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Estilos parentais dos pais de crianças com perturbação de hiperactividade e défice de atenção
A presente investigação teve como objectivo estudar a relação entre o diagnóstico de
Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção nas crianças e o Estilo Parental
adoptado pelos respectivos pais para a educação dos seus filhos. Foi recolhida uma
amostra de conveniência constituída por 50 crianças (36 do género masculino e 14 do
género feminino), com idades compreendidas entre os 5 e os 14 anos de idade, com
diagnóstico de Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção e um representante educacional de cada criança (pai/mãe). Os instrumentos utilizados foram o Questionário de Conners para pais e professores e o Inventário de Estilos Parentais. De uma forma geral, os resultados demonstram que não existem diferenças estatisticamente significativas nos Estilos Parentais adoptados pelos pais, quer para rapazes quer para raparigas, assim como a idade dos pais não exerce influência sobre os Estilos Parentais postos em prática na educação dos filhos. Na avaliação de diagnóstico de hiperactividade, os pais são mais severos em relação aos professores e ao mesmo tempo não se verificam diferenças estatisticamente significativas na avaliação de pais e professores no que se refere às diferenças de género. Quanto à avaliação feita por pais e professores, as crianças com idades entre os 5 e os 8 anos de idade, apresentam maior grau de hiperactividade e são a faixa etária que representa diferenças significativas na prática educativa "abuso físico", evidenciando valores mais altos quando comparada com a faixa etária dos 9 aos 14 anos de idade. Apesar de os pais serem severos na avaliação do diagnóstico dos seus filhos, a prática educativa mais utilizada é o “Comportamento Moral”. Espera-se que estes resultados possam contribuir para a investigação nesta área e para a criação de intervenções eficazes que permitam aos pais adaptar um estilo parental que vá de encontro às necessidades que a patologia requer.This investigation aims to assess the relationship between the diagnosis of Attention
Deficit Hyperactivity Disorder in children and the Parental style adopted in these children’s up-bringing. A consecutive sample of 50 children (36 male and 14 female) between the ages of 5 to 14 years old, with Attention Deficit Hyperactivity Disorder and an educational representative of each child (parent) was collected. The assessing
instruments for this investigation were: the Conner’s Questionnaire for parents and
teachers and the Parenting Styles Inventory. The overall results revealed no statistically
significant differences between the Parenting Styles adopted by these parents, either for
the boys or the girls, as well as the parents´ age presented no influence on Parenting
Styles put into practice in the up-bringing of their children. In the diagnostic evaluation
of hyperactivity, the parents are more severe than teachers and at the same time there
are no statistically significant differences in the assessment of parents and teachers in
regards to gender differences. Regarding the evaluation made by parents and teachers,
children with ages between 5 to 8 years old present a higher degree of hyperactivity and
it is this age group that accounts for significant differences in the educational practice of “physical abuse”, showing higher values in comparison to the age group of 9 to 14 years old. Despite the parents being strict in the diagnostic assessment of their children, the
most widely used educational practice is the “Moral Behaviour”. It is hoped that these
findings can contribute in this area of research and create effective interventions that
enable parents to tailor a parenting style that goes according to the needs that the pathology requires