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    Turismo, desenvolvimento e sustentabilidade na ilha do Marajó

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    O turismo, enquanto atividade socioeconômica, tem influenciado positivamente na economia mundial, contribuindo para geração de emprego, entrada de receitas, instalação de infraestrutura etc. tornando-se, por isso, uma atividade prioritária em políticas e ações governamentais. Todavia, experiências da atividade, por todo mundo, também têm resultado em inúmeros impactos negativos sobre o ambiente natural e sociocultural. Esse contexto tem demandado por pesquisas científicas críticas e integradoras, considerando a necessidade de avaliação dos modelos de desenvolvimento adotados para o turismo, partindo de uma perspectiva de análise multi e inter disciplinar, observando-o como uma fenômeno social, o que possibilitará uma melhor compreensão do mesmo e contribuirá para a construção de caminhos mais sustentáveis para seu desenvolvimento. É nesta perspectiva, que o presente artigo se coloca, realizando uma abordagem crítica sobre o turismo na Ilha do Marajó, destacando a necessidade de se relativizar a forma como esse turismo vem sendo desenvolvido nessa região, buscando contribuir para abordagens holísticas e críticas da atividade, atrelada à possibilidade da mesma colaborar para um desenvolvimento sustentável do Marajó, pois embora a atividade se desenvolva há décadas, pouco ou quase nada tem contribuído para a melhoria das condições de vida da população, nos locais onde o mesmo vem sendo realizado. Em uma região que concentra os mais baixos índices de desenvolvimento humano do Pará e do Brasil, é imprescindível que qualquer atividade que objetive contribuir para a mudança desse cenário, considere essa realidade e parta do atendimento das demandas locais do povo marajoara.Palavras-chave: Marajó. Desenvolvimento Sustentável. Turismo

    Turismo de base comunitária: em busca de caminhos sustentáveis para o turismo na ilha do Marajó (Edição 524)

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    Nas últimas décadas o turismo tem se destacado como uma das mais importantes atividades socioeconômicas da sociedade contemporânea e tem provocado forte influência na economia e no desenvolvimento mundial. Porém, não obstante sua importância, o turismo também tem se revelado uma atividade excludente, que privilegia uma pequena parcela da sociedade, em detrimento do interesse de uma maioria, e isso é reflexo do ideário desenvolvimentista neoliberal. Esse contexto, tem provocado a busca por novas formas de promover o turismo, desatrelado da lógica desenvolvimentista e essas práticas vêm ganhando a atenção das pesquisas científicas sobre essa atividade. Entre as novas formas de promover a atividade turística destaca-se o Turismo de Base Comunitária – TBC, concebido como uma forma de organização amparada na autogestão sustentável dos recursos patrimoniais comunitários, na cooperação no trabalho e na distribuição dos benefícios gerados pela prestação dos serviços turísticos aos comunitários, refletindo ainda, uma reação das sociedades locais ao modelo excludente de desenvolvimento da atividade e a busca, pelos turistas, de experiências mais autênticas. É nesse contexto, que este artigo se apresenta, fazendo uma análise crítica sobre o turismo desenvolvido há décadas na Ilha do Marajó e trazendo a experiência do Turismo de Base Comunitária que vem sendo desenvolvida pela Comunidade do Pesqueiro, no Município de Soure, região leste da Ilha, que configura-se como um embrião de uma nova forma de fazer turismo no Marajó, que vem contribuindo para o protagonismo local, gerando benefícios reais e diretos às Comunidades que foram, há décadas, excluídas do modelo de desenvolvimento turístico implantado na ilha do Marajó.Palavras-chave: Marajó. Desenvolvimento. Turismo
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