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    Achados oftalmológicos nos recém-nascidos com infecção congênita pelo Zika Vírus: uma revisão bibliográfica / Ophthalmological findings in newborns with congenital Zika Virus infection: a literature review

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    Objetivo: Identificar as afecções oftalmológicas provocadas pela infecção congênita do ZIKV em RN. Métodos: Foi realizada uma revisão narrativa sobre achados oftalmológicos nos recém nascidos com infecção congênita pelo zika vírus, utilizando os descritores “ophthalmology”, “pediatric” e “Zika virus”. Resultados e discussão: Os artigos científicos encontrados demonstraram que a SCZ em RN está associada à microcefalia e a diversos achados oftalmológicos. Dentre as alterações, estão: astigmatismo, hipermetropia e miopia, além de anormalidades da retina, da mácula e do nervo óptico, assim como acometimentos do segmento ocular anterior. Devido ao tropismo neurológico desse vírus, culminou-se na descoberta das manifestações oculares. Apesar do amplo espectro de achados oculares descritos na literatura, os achados oculares mais típicos na SCZ são os acometimentos do segmento posterior do olho, como a retina e o nervo óptico. Considerações finais: A SCZ está associada a diversas afecções oftalmológicas, que acometem principalmente o segmento posterior do olho e que podem estar presentes mesmo em lactentes sem outras anormalidades do SNC. Portanto, recomendamos que testes de triagem oftalmológica sejam feitos em RN sob risco de exposição pré-natal ao ZIKV, sobretudo em áreas endêmicas, independentemente da presença de microcefalia

    Aspectos relevantes do manejo e escolha da via de parto em gestantes com COVID-19 / Relevant aspects of management and choice of delivery route in pregnant women with COVID-19

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    A síndrome respiratória aguda grave do coronavírus 2 (SARS-CoV-2) possui alta taxa de transmissibilidade. A gravidez e o parto geralmente não aumentam o risco de adquirir a infecção por SARS-CoV-2, mas parecem piorar o curso clínico da COVID-19. Nas gestantes com COVID-19, a via de parto deve ser direcionada de acordo com fatores obstétricos, condições clínicas e autonomia da mulher. Logo, o obstetra deve considerar o risco de vida materno-fetal para tomar decisões no cenário atual de pandemia.  Discutir o manejo e a escolha da via de parto em gestantes com suspeita ou confirmação de COVID-19. Os bancos de dados Pubmed e UpToDate foram pesquisados eletronicamente com combinações das palavras coronavírus, gestação e parto, restringindo-se ao idioma inglês e último ano, além dos protocolos do Ministério da Saúde. Para mulheres com suspeita ou confirmação de COVID-19, os cuidados apropriados devem ser tomados na hora do parto. As gestantes devem ser estratificadas de acordo com o seu risco, para determinar a disposição da paciente e o tipo de precauções de controle de infecção exigidas pela equipe de saúde, como o uso de EPIs. A COVID-19 não representa uma indicação para alterar a via de parto. As decisões de parto e interrupção da gravidez devem ser baseadas na idade gestacional, condição materna, estabilidade fetal e desejos maternos, e o parto cesáreo será realizado por indicações obstétricas padrão. A observação da prática assistencial é que a cesárea pode piorar a condição materna. Precauções especiais são necessárias para minimizar a infecção cruzada de profissionais de saúde durante a realização do parto. Ademais, a COVID-19 não é uma indicação para alterar a via planejada de parto, pois o parto cesáreo não parece reduzir o já baixo risco de transmissão vertical.
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