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    ESTUDO DE ADEQUAÇÃO DOS ESPAÇOS ABERTOS INTERNOS DO UNICEUB

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    Este trabalho de Pesquisa de Iniciação Científica é resultado da investigação e análise da utilização dos espaços abertos internos do Centro Universitário de Brasília, no qual foi realizado um estudo quali-quanti (que utiliza métodos de pesquisas qualitativas e quantitativas) baseado em três etapas: Grupo Focal 1, Grupo Focal 2 e aplicação de 300 questionários, respectivamente. Na primeira etapa (grupo focal 1), o moderador guiou um grupo de sete funcionários da instituição a construírem um dado dialogado de forma coletiva, com o objetivo de estudar e entender as visões dos entrevistados. Na segunda etapa (grupo focal 2), o mesmo procedimento metodológico foi realizado com nove estudantes da universidade, com o objetivo de comparar os pontos de vista do primeiro com o segundo grupo, cada reação foi observada e registrada para melhor análise. Por fim, a terceira etapa compreende a análise dos Grupos Focais e elaboração de perguntas destinadas à aplicação de trezentos questionários, a fim de abranger uma amostra maior para o estudo.Ao longo das três etapas, verificou-se grande insatisfação por parte de alunos e funcionários relacionadas tanto aos espaços abertos, quanto aos fechados, indicando um problema maior do que o imaginado inicialmente. A discussão aponta que há falta de espaços de qualidade para descansar, estudar e comer, fazendo a maioria das pessoas utilizar soluções práticas para suprirem as necessidades enfrentadas diariamente, bem como frequentar lugares externos entre os intervalos das aulas, voltar para casa, descansar na casa de colegas que moram próximos à universidade, ou, até mesmo, passar o tempo dentro dos veículos. Assim, utilizam de meios improvisados na tentativa de garantir o bem-estar durante a jornada de trabalho e estudo.Conclui-se, portanto, que há a necessidade de utilizar de melhor forma os espaços fornecidos pela universidade. Primeiramente, utilizando as “zonas mortas” (como estacionamentos e áreas vazias) para instalar mobiliários, arborização a fim de atender as necessidades dos estudantes e funcionários da instituição. Segundo, incentivando os estudantes a se deslocarem para o Centro Universitário de Brasília por meio de caronas solidárias ou de transportes limpos, como a bicicleta, disponibilizando bicicletários em todo o campus. Terceiro, criando políticas de incentivo à permanência na universidade por mais tempo com o intuito de diminuir o uso de transporte de veículos poluidores (veículos individuais motorizados) e incentivar a integração entre os alunos, os funcionários e a universidad

    ESPAÇOS “UNE CEUB” – PROPOSTA DE INTERVENÇÕES URBANÍSTICAS NOS ESPAÇOS INTERNOS DO UNICEUB

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    Sabe-se que as cidades brasileiras apresentam a atenção voltada aos veículosmotorizados individuais, fomentado também por conta da sua morfologia, cujascaracterísticas se assemelham às cidades americanas. Brasília, sob este mesmoviés, apresenta problemas ainda mais preocupantes, por ter sido desenhadacom base nos princípios modernistas, em que segregam-se suas funções,ampliando as distâncias entre o morar e o trabalhar, estimulando, portanto, o usoexacerbado dos carros. Neste contexto, cabe apontar que muitas das áreas deinstituições de ensino superior, acabam por reproduzir o que ocorre no espaçourbano, haja vista necessitarem abrigar os carros que circulam na cidade edestinam-se às suas dependências. Sob esta perspectiva, esta pesquisa visaapresentar uma análise comparativa entre os espaços internos do UniCEUB(Instituição de Ensino Superior) e o espaço onde está inserida. Para tanto, apesquisa realizou-se em três etapas de investigação: qualitativa, quantitativa eintervenção. A primeira, constituiu-se da realização de três Grupos Focais,compostos – separadamente e nesta sequência, para alcançar melhoresresultados – por estudantes, professores e funcionários da instituição. Emseguida, o estudo obteve um caráter quantitativo, em que foram aplicadostrezentos questionários no campus da Asa Norte (local da intervenção) emdiferentes momentos: antes, durante e depois da intervenção. Por fim, após asanálises dos dados, das duas etapas descritas anteriormente, ocorreu aintervenção, em que uma parte de um dos estacionamentos interno privativo dosprofessores foi fechada durante um único dia da semana. Como achados, osGrupos Focais tiveram suas especificidades vinculadas às funções inerentes aostrês grupos, mas, em geral, verificou-se que os blocos (e suas imediações) emque os frequentadores realizam suas atividades, acabam sendo as áreas maisutilizadas, ou seja, não há muita interação com pessoas de outros blocos pornão fazerem parte do “pedaço” (Magnani, 1993). Nos questionários, observouseque muitos não percebem o estacionamento como empecilho aosdeslocamentos, uma vez que este espaço faz parte do cotidiano, dentro e forada instituição. Por outro lado, ao se retirarem os carros para a realização daintervenção, só então a presença do estacionamento é vista como um incômodo,o que mostra que a acupuntura urbana (Lerner, 2003), torna-se uma boaestratégia de conscientização acerca desta problemática. Verificou-se, ainda,que um dos motivos pelos quais as pessoas escolheram estar na intervenção foisimplesmente passar o tempo, item explorado de forma indireta nas atividadesopcionais de Gehl (2010), mas não tendo um encaixe perfeito. Por isso, alémdesta atividade e das necessárias e sociais, a pesquisa acrescentou “passar otempo”, exigindo também certa qualidade ao ambiente físico. Dessa forma,recomenda-se que a instituição repense os pontos supracitados a fim desolucionar as questões da comunidade acadêmica, além de estimular amobilidade ativa com o intuito também de melhorar a convivência no campus e,assim, impulsionar o desempenho laboral e acadêmico de toda a comunidadeda instituição. Por fim, cabe apontar que a instituição reflete o que ocorre nacidade, voltando a sua atenção aos carros e não às pessoas (Gehl, 2010) eestas, muitas vezes, não percebe
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