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    DETERMINANTES ALIMENTARES DE ACNE VULGARIS

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    Acne vulgaris é a denominação médica para uma doença crônica e inflamatória de pele que abrange os folículos pilossebáceos e é influenciada por diversos fatores, incluindo a colonização por bactérias, glândulas sebáceas com queratinização anormal, além da hereditariedade, a predisposição genética, alterações na produção dos hormônios sexuais e até o estresse emocional também são considerados fatores de risco para a manifestação da moléstia ou agravamento do quadro. Outro fator está relacionado com o aumento de excreção lipídica e determinantes alimentares. A correlação entre a dieta e o aparecimento das lesões, em certos alimentos gordurosos e ou ricos em carboidratos podem piorar as crises. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo revisar na literatura científica a relação entre parâmetros dietéticos e o desenvolvimento de Acne vulgaris, bem como possíveis alimentos capazes de contribuir para o aparecimento da doença. Trata-se de um estudo bibliográfico de caráter exploratório-descritivo. Realizou-se um levantamento de 18 artigos publicados nos períodos de 2008 e 2020 nas bases de dados Medline, PubMEd, BVS e Scielo. Estudos não publicados na língua inglesa, espanhola ou portuguesa foram excluídos. Selecionou-se 15 publicações para o desenvolvimento da pesquisa. Dos artigos examinados, 8 foram utilizados como referência, haja vista sua credibilidade e relevância para o tema. Como resultados, observou-se que os estudos mais antigos apresentaram certa limitação em determinar o papel da dieta na patogenia da acne, já os estudos recentes descreveram de forma mais concreta os determinantes alimentares da doença. Verificou-se que os hormônios andrógenos e o fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1) aumentaram os níveis de produção sebácea, sendo esse último estimulado pela ingestão de alimentos com alto índice glicêmico. Portanto, dietas de baixa carga glicêmica, incluindo as cetogências, além de reduzir as taxas de IGF-1 e andrógenos, diminuíram a quantidade de ácidos graxos saturados na superfície da pele de pacientes com acne e atenuam as lesões existentes. A proteína do leite, composta por 80% e 20% de caseína e whey protein respectivamente, foram os dois os principais responsáveis por aumentar as taxas de IGF-1 e insulina no organismo, o que explica a alta incidência acneica em praticantes de musculação e esportes que suplementam esse tipo de macronutriente. O consumo de cacau 100%, mesmo sem adição de açúcares, pode causar um aumento na exacerbação da acne em pacientes propensos à doença e naqueles já acometidos. Por outro lado, a ingestão gorduras como ômega-3 e ácido γ-linoleico acabam por reduzir o IGF-1 no organismo, além de inibir a síntese de leucotrienos pró-inflamatórios, ambos agravantes da acne. Outrossim, considerando o papel de bactérias no desenvolvimento da acne, alimentos que contêm probióticos auxiliam na homeostase da microbiota da pele e do intestino, otimizando a circulação de metabólitos anti-inflamatórios no corpo e atenuando as lesões da acne. Por fim, observa-se os avanços em relação ao entendimento do papel da dieta na incidência de Acne vulgaris, salientando os males que o excesso de certos alimentos e a carência nutricional podem trazer para a pele em forma de lesões e inflamações

    PERFIL DE ADESÃO FARMACOLÓGICA DOS PSICOFÁRMACOS

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    Os psicofármacos tornaram-se uma revolução no tratamento daqueles antes denominados loucos. No lugar dos manicômios e tratamentos de choques, sua medicação possibilitou ao paciente uma diminuição de seus sintomas e sofrimento, a adaptação do sujeito ao mundo, e consequentemente, sua reintegração à sociedade. Com o avanço da indústria farmacêutica no desenvolvimento de medicamentos mais eficazes e com cada vez menos efeitos colaterais para o tratamento do sofrimento psíquico, juntamente com os atuais valores que prioriza satisfações imediatas e resolução mecanicista dos problemas, a crença excessiva no medicamento como instrumento de cura mágica para as dores psíquicas tornou a medicação um novo modo de vida. Esta pesquisa busca investigar a adesão farmacológica dos psicofármacos no indivíduo, de que maneira compreendem o uso de medicação no tratamento e quais as contribuições e dificuldades que esta oferece. De caráter exploratório-descritivo, o estudo foi fundamentado por trabalhos disponíveis nas bases de dados do Google Acadêmico, LILACS e SciELO. Dos artigos pesquisados, foram incorporados aqueles publicados na última década e que sustentavam a proposta do estudo. Para critérios de exclusão, foram adotados trabalhos com desvio do assunto proposto e que apresentaram duplicidade de conteúdo. Outrora utilizados como um recurso para possibilitar ao sujeito curar-se de seu sofrimento, os psicofármacos acabaram por alienar o homem na promessa de libertar-se das dores da própria essência humana, tornando-se um meio de camuflar o sofrimento e uma maior integração à sociedade. Ao esboçar o plano de tratamento, é essencial dispor de algum tempo para passar segurança, dar informações sobre a natureza do transtorno, o uso adequado dos medicamentos, as evidências de sua eficácia, o que espera com seu uso, o tempo necessário para se observar o efeito, os possíveis efeitos colaterais e as medidas que podem ser adotadas para reduzi-los. Com o auxílio do profissional farmacêutico, dissipar tais dúvidas, além de fortalecer a relação com o paciente, é importante para evitar interrupções precoces. A adesão farmacológica dos psicofármacos permitiu a adaptação do sujeito ao mundo, diminuindo o número de internações psiquiátricas, bem como possibilitaram reformas nos sistemas de atendimento psiquiátrico e retiraram os pacientes das camisas-de-força, dos tratamentos de choque e comas insulínicos aos quais eram submetidos. Evitar paradigmas arcaicos de tratamentos extremamente invasivos, pouco eficazes, contribuiu para a crescente busca e desenvolvimento de psicofármacos, com um melhor perfil de anuência do paciente. Perfaz-se que sua utilização apropriada, associada com sua total adesão promove diversos benefícios para a reintegração social e bem-estar do paciente. O cuidado farmacêutico e sua consulta é extremamente imprescindível, uma vez que este profissional é capacitado para o auxílio farmacoterapêutico e clínico durante todo o tratamento do paciente, realizando um acompanhamento de possíveis Reações Adversas aos Medicamentos (RAM) e potencializando resultados da terapêutica utilizada. É de suma importância haver também o engajamento de toda equipe médica, com intuito de articular as melhores estratégias em prol da saúde do paciente, contando também como o auxílio de coadjuvantes como os familiares e pessoas próximas, tão importantes quanto os profissionais da área da saúde

    PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS DA Arrabidaea chica: REVISÃO DE LITERATURA

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    Dentre as espécies vegetais catalogadas no Brasil, a Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) pertencente à família Bignoniaceae, conhecida popularmente pelos nomes de pariri, cipó-pau ou simplesmente crajiru, se encontra listada na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), devido suas propriedades medicinais. Diante disso, o estudo tem como objetivo revisar na literatura científica as principais propriedades terapêuticas da Arrabidaea chica. O trabalho baseia-se numa pesquisa de natureza exploratória-descritiva, onde teve como principais fundamentos as bases de dados da SciELO, Google Acadêmico e o Banco de Dados de Teses e Dissertações (BDTD). Como critérios de busca, foram utilizados os descritores em português e em inglês: Arrabidaea chica, fitoterapia, pariri. Dos artigos pesquisados nessas bases de dados, 8 trabalhos foram selecionados por apresentarem maior coerência com o objetivo do estudo. Para inclusão, foram incorporados como critério artigos publicados que abordavam o tema em inglês e português, entres os anos de 2006 a 2017. Para critérios exclusivos, foram adotados os trabalhos que apresentavam duplicidade e os que não tinham enfoque no tema proposto. Os estudos avaliados demonstraram fortes evidências dose-dependente da atividade antioxidante da planta, responsável por neutralizar os radicais livres danosos ao organismo devido à presença de flavonoides como a escutelareina e apigenina. Como antifúngico, o extrato etanólico obtido das folhas da Arrabidaea chica apresentou inibição do crescimento total do fungo Trichophyton mentagrophytes e boa efetividade contra a levedura Candida albicans em razão de seu alto teor de flavonoides e quinonas. Atividade antibacteriana também foi comprovada frente a Staphylococcus aureus (inibição) e Pseudomonas aeruginosa (inatividade), corroborando com o uso popular para o combate de dermatites, infecções superficiais e urinárias. Estudos evidenciam a atuação leishmanicida e tripanocida, eficaz no tratamento da doença de Chagas. A presença de carajurina, confere ação anti-inflamatória em virtude da inibição total dose-dependente do fator de transcrição nuclear kappa B (NF-kB), responsável por codificar enzimas pró-inflamatórias como a COX-2, fosfolipase A2 e a 5-LOX. O alto teor do flavonoide quercetina, além de antioxidante, exerce ação sobre o metabolismo hepático, imprimindo um poder de hepatoproteção no organismo. O papel antioxidante das antocianias estimula a atividade proliferativa dos fibroblastos, sintetizando mais colágeno e elastina, conferindo poder cicatrizante à planta. Como anti-hipertensivo, o extrato da Arrabidaea chica propicia redução da resistência vascular periférica, detendo também propriedades diuréticas comprovadas em testes in vivo. O extrato foliar obtido com xilanase libera a aglicona da planta aumentando a concentração de carajurina, cuja propriedade antitumoral foi validada em tecido tumoral leucêmico, pulmonar e mamário. Estudos indicam que o uso da planta é seguro, desde que realizado adequadamente. Como uma espécie medicinal de grande valia e interesse ao SUS, salienta-se a importância no aprofundamento de estudos relacionados às atividades oncológicas e antianêmica da Arrabidaea chica, tendo em vista a crescente procura por tratamentos alternativos menos onerosos, naturais, acessíveis e que demandem menos custo de aquisição

    AÇÃO COMUNITÁRIA DAS LIGAS ACADÊMICAS DE FARMÁCIA EM PROL DO DIA INTERNACIONAL DO FARMACÊUTICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

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    Ação Comunitária é entendida como as diversas práticas presentes frente às demandas sociais. A Ação Comunitária está além da prestação de serviços. Constitui-se como mecanismo de conquista e garantia dos direitos sociais, contribuindo para a construção e ampliação da cidadania. O presente trabalho relata as ações comunitárias realizadas por duas Ligas Acadêmicas, Farmácia clínica e a de Fitoterapia – LAFCAF e LAFITAM respectivamente em prol do dia internacional do Farmacêutico, realizadas na Praça do Leão no município de Quixadá-CE no ano de 2019, por docentes e discentes da Unicatólica. O objetivo do trabalho foi enfatizar a atuação diversificada do Farmacêutico e promover um atendimento assistencial em saúde, com orientações e manejo clínico à população. As Ligas Acadêmicas atuaram de forma complementar uma à outra. A LAFCAF ficou responsável por realizar alguns serviços: aferição de alguns parâmetros fisiológicos e bioquímicos, tais como pressão arterial, glicemia capilar e testes rápidos, além da realização de orientação clínica e monitoramento farmacoterapêutico, onde puderam identificar alguns desvios e problemas relacionados à adesão ao tratamento de portadores de doenças crônicas. Já a LAFITAM orientou sobre o uso racional de plantas medicinais e distribuiu folders à população visando o correto uso de preparações de remédios caseiros e produtos, como repelentes, sabonetes e gel antirreumático, todos produzidos pelos próprios membros ligantes. Como resultado dos trabalhos realizados, percebeu-se uma adesão positiva e entusiástica por todo o contingente presente, o que confirmou a curiosidade e interesse da população sobre os serviços farmacêuticos. Dessa forma, ao levar o conhecimento à população, ambas as Ligas Acadêmicas conseguiram de forma satisfatória demonstrar uma pequena parcela da abrangente atuação do profissional farmacêutico, descontruindo a falsa crença de que estes trabalham apenas na comercialização de medicamentos. Em síntese, ficou clara a afeição das ações desenvolvidas para pessoas atendidas, assim como a consolidação do farmacêutico como um profissional presente, acessível e capacitado em promover a saúde

    USO OFF LABEL DE PROPRANOLOL COMO FARMACOTERAPIA COADJUVANTE NO TRATAMENTO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO E TRANSTORNOS ASSOCIADOS À MEMÓRIA

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    A terapia off label, é bastante utilizada na prática clínica e baseia-se no uso de medicamentos para fins diferentes daqueles já estabelecidos pelas agências reguladoras. Nesse tocante, muitos pesquisadores vêm desenvolvendo trabalhos sobre o uso de propranolol para o tratamento de transtornos de estresse pós-traumático (TEPT), quadro patológico definido por sintomas físicos e psicológicos negativos posteriores a eventos traumáticos ou provenientes de memórias ruins. O trabalho em questão aborda uma revisão narrativa de literatura, cuja pesquisa foi realizada no período compreendido entre o mês de agosto a novembro de 2020. Foram realizadas buscas nas bases de dados do ScienceDirect, PubMED, Literatura Internacional da Área Médica e Biomédica (MEDLINE) e pela Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO), utilizando os seguintes descritores em português: “propranolol”, “TEPT”, “terapia off labelI”, “transtornos de memória”, associados aos termos “tratamento” e “farmacoterapia”. Como síntese de resultados, foi observado o papel do propranolol como neuromodulador no sistema de consolidação e reconsolidação de memórias, isto é, suas propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas permitem certa intervenção nas memórias de pacientes que sofrem de TEPT. Durante o processo denominado reconsolidação, que ocorre quando as memórias já fixadas são estimuladas por meios voluntários e involuntários, as informações voltam a um estado lábil, isto é, um estado que pode ser moldado pela inibição da síntese de algumas proteínas, que é onde age o propranolol. De fato, estudos clínicos de duplo-cego randomizados demonstraram uma redução significativa dos sintomas de TEPT em pacientes com psicoterapia e uso concomitante de propranolol em doses ajustadas. Por outro lado, há debates acerca da bioética dos procedimentos que possam vir a alterar memórias de forma intencional. O trabalho possibilitou uma nova visão sobre o tratamento de TEPT, transtorno bastante comum e que precisa de novas intervenções. O tratamento com propranolol parece bastante promissor, apesar de ainda requerer ensaios e testes para assegurar sua eficácia e segurança nos transtornos associados a memórias
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