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    ANÁLISE DA MORBIDADE HOSPITALAR POR AMEBÍASE NAS DIFERENTES REGIÕES BRASILEIRAS ENTRE 2012 E 2022

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    Introdução/objetivo: Esse estudo visa analisar a morbidade hospitalar da Amebíase por regiões da Federação entre os anos de 2012 e 2022, com a finalidade de identificar locais mais susceptíveis ao contágio e agravamentos decorrentes da infecção. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e de caráter descritivo, realizado a partir de dados secundários obtidos do departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram coletados dados de internações hospitalares dos anos de 2012 a 2022 das 5 grandes regiões do país por local de residência. Resultados: Em todos os anos, a região Sul teve a maior taxa de internações hospitalares por Amebíase a cada 100.000 habitantes, com o maior valor (7220) apresentado em 2019. Em geral, a região Centro-Oeste possui a segunda maior taxa, atingindo seu valor máximo (5882) em 2013. As regiões Norte e Nordeste alternam entre si a terceira maior taxa de incidência de internações por Amebíase a cada 100.000 habitantes, atingindo valores máximos de 5851 (2019) e 5739 (2013). O Sudeste possui as menores taxas nos anos estudados, apresentando o valor máximo de 5440 em 2022. Ao compararmos as taxas de 2012 a 2022, foi possível observar discreta melhora das taxas de incidência nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sul (diminuição de 160, 156 e 12 internações por 100.000 habitantes/ano, respectivamente). Por outro lado, no mesmo período, as regiões Sudeste e Nordeste apresentaram um aumento de 238 e 112 internações por 100.000 habitantes/ano, respectivamente. Conclusão: Diante dos dados obtidos, é possível inferir que o cenário da amebíase no Brasil não sofreu grandes alterações na última década. Contudo, o aumento das internações nas regiões Sudeste e Nordeste, associado a uma diminuição pequena da taxa nas demais regiões, sugere que ações preventivas mais efetivas são necessárias. Portanto, sabendo que a transmissão ocorre pela via fecal-oral e visando diminuir a prevalência da amebíase no país, é preciso investir em políticas públicas que objetivem a expansão e melhoria das redes de saneamento básico municipais, além de incentivar hábitos de higiene relacionados à lavagem das mãos e preparo adequado dos alimentos através de campanhas educativas em escolas, unidades básicas de saúde e meios de comunicação

    O IMPACTO SOCIODEMOGRÁFICO NA INCIDÊNCIA DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR NA BAHIA NOS ANOS DE 2010-2021

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    Introdução/Objetivo: Descrever o impacto sociodemográfico na incidência de leishmaniose tegumentar nos municípios da Bahia. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal e retrospectivo, realizado com dados secundários de Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e da plataforma DATASUS referentes ao período entre 2010 e 2021 para o estado da Bahia. As variáveis utilizadas foram os casos confirmados de Leishmaniose Tegumentar Americana por Região de Saúde (CIR) segundo o ano de notificação, o município residente e a zona (urbana ou rural). Resultados: Os municípios com as maiores taxas de incidência por 100 mil habitantes no ano de 2010 estão localizados no litoral e zona da mata atlântica sendo eles Valença (541), Santo Antônio de Jesus (369), Ilhéus (84) Itabuna (90) e Jequié (62). No decorrer da década, esses municípios se mantêm com níveis mais elevados que os demais, apesar de suas taxas terem diminuído, Valença apresentou a maior redução (84,11%). Outro fator que se mostrou influente sobre a taxa de incidência é a diferença de localidade da população residente das regiões de saúde pesquisada mostrando predomínio do número de casos na zona rural. Conclusão: A Bahia, como um dos estados brasileiros mais acometidos pela leishmaniose tegumentar, possui dados que refletem o impacto gerado por fatores sociodemográficos. Os municípios de maior incidência são localizados no litoral e na mata atlântica, onde a oferta abundante de umidade, sombra e matéria orgânica favorece a reprodução dos insetos flebotomíneos, que atuam como vetores da doença. Desse modo, se tornam necessárias medidas de prevenção e controle, como o como a monitorização dos vetores, agentes etiológicos, fontes de infecção e oferta de suporte às pessoas expostas

    ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A COBERTURA VEGETAL DA AMAZÔNIA E O NÚMERO DE CASOS DE MALÁRIA NO NORTE, NORDESTE E CENTRO-OESTE DO BRASIL ENTRE 2010 E 2018

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    Introdução/objetivo: Os surtos de zoonoses resultam de questões socioeconômicas e ecológicas, como a diminuição da cobertura vegetal. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010 a 2018, um dos biomas mais degradados foi a Amazônia. Assim, é possível que a alteração na vegetação local possa impactar na morbidade por zoonoses, inclusive pela malária, nas regiões próximas ao bioma. O trabalho visa comparar a progressão da perda da cobertura vegetal amazônica com o número de casos e internações por malária, de 2010 a 2018 nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e descritivo, com dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/SUS) e do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), disponíveis na plataforma DATASUS. As variáveis utilizadas foram número de casos e internações por malária nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, de 2010 a 2018. Os dados relacionados à perda da cobertura vegetal na Amazônia foram retirados do IBGE. Resultados: No período de 2010 a 2018 houve uma redução de 75.562 km2 de vegetação florestal, representando redução de 2,3% de área. Nesse mesmo período, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, houve uma diminuição de 61% nas internações por malária entre 2010 (5259) e 2018 (2049). Destaca-se que o menor valor de internações ocorreu em 2015 (1647), enquanto o maior foi em 2010. Quanto aos casos confirmados, houve 745 casos em 2010 e 347 casos em 2018, representando uma redução de 53%. O ano de 2010 foi o com maior número de casos, enquanto o ano de menor número foi 2016, com 162. Percebe-se também um novo aumento de casos entre 2016 e 2018, de 114%. Conclusão: Houve uma diminuição do número de casos e internações por malária de 2010 a 2016 nas regiões estudadas, acompanhando a redução global da incidência da zoonose, apesar da progressão da perda da cobertura vegetal amazônica. Essa redução possivelmente se deu pelo maior estímulo a prevenção da doença com aumento do número de testes rápidos e distribuição de mosquiteiros com inseticidas, e tais medidas podem ter efeitos benéficos que se sobressaíram aos danosos da degradação ambiental. Ademais, o aumento do número de casos a partir de 2016 pode estar associado ao afrouxamento das medidas preventivas. Assim, percebe-se a importância de reforçar políticas públicas de continuidade do controle e da prevenção da doença, bem como de proteção ambiental

    Brazilian Flora 2020: Leveraging the power of a collaborative scientific network

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    International audienceThe shortage of reliable primary taxonomic data limits the description of biological taxa and the understanding of biodiversity patterns and processes, complicating biogeographical, ecological, and evolutionary studies. This deficit creates a significant taxonomic impediment to biodiversity research and conservation planning. The taxonomic impediment and the biodiversity crisis are widely recognized, highlighting the urgent need for reliable taxonomic data. Over the past decade, numerous countries worldwide have devoted considerable effort to Target 1 of the Global Strategy for Plant Conservation (GSPC), which called for the preparation of a working list of all known plant species by 2010 and an online world Flora by 2020. Brazil is a megadiverse country, home to more of the world's known plant species than any other country. Despite that, Flora Brasiliensis, concluded in 1906, was the last comprehensive treatment of the Brazilian flora. The lack of accurate estimates of the number of species of algae, fungi, and plants occurring in Brazil contributes to the prevailing taxonomic impediment and delays progress towards the GSPC targets. Over the past 12 years, a legion of taxonomists motivated to meet Target 1 of the GSPC, worked together to gather and integrate knowledge on the algal, plant, and fungal diversity of Brazil. Overall, a team of about 980 taxonomists joined efforts in a highly collaborative project that used cybertaxonomy to prepare an updated Flora of Brazil, showing the power of scientific collaboration to reach ambitious goals. This paper presents an overview of the Brazilian Flora 2020 and provides taxonomic and spatial updates on the algae, fungi, and plants found in one of the world's most biodiverse countries. We further identify collection gaps and summarize future goals that extend beyond 2020. Our results show that Brazil is home to 46,975 native species of algae, fungi, and plants, of which 19,669 are endemic to the country. The data compiled to date suggests that the Atlantic Rainforest might be the most diverse Brazilian domain for all plant groups except gymnosperms, which are most diverse in the Amazon. However, scientific knowledge of Brazilian diversity is still unequally distributed, with the Atlantic Rainforest and the Cerrado being the most intensively sampled and studied biomes in the country. In times of “scientific reductionism”, with botanical and mycological sciences suffering pervasive depreciation in recent decades, the first online Flora of Brazil 2020 significantly enhanced the quality and quantity of taxonomic data available for algae, fungi, and plants from Brazil. This project also made all the information freely available online, providing a firm foundation for future research and for the management, conservation, and sustainable use of the Brazilian funga and flora
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