342 research outputs found

    Conversando com Pirandello

    Get PDF
    Entrevista com Luigi Pirandello conduzida por Sérgio Buarque de Holanda e publicada originalmente n’O Jornal (RJ), 11 de setembro de 1927, p. 3 (extraído de: O Estado de S. Paulo, 31 de dezembro de 1988, p. 2)

    O atual e o inatual na obra de Leopold von Ranke

    Get PDF
    Nascido em ambiente luterano e crescido na atmosfera aindameio acanhada da Prússia oitocentista dos Hohenzollern e de Bismarck,tão admiravelmente retratada nas novelas de Fontane, Leopold vonRanke mal se deixou impregnar por esses influxos

    Os projetos de colonização e comércio toscanos no Brasil ao tempo do Grão Duque Fernando I (1587-1609)

    Get PDF
    O artigo examina, com base em documentação inédita reproduzida em anexo, as atividades comerciais e os projetos de colonização na América portuguesa empreendidos por Fernando I da Toscana no final do século XVI e início do XVII; bem como examina a política marítima de Florença antes de sua transformação em Principado.Based on unpublished sources (reproduced at the end of the text) this article examines the comercial activities and the colonization projects in Portuguese America accomplished by Ferdinand I Duke of Toscana at the end of the XVIth and beggining of the XVIIth centuries. It examines also Florence's overseas policies before it became a Principate

    Caminhos do sertão (I)

    Get PDF
    Simplificação do Trabalho Rural. A presença de terra farta para lavrar e desfrutar, a co-existência, de início, depois a disponibilidade, a maior ou me-nor distância, de índios da terra, agentes potenciais de traba-lho, por fim os estorvos que se oferecem ao incremento de produções coloniais de larga procura, condicionam decisiva-mente, pelo menos até aos últimos anos do Setecentos, o teor da vida rural na área abrangida pelas velhas donatárias de São Vicente e Santo Amaro . Já que falta acjui estímulo para uma disciplina rigorosa no exercício da lavoura, bastam tais fa-tõres para forçar naturalmente a radical simplificação dos métodos agrícolas vindos do além-mar. O assenhoreamento das técnicas indígenas é fruto, no adventício, dessa possibili-dade, quase se pode dizer dessa necessidade, de simplificação, mais do que de uma aquiescência passiva a padrões divergen-tes da tradição européia.

    Retórica e política dionisíacas em Acarnenses de Aristófanes

    Get PDF
    The Acharnians is the only comedy written by Aristophanes in which a character speaks explicitly on behalf of the author. In general, it is the chorus who plays the role of declared spokesman for the comedian, in the parabaseis of his works. In this play, on the contrary, we see the protagonist using the first person to refer to an event outside the comic plot, and supposedly occurred with the author of the. This strategy, in itself, allows the work to present a complex interweaving of themes: a self-defense of the protagonist Dikeopolis, for having signed a private truce with Sparta (which refers, in a paratragical game, to the self-defense of Telephus in the homonym Euripidean tragedy); a self-defense that the author Aristophanes himself performs, in order to refute the accusations made by Cleon against him; a self-defense of the comedy, in comparison with the tragedy. As can be seen, there is a superposition of apologetic layers, the greatest characteristic of which are meta-theatrical and meta-rethorical procedures. In this article, I intend to analyze some of the various relations between comedy, rhetoric and politics that Aristophanes' text suggests. And finally, I intend to draw from such analysis some conclusions regarding the dionysian character of Aristophanes' politics.Acarnenses é a única comédia de Aristófanes em que uma personagem fala explicitamente em nome do autor. Em geral, é apenas o coro quem desempenha o papel de porta-voz declarado do comediógrafo, nas parábaseis de suas obras. Nessa peça, ao contrário, vemos o protagonista usar a primeira pessoa para referir-se a um evento exterior à trama cômica, e supostamente ocorrido com o autor do texto (o conhecido processo que Cléon teria movido contra Aristófanes). Essa estratégia, por si só, permite à obra apresentar um complexo entrelaçamento de temas: a autodefesa do protagonista Diceópolis, por ter firmado trégua privada com Esparta (que remete, em jogo paratrágico, à autodefesa de Télefo na tragédia euripideana de mesmo nome); a autodefesa que o próprio autor Aristófanes realiza, a fim de refutar as acusações formuladas por Cléon contra ele; a autodefesa da comédia, por comparação com a tragédia. Como se pode notar, trata-se de uma superposição de camadas apologéticas, cuja maior característica são os procedimentos meta-teatrais e meta-retóricos. Neste artigo, pretendo analisar algumas das várias relações entre comédia, retórica e política que o texto de Aristófanes sugere. E pretendo, por fim, extrair de tal análise algumas conclusões a respeito do caráter dionisíaco da 'política' aristofânica

    A parte e o todo: atomismo e linguagem no Sofista.

    Get PDF
    The Atomism of Leucippus and Democritus is implicitly used, in quite a few dialogues of Plato, as an important scientific paradigm to be problematized, criticized or reutilized. My focus here is in analysing the contribution of Atomism to the Platonic Philosophy of Language present in Sophist. The hypothesis to be developed is that the core of the linguistic reflections found in the aforementioned dialogue begins with an important criticism to the doctrine of Atomism.O atomismo de Leucipo e Demócrito é utilizado implicitamente, em não poucos diálogos de Platão, como um importante paradigma científico a ser problematizado, criticado ou reempregado. Interessa-me, aqui, analisar a contribuição do atomismo para a Filosofia da Linguagem platônica presente no Sofista. A hipótese a ser desenvolvida é que o cerne das reflexões linguísticas encontradas em tal diálogo se inicia com uma importante crítica à doutrina do atomismo

    Narração e drama em Aristóteles

    Get PDF
    Aristóteles dedica grande parte da sua Poética à comparação entre poesia trágica e poesia épica, e à defesa da superioridade da primeira sobre a segunda. Um dos elementos comparativos é o fato de que, na poesia trágica, somos testemunhas da própria ação das personagens, ou seja, vemos agentes operando diretamente, enquanto que na poesia épica o narrador freqüentemente se posiciona entre o ouvinte e os fatos narrados. Tal distinção tem infl uência direta sobre a reação do espectador, ou do ouvinte, à poesia, pois tende a efetuar, em cada caso, uma aproximação ou um distanciamento das ações apresentadas. O presente trabalho pretende investigar em que medida as artes poéticas e, por extensão, outras artes miméticas tais como a pintura e a escultura, são capazes de realizar um duplo movimento de aproximação e de distanciamento entre os espectadores e o conteúdo representado pela obra. Para tanto, tomaremos como base tanto as observações de Poética IV quanto algumas passagens da Retórica aristotélica que se relacionam diretamente com o assunto
    corecore