic and colluvial deposits have been mined in the Diamantina region (Minas Gerais) and are studied concerning their morphological, chemical and mineralogical characteristics. Lateritic deposits are genetically associated with the Pós- Gondwana erosional level, developed within Upper Cretaceous-Paleocene times (1,250-1,350 meters), which is economically important at the vicinities of the Datas town. Colluvial deposits were dated by the thermoluminescence method on quartz in ca. 30,000 BP (Upper Pleistocene), being largely distributed on the same highlands. Although occurring at similar heights, both deposits were probably developed by distinct geologic processes at different times.Depósitos superficiais diamantíferos dos tipos laterítico e coluvial, constituem objeto de lavra na região de Diamantina (Minas Gerais) desde longa data, e são estudados neste trabalho quanto às suas características morfológicas, químicas e mineralógicas. Os depósitos lateríticos foram geneticamente associados à superfície de aplainamento Pós-Gondwana desenvolvida durante o Cretáceo Superior-Paleoceno (cotas 1.250-1.350 m), possuindo importância econômica principalmente nos arredores de Datas. Os depósitos coluviais foram datados por termoluminescência em quartzo em ca. 30.000 anos a.P. (Pleistoceno Superior) e estão amplamente distribuídos ao longo da mesma faixa altimétrica. Em conseqüência, procurou-se demonstrar que tais depósitos, ainda que relacionados a altitudes idênticas, desenvolveram-se em processos geológicos totalmente distintos e em tempos diferentes

    Minerais do grupo da crichtonita em veios de quartzo da Serra do Espinhaço (Minas Gerais e Bahia)

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    O trabalho descreve quatro minerais do grupo da crichtonita encontrados em veios hidrotermais de quartzo, que cortam diversas formações geológicas da Serra do Espinhaço (Supergrupo Espinhaço). Esses minerais – senaíta, crichtonita, almeidaíta e gramaccioliíta-(Y) – foram coletados em duas regiões: Presidente Kubitschek, ao sul de Diamantina (MG), e Novo Horizonte, na Chapada Diamantina Ocidental (BA). A idade de tais veios é relacionada ao final do Ciclo Brasiliano, em ca. 490 Ma. A senaíta é um mineral descoberto no Brasil e classicamente identificado nos aluviões diamantíferos da região de Diamantina; sua primeira ocorrência primária é aqui descrita. A crichtonita, apesar de conhecida desde longa data, teve seu primeiro depósito no país reportado nessa mesma região. A almeidaíta é o 61º e um dos mais recentes dos “minerais brasileiros”, sendo encontrada na região de Novo Horizonte. A gramaccioliíta-(Y), uma espécie descoberta na última década (Itália), tem sua primeira ocorrência brasileira descrita também nessa região. Os depósitos e as composições químicas desses minerais são caracterizados, bem como as problemáticas envolvidas até suas definições finais.Four minerals of the crichtonite group found in hydrothermal quartz veins that cross several units of the Espinhaço Supergroup in the Espinhaço Mountain Range are described in this paper. These minerals, senaite, crichtonite, almeidaite and gramaccioliite-(Y), were collected in two regions: Presidente Kubitschek, south from Diamantina (State of Minas Gerais), and Novo Horizonte, in the Western Diamantina Tableland (State of Bahia). The age of these veins are related with the end of Brasiliano Cycle, at ca. 490 Ma. Senaite is a mineral discovered in Brazil and is usually recognized in diamond‑bearing alluvial deposits of the Diamantina region. Its occurrence as a primary mineral in situ is for the first time described here. Although crichtonite has been known for quite a long time, its first occurrence in Brazil has been reported in the same region in Minas Gerais. Almeidaite is the 61th “newest Brazilian mineral” and has been found in the region of Novo Horizonte. Gramaccioliite-(Y), a species discovered in the last decade in Italy, has also been described for the first time in Novo Horizonte, Bahia. The deposits and the chemical compositions of these rare minerals are characterized in this paper, as well as the problems involved until their final recognition

    Geologia dos depósitos de quartzo ametista de Montezuma e adjacências em Minas Gerais e Bahia

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    Depósitos de quartzo ametista ocorrem em diversas regiões do estado brasileiro de Minas Gerais, relacionados a diferentes ambientações geológicas. Os mais importantes associam-se com veios de quartzo hidrotermal que cortam a Serra do Espinhaço, principalmente em serras pequenas, erodidas, próximas à sua margem leste, relacionadas ao Grupo Macaúbas. Na região limítrofe entre os estados de Minas Gerais (MG) e Bahia (BA), alguns desses depósitos produzem cristais de ametista que se tornam verdes após processo de aquecimento, comercializados no mercado gemológico como “prasiolita”. O objetivo deste trabalho foi apresentar um detalhamento do nítido controle estrutural para os veios mineralizados. Os veios de quartzo estão hospedados em quartzitos que desde longa data possuem posicionamento estratigráfico controverso. Nesse artigo, eles são associados às sequências Santo Onofre (MG) e Serra de Inhaúma (BA), de idades desconhecidas. Tais quartzitos mostram uma foliação subvertical dobrada, revelando uma fase deformacional posterior não observada em rochas do Grupo Macaúbas em outras regiões de MG. Na mina Montezuma (MG) os veios principais têm por volta de 0,70-1,10 m de espessura, com mergulhos acentuados para NE, perpendiculares à foliação NE-SO; acamamento pouco evidente está em torno de N-S mergulhando para L. Na mina Coruja (BA), os quartzitos hospedeiros também apresentam foliação subvertical variando entre N35-45°E, com veios mineralizados em torno de 1 m de espessura concordantes com a foliação. Na mina Tibério (BA), a mineralização é relacionada a fraturas estreitas, menores que 30cm, perpendiculares à foliação dos quartzitos encaixantes, com atitudes em volta de N20°O/80°SO. Nesses depósitos, os veios de ametista ocorrem estruturalmente relacionados aos planos axiais das grandes dobras da foliação. Amethyst quartz deposits occur in some regions of Minas Gerais state, Brazil, related to different geological environments. The most important are associated with hydrothermal veins crossing the Espinhaço mountain range, mainly in small and eroded mountains near its east margin, related to the Macaúbas Group. In the border region between the states of Minas Gerais (MG) and Bahia (BA), some of these deposits produce amethyst crystals that become green under heat treatments and are known in the gemmological market as “prasiolite.” The aim of the present study was to provide details of the clear structural control over the mineralized veins. The quartz veins are hosted in quartzites, which have long been the subject of controversy regardingtheir stratigraphic position. In this study, they are inserted into the Santo Onofre (MG) and Serra de Inhaúma (BA) sequences of unknown ages. These quartzites show a folded subvertical foliation, indicating a posterior deformational phase that had not been observed in rocks from the Macaúbas Group in other regions of MG state. At the Montezuma mine (MG), the main veins are around 0.70-1.10 m thick with steep dips to the NE, perpendicular to the NE-SW foliation; bedding orientation is approximately N-S, dipping to the E. In the Coruja mine area (BA), host quartzites have foliation attitudes varying between N35-45°E/ subvertical, and mineralized veins are around 1 m thick, nearly concordant with the foliation. At Tibério’s mine (BA), the mineralization is related to narrow fractures, less than 30 cm wide, and perpendicular to the host quartzite foliation, with directions/dips around N20°W/80°SW. In described deposits, amethyst veins occur structurally related to axial surfaces in foliation folds

    ASSEMBLÉIAS E PARAGÊNESES MINERAIS SINGULARES NOS PEGMATITOS DA REGIÃO DE GALILÉIA (MINAS GERAIS).

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    The Galiléia region is famous worldwide due to the periodic discovery of rare minerals and/or mineral for collectors. Such minerals are related to pegmatitic bodies that have been originated from granitic intrusions of Brasiliano age (550-500 My). Regional rocks in which these granites intrude are micaschists and gneisses of uncertain age. Three geographic areas were recognized, where the mineralized pegmatites occur: Sapucaia do Norte, Fazenda Boa Vista e Serra do Urucum. In these areas, the main deposits are studied emphasizing their mineral assemblages and paragenesis. Thus, pegmatites are classified into five different types, related to the phosphatic mineral phases, that are: (1) Li-rich pegmatites, with primary montebrasite, (2) Li-rich pegmatites, with primary triphylite, (3) pegmatites with primary and secondary apatite, (4) pegmatites without primary phosphates, with paragenesis from the montebrasite alteration, and (5) pegmatites without primary phosphates, with paragenesis from the triphylite alteration. Based on such mineral assemblages, some non-phosphatic rare and very rare minerals (eg., stokesite, helvite, lindbergite, coutinhoite, etc.) that occur in this region are also characterized.A região de Galiléia é conhecida mundialmente pelo encontro periódico de minerais raros e/ou de coleção, originados de corpos pegmatíticos que se relacionam geneticamente a cúpulas graníticas brasilianas (550-500 Ma), intrusivas em rochas xistosas e gnáissicas de idades ainda não determinadas. Três áreas geograficamente características foram identificadas, onde se agrupam os depósitos pegmatíticos mais importantes: Sapucaia do Norte, Fazenda Boa Vista e Serra do Urucum. Nessas áreas, os principais corpos foram detalhados e estudados quanto às suas assembléias e paragêneses minerais. Por conseguinte, reconheceram-se pegmatitos de cinco grupos diferentes tomando-se como base espécies minerais fosfáticas diagnósticas, a saber: (1) pegmatitos ricos em lítio, com montebrasita primária, (2) pegmatitos ricos em lítio, com trifilita primária, (3) pegmatitos com apatitas primária e secundária, (4) pegmatitos sem fosfatos primários, possuindo paragêneses de alteração da montebrasita e (5) pegmatitos sem fosfatos primários, possuindo paragêneses de alteração da trifilita. Em função de tais assembléias minerais, são também contextualizados alguns minerais não fosfáticos raros e muito raros (p. ex., stokesita, helvita, coutinhoíta, lindbergita) que ocorrem na região

    Geologia, mineralogia, inclusões fluidas e gênese dos depósitos de titanita-epidoto de Capelinha, Minas Gerais

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    Nas proximidades da cidade de Capelinha, Minas Gerais, ocorrem depósitos de titanita-epidoto associados a veios pegmatoides ricos em albita e/ou adulária, nos arredores de duas localidades principais conhecidas como Campo do Boa e Fanadinho. Tais depósitos estão hospedados em um xisto metavulcânico básico, rico em titânio, composto principalmente por albita, epidoto, actinolita, titanita e quartzo, relacionado à Formação Capelinha (Grupo Macaúbas), de idade toniana; o protólito dessa rocha foi determinado como um álcali-basalto, que foi metamorfisado em fácies anfibolito. Os veios apresentam espessura que varia entre alguns decímetros até cerca de 4 m, e são constituídos principalmente por albita, parcial a inteiramente caulinizada na área do Fanadinho, onde também são mais ricos em epidoto. Quartzo é raro, enquanto as micas são ausentes. Análises por difração de raios X, fluorescência de raios X e microssonda eletrônica, além de estudos de inclusões fluidas, permitiram caracterizar a titanita e minerais associados nesses depósitos. A titanita e, mais raramente, o epidoto podem formar drusas excepcionais, muito apreciadas por colecionadores de minerais, cujos monocristais em geral maclados podem alcançar alguns centímetros ao longo do eixo “c”. Outros minerais importantes nesses veios, embora incomuns, são apatita, ilmenita e actinolita. Estudos de inclusões fluidas indicaram uma temperatura mínima de cristalização na faixa de 300 a 450ºC. Em termos genéticos, tal mineralização relacionase, primeiramente, à extrusão dos basaltos ricos em titânio, os quais foram metamorfisados no Ciclo Brasiliano (± 570 Ma), com provável formação e enriquecimento de titanita. As temperaturas mínimas de aprisionamento das inclusões fluidas encontradas são plenamente compatíveis com as condições de fácies anfibolito. Esses dados indicam que os fluidos hidrotermais percolaram as rochas encaixantes ainda no processo de metamorfismo, provavelmente ao final desse processo. Near Capelinha town, Minas Gerais State, Brazil, titanite-epidote deposits occur associated with pegmatoid veins rich in albite and/or adularia, around two main distinct sites known as Campo do Boa and Fanadinho. These deposits are hosted by a titaniumrich, metavolcanic basic schist, mainly composed by albite, epidote, actinolite, titanite and quartz, of Tonian age. This rock protholite has been identified as an alkali-basalt, metamorphosed at amphibolite facies. These veins present thickness which varies from decimeters to about 4 m, and they are mainly composed by albite, which is partial to entirely kaolinized in the Fanadinho area, where they are also richer in epidote. Quartz is rare, and micas are absent. X-ray diffraction, X-ray fluorescence, electronic microprobe analyses, and fluid inclusions studies allowed to characterize titanite and the main associated minerals in the deposits. Titanite and more rarely epidote can form exceptional druses, very appreciated by mineral collectors, with monocrystals commonly twined and reaching few centimeters along the “c” axis. Apatite, ilmenite and actinolite, though unusual, are other important minerals in these veins. Fluid inclusions studies indicated a minimum crystallization temperature in the range of 300 to 450ºC. Mineralization is genetically related, firstly, to the extrusion of titanium-rich basalts, which have been metamorphosed during the Brasiliano Cycle (± 570 Ma), probably associated with titanite growth and enrichment. Minimum temperatures found for fluid inclusions trapping are completely compatible with amphibolite facies conditions. These data indicate that hydrothermal mineralizing fluids percolated surrounding rocks still during the metamorphism process , probably at its final stage

    ANOMALIAS MAGNETOMÉTRICAS DA REGIÃO DE DIAMANTINA (SERRA DO ESPINHAÇO, MINAS GERAIS) E SEUS SIGNIFICADOS GEOLÓGICOS, ESTRUTURAIS E TECTÔNICOS

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    The Diamantina region, Southern Espinhaço Range, is the focus of numerous geological studies, particularly by the diamond-deposits of the Espinhaço Supergroup, the main lithostratigraphic unit that sustains this range. An area still relatively little covered by such studies is geophysics. The aeromagnetometric survey carried out by the CODEMIG state company has allowed the application of new methodologies for the understanding of the tectonic framework of this region, whose basic geology is quite characterized. In order to complement this knowledge in subsurface, modern software was applied, so that with the “Euler Deconvolution” methodology on magnetometric data, it was possible to make representative three-dimensional models for selected anomalies, looking for understand their geologic meanings. Geophysical deconvolution profiles were generated and compared with field data, selected in places where the anomalies (linear and circular) were more evident, with depths of up to 1,500m for the former and 1,900 m for the latter, demonstrating its deep roots. Together with the deconvolution data, thematic maps were generated that allowed a better integration of information, considering the Sopa Brumadinho Formation as the main focus of the anomalies. The magnetometry facilitated the identification of subsurface structures, providing results regarding the formation of the rift generator of the Espinhaço Basin, defining the “master fault” of the rifting. Keywords: Magnetometry, Euler Deconvolution, Diamantina Region, Espinhaço Range.A região de Diamantina, Serra do Espinhaço Meridional, constitui foco de inúmeros estudos geológicos, particularmente pelos depósitos diamantíferos do Supergrupo Espinhaço, principal unidade litoestratigráfica que sustenta a serra. Uma área relativamente ainda pouco abrangida por tais estudos é a geofísica. O levantamento aeromagnetométrico realizado pelo órgão estadual CODEMIG tem permitido a aplicação de novas metodologias para o entendimento do arcabouço tectônico dessa região, cuja geologia básica está bem caracterizada. Com o intuito de complementar tais conhecimentos em subsuperfície, aplicaram-se modernos softwares, para que com a metodologia “Deconvolução de Euler” sobre dados magnetométricos, fossem confeccionados modelos tridimensionais representativos para anomalias selecionadas, buscando-se compreender seus significados geológicos. Perfis geofísicos de deconvolução foram gerados e comparados com dados de campo, selecionados em locais onde as anomalias (lineares e circulares) eram mais evidentes, encontrando-se profundidades de até 1.500m para as primeiras e 1.900m para as segundas, o que demonstrou suas raízes profundas. Juntamente com os dados deconvoluídos foram gerados mapas temáticos que permitiram integração de informações, considerando-se a Formação Sopa Brumadinho como principal foco das anomalias. A magnetometria facilitou a identificação de estruturas em subsuperfície fornecendo resultados a respeito da conformação do rifte gerador da Bacia Espinhaço, definindo a “falha mestra” do rifteamento

    PROSPECÇÃO GEOQUÍMICA DE BERILO VARIEDADE ESMERALDA nNA REGIÃO DA FAZENDA BONFIM (LAJES, RN)

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    A recente descoberta de uma nova ocorrência de esmeralda no Brasil, no Rio Grande do Norte, levou à condução de trabalhos de mapeamento geológico associados à prospecção por geoquímica de solos, visando a melhor definição do depósito. As principais estruturas geológicas e as rochas com potencial de mineralização em esmeralda apresentam-se orientadas segundo a direção geral NNE-SSW, correspondendo à direção de cisalhamentos regionais associados aos grandes lineamentos E-W do nordeste brasileiro. Amostragem e respectiva análise química de 1.351 amostras de solo residual foram utilizadas para a elaboração de mapas geoquímicos de isoteores para os elementos principais berílio, cromo, potássio e lítio, bem como para magnésio, sódio, niquel e vanádio. Tendo em vista que a esmeralda é um berilo rico em cromo, esses mapas possibilitaram a delimitação das zonas primariamente mineralizadas ou com maior potencial de mineralização, relacionadas a pegmatitos sin-tectônicos. As áreas anômalas em cromo apresentaram valores acima de 500 ppm, com valor máximo de 1794 ppm. Para o berílio, foram considerados valores anômalos aqueles acima de 2,0 ppm, com valor máximo de 9,5 ppm. Anomalias de potássio (>1%) e lítio (>70 ppm), bem como outras (Mg, Na, Ni e V), também auxiliaram na localização das zonas de ocorrência de intrusões pegmatíticas. Pesquisas adicionais estão sendo conduzidas para a determinação das reservas e teores da mineralização. Palavras-chave: esmeralda, berílio, geoquímica, prospecção mineral, pegmatito

    CLASTOS DE FORMAÇÃO FERRÍFERA BANDADA NO CONGLOMERADO DIAMANTÍFERO SOPA EM EXTRAÇÃO (DIAMANTINA, MG)

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    Na região de Diamantina afloram predominantemente rochas siliciclásticas pertencentes ao Supergrupo Espinhaço, de idade paleo a mesoproterózoica, atualmente admitidas como integrantes de dois grandes ciclos sedimentares distintos, em ambiente de rifte cratônico, informalmente designados Espinhaço I (Estateriano) e Espinhaço III (Esteniano). A sequência rudítica associada à Formação Sopa-Brumadinho, base do Espinhaço III, que vem sendo lavrada intensivamente devido ao seu conteúdo diamantífero, é caracterizada por variados níveis de conglomerados polimíticos, desenvolvidos em ambientes deposicionais de leques aluviais e fandeltaicos lacustres, durante a fase de clímax do rifte. Tais conglomerados foram estudados nas proximidades do vilarejo de Extração, visando vários aspectos de ordem sedimentológica, destacando-se aqui os clastos de formação ferrífera bandada (BIF), abundantes nessa localidade. Análises geoquímicas desse material, coletado nas mais importantes áreas de antigas lavras (Serrinha, Boa Vista, Cafundó e Cavalo Morto), identificaram uma proeminente assinatura geoquímica de ETRs. Estas mostram anomalias negativas simultâneas de európio e cério que não coadunam com os padrões esperados para formações ferríferas arqueanas. A principal fonte de tais clastos provavelmente encontra-se na Sequência Pedro Pereira, cujas BIFs são aqui admitidas como de idade paleoproterozoica, com melhores exposições atuais situadas ao sul da cidade de Gouveia

    MINERAIS INDICADORES KIMBERLÍTICOS E PROSPECTIVIDADE DIAMANTÍFERA DA INTRUSÃO ALFEU-01 (CANGUÇU, RS)

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    A intrusão kimberlítica Alfeu-01 foi descoberta em 1994, ocorrendo encaixada em rochas granitóides do Complexo Pinheiro Machado, de idade neoproterozoica, no Escudo Sul-Riograndense. O kimberlito, melanocrático, possui uma matriz afanítica onde se podem observar xenólitos das rochas encaixantes, bem como macrocristais de flogopita, rutilo, granada e possivelmente diopsídio. As descrições petrográficas (basicamente flogopita + olivina + talco + serpentina) indicam que se trata de uma brecha explosiva, provavelmente da fácies diatrema. Em termos geoquímicos, destacam-se os altos conteúdos de TiO2, K2O e MnO, contrastando com intrusões diamantíferas de Minas Gerais. As granadas foram divididas em três tipos, por suas colorações, observando-se uma forte associação das colorações com os conteúdos de Fe2O3, MgO e Cr2O3. Tais granadas, da espécie piropo, situam-se nos campos mineraloquímicos G4, G5 e G9, trend em geral relacionado a intrusões estéreis. Do mesmo modo, o elevado grau de oxidação presente na Mg-ilmenita não é condizente com a preservação de diamantes. As cromitas analisadas apresentaram-se fora do campo desse mineral como inclusão em diamante. O diopsídio da intrusão é pobre em cromo, e reconhecido como de associação à suíte de basaltos alcalinos. Todos os parâmetros mineralógicos enfocados divergem caracteristicamente dos encontrados em kimberlitos férteis de Minas Gerais e, desta maneira, desestimulam fortemente quaisquer trabalhos de prospecção mais detalhada sobre a intrusão

    OCORRÊNCIA, CONTEXTO MINERALÓGICO E QUÍMICA MINERAL DA BRAZILIANITA E SEUS DEPÓSITOS EM MINAS GERAIS

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    A brazilianita é um fosfato gemológico relativamente raro, amarelo a amarelo-esverdeado, descrito em 1945 em amostras coletadas no Pegmatito Córrego Frio (Divino das Laranjeiras, MG), onde vários depósitos similares foram depois reportados. No mesmo Estado, existe ainda outro pegmatito mineralizado, em Itinga. Tais pegmatitos, ora estudados, originam-se de granitogêneses relacionadas ao Orógeno Araçuaí, constituindo em geral corpos tabulares de pequeno porte, além de pouco diferenciados. Análises químicas com microssonda eletrônica no mineral revelaram valores muito homogêneos para os diversos pegmatitos estudados, semelhantes aos da descrição original; Análises sobre feldspatos associados mostraram que os pegmatitos hospedeiros são pobres em B (não turmaliníferos), Cs, Rb e Zr, mas ricos em F. Um deles, o Pegmatito Telírio, apresenta uma anomalia em Li em relação aos demais. A cor amarela do mineral, estudada por EPR e absorção óptica, deve-se a uma banda de absorção no UV próximo, e sua intensidade está relacionada com um centro O1- fixo, do tipo buraco. Diferentes tipos de centros de elétrons são responsáveis pela ampla faixa de estabilidade térmica da cor do mineral; o componente esverdeado é causado por uma extensa banda de absorção na região vermelha do espectro. Nos depósitos estudados, a brazilianita constitui um produto secundário de alteração da montebrasita, em estágio hidrotermal precoce (350-250°C)
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