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    Jeje: repensando nações e transnacionalismo

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    Deslocamentos em dois cortejos processionais católicos

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    As observações sobre duas procissões em honra de S. Sebastião, Padroeiro católico do Rio de Janeiro, oferecem a possibilidade de análises com respeito a um conjunto de deslocamentos os quais refletem atos ou situações de transitividade observados hoje em muitos comportamentos religiosos da população brasileira. Entre os deslocamentos aqui comentados, temos: do ritual religioso para a arte dramática; do espírito devocional para as reivindicações políticas; de comunidades católicas para a exposição de grupos religiosos afro-brasileiros; de famílias reunidas para as presenças de grupos gays organizados; finalmente, de comportamentos religiosos para mágicos. Alguns desses deslocamentos envolvem diferentes visões de mundo em nossas experiências religiosas cotidianas, mas, enquanto algumas não se mostram contraditórias entre si no desenvolvimento dos processos humanos e religiosos, entre o povo, outras demonstram atitudes de exclusivismo socioreligioso e cultural como característica de certos grupos, os quais lutam contra a bricolage de crenças e experiências rituais, exprimindo e produzindo formas de tensão social.<br>The observations on two processions in honor to Saint Sebastian, the catholic Patron of Rio de Janeiro city, oferred the possibility on analyses concerning an amount of dislocations that reflect acts or situations of transitivity observed nowadays on many religious behaviors in brazilian population. Among the dislocations here commented, we have: from the religious ritual context to the dramatic art one; from the devotional spirit to political claims; from the catholic communities to afro-brazilian religious groups exposition; from family groups to gay people recognized presences; finally, from religious to magical behaviors. Some of these dislocations involve worldviews differences in our religious day-by-day experiences but, ones of those appear not contradictory in the development of the human and religious process among the people, but another ones show religious and cultural exclusiveness as characteristic of the groups and, therefore they fight against the bricolage of the beliefs and ritual experience, so expressing and producing forms of social tension

    Narrar o mundo: estórias do "povo da rua" e a narração do imprevisível

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    Enquanto narrativas podem ser pensadas como produtoras de "ordenamentos" e como manifestações simbólicas de formas ideológicas, por outro lado, podemos também enfatizar a dimensão poética da narrativa, apontando a produção de significados e a proliferação de signos mediados pelo ato de narrar o mundo. A partir desta perspectiva teórica, este ensaio busca explorar as muitas estórias sobre os chamados espíritos do "povo da rua", enfatizando a dimensão performativa da narrativa. Contadas por "clientes", "filhos-de-santo" e pelos próprios "espíritos", tais narrativas não são meramente simbólicas ou representativas, mas também constitutivas do próprio "poder sobrenatural" tido como inerente aos espíritos. Mais do que narrar uma "realidade" supostamente exterior a elas, as estórias tornam-se parte inextricável da "realidade" que narram. Ao deslocar o foco para além dos rituais demarcados espacial e temporalmente, a narrativa etnográfica busca aqui articular um espaço interpretativo onde se possa evocar a socialidade do narrar o mundo.<br>Although narratives can be conceived both as a mode of 'ordering' meaning and as symbolic manifestations of ideological forms, the poetic dimension of narrativity also involves the production of meanings and a proliferation of signs mediated by the act of 'narrating the world.' Adopting this theoretical premise, the essay seeks to explore the many stories of the so-called spirits of the 'povo da rua' ('street people'), emphasizing the performative dimension of narrative. Recounted by 'clients,' 'practitioners' and the spirits themselves, such narratives are not only symbolic or representative, but also constitutive of the 'supernatural power' attributed to the spirits. More than narrate a reality external to the stories, the narratives themselves become an inextricable part of the reality they narrate. By shifting the focus away from the framed space and time of ritual, the ethnographic narrative also seeks to evoke the very sociality of this narrating of the world
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