Práticas e comportamentos sexuais de imigrantes que vivem em Portugal

As infeções sexualmente transmissíveis (ISTs) possuem distribuição mundial, constituindo grave problema de saúde pública a nível mundial, de difícil controlo. Estas infeções apresentam-se como uma das principais causas de mortalidade e morbilidade significativas e propiciam a transmissão da HIV/SIDA. Verifica-se que os migrantes representam uma larga percentagem dos novos casos de ISTs, particularmente VIH, a nível global. Sendo Portugal um país tipicamente recetor de imigrantes sobretudo originários da comunidade de países da língua portuguesa, e perante o aumento de globalização, surgiu a necessidade de caracterizar o padrão de prática e comportamento sexual de imigrantes portadores de VIH+ que vivem em Portugal, objetivo geral do presente trabalho. Através do método não probabilístico, selecionaram-se, 265 imigrantes portadores de VIH+ residentes em Portugal, com vida sexual iniciada e idade igual ou superior a 18 anos. Tendo em conta aos objetivos delineados, seguiu-se um desenho de estudo observacional, analítico e transversal. Para a recolha de dados recorreu-se a um questionário de perguntas de resposta fechada. Verificou-se que os participantes no presente estudo são maioritariamente jovens, do género masculino e heterossexuais, detentores do ensino secundário ou superior, e naturais de países da língua portuguesa. Outro dado importante encontrado no nosso estudo, refere-se à maior prevalência e associação das ISTs entre os homens que fazem sexo com homens (HSH). No presente estudo verificou-se que maior parte de imigrantes que contraíram ISTs foram das comunidades de países da língua portuguesa. Feita a reflexão sobre os dados obtidos no presente estudo, e numa tentativa de continuar a diminuir a transmissão de ISTs, particularmente vírus de HIV na era de globalização que vivemos, lembramos que devem ser promovidas medidas direcionados para os imigrantes. Dados encontrados apontam a necessidade de continuar a aposta e investimento em cuidados preventivos que envolvam essencialmente populações vulneráveis, particularmente os migrantes, abordar o tema de promoção e da prevenção da transmissão de ISTs em espaços frequentados por estas comunidades, e continuar a priorizar formação de profissionais de saúde quanto a cuidados de saúde na população imigrantes.Sexually transmitted infections (STIs) have a worldwide distribution, constituting a serious public health problem worldwide, which is difficult to control. These infections are one of the main causes of significant mortality and morbidity and favor the transmission of HIV/AIDS. It appears that immigrants represent a large percentage of new cases of STIs, particularly HIV, globally. As Portugal is a typically receiving country for immigrants, mainly from the community of portuguese-speaking countries, and given the increase in globalization, the need arose to characterize the pattern of sexual practice and behavior of HIV+ immigrants living in Portugal, the general objective of the present work. Through the non-probabilistic method, 265 immigrants with HIV+ residing in Portugal, with initiated sexual life and aged 18 years or older, were selected. Taking into account the objectives outlined, an observational, analytical and cross-sectional study design was followed. For data collection, a questionnaire with closed-ended questions was used. It was found that the participants in the present study are mostly young, male and heterosexual, with secondary or higher education, and natives of Portuguese-speaking countries. Another important finding in our study refers to the higher prevalence and association of STIs among men who have sex with men (MSM). In the present study, it was found that most immigrants who contracted STIs were from communities in Portuguese-speaking countries. After reflecting on the data obtained in the present study, and in an attempt to continue to reduce the transmission of STIs, particularly the HIV virus in the era of globalization we live in, we recall that measures aimed at immigrants must be promoted. The Data indicated the need to continue investing and investing in preventive care that essentially involve vulnerable populations, particularly migrants, addressing the issue of promoting and preventing the transmission of STIs in spaces frequented by these communities, and continuing to prioritize training of professionals and health care in the immigrant population