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    Cirurgias oncológicas da mama e cirurgias reconstrutivas: tendências e proporções / Oncological breast surgeries and reconstructive surgeries: trends and proportions

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    Introdução: O câncer de mama é um problema de saúde pública de ordem global. Estima-se cerca de 2.088.849 novos casos no mundo em 2018. Em geral, a sobrevida média é alta, chegando a 85%, nos países desenvolvidos, após cinco anos do diagnóstico. Com essa grande porcentagem de sobrevida, muitas pacientes terão sequelas do tratamento, necessitando de procedimentos reconstrutivos da mama. Objetivo: Identificar as tendências das cirurgias oncológicas da mama e das plásticas mamárias reconstrutivas no Brasil, além de verificar a proporcionalidade entre elas. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica analítica transversal com abordagem quantitativa. Os dados foram extraídos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) por meio do DataSUS, analisando o período entre 2014 e 2019. Resultados: Foram realizadas 635.455 cirurgias da mama devido ao câncer de 2014 a 2019, com aumento anual dos procedimentos. As cirurgias conservadoras aumentaram em 9,15% e a mastectomia simples em 23,69%, já a mastectomia radical caiu 4,54%. A reconstrução com implante de prótese de silicone teve poucas oscilações, enquanto a reconstrução com retalho miocutâneo teve crescimento. A plástica mamária não estética aumentou em 49,44%. Quanto à proporção, em 2014, eram 1,77 cirurgias oncológicas para 1,0 reconstrutiva, já em 2019, foram 1,44 para 1,0. Discussão: O crescimento de procedimentos curativos e reconstrutivos vão ao encontro do aumento dos casos de câncer de mama. No Brasil, foram apresentados 59.700 novos casos, em 2019, enquanto para 2020, estima-se 66.280, incremento de 11,02% em apenas um ano. Conclusão: No período de 2014 a 2019, teve acréscimo de cirurgias conservadoras e de mastectomias simples, bem como de linfadenectomias axilares, com queda de mastectomias radicais. As reconstruções aumentaram, especialmente aquelas que utilizam retalho miocutâneo. A proporção entre cirurgias curativas e cirurgias reconstrutivas mostrou menor discrepância com o avançar dos anos, porém outros estudos são necessários para confirmar esta situação. 

    Transtorno do espectro autista: coesão e adaptabilidade familiar / Autistic spectrum disorder: family cohesion and adaptability

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    Introdução: O autismo é definido como uma deficiência de neurodesenvolvimento de amplo espectro, caracterizada por deficiências na comunicação social e comportamentos ou interesses repetitivos, ambos em vários graus. Objetivo: Avaliar a coesão e a adaptabilidade de famílias que apresentam um membro com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Metodologia: Pesquisa de campo, descritiva, exploratória, transversal com abordagem qualitativa e quantitativa. Foi utilizado um questionário sociodemográfico de autoria própria e o questionário Family Adaptability and Cohesion Scale II (FACES II), para avaliar a adaptabilidade e a coesão familiar, sendo que ambos foram disponibilizados de forma online pela plataforma Google Forms. Resultados: A amostra é caracterizada pela presença de 10 mulheres, sendo que todas se identificaram como mães do membro familiar portador do TEA. Em relação à coesão, 4 (40%) das famílias foram classificadas como desmembradas, 3 (30%) como muito ligadas e 3 (30%) como ligadas, uma vez que não foram identificadas famílias desmembradas. Já em relação à adaptabilidade, 4 (40%) das famílias foram classificadas como muito flexível, 4 (40%) como flexível, 2 (20%) como estruturada e nenhuma família rígida. Discussão: O diagnóstico de uma doença crônica, como o autismo, traz consigo um conjunto de sentimentos e promove um impacto familiar importante, acarretando mudanças na rotina diária e nas relações entre seus componentes. Portanto, a adaptação depende de muitas variáveis, não ocorrendo de maneira linear e progressiva. Conclusão: Apesar de várias famílias da pesquisa terem apresentado resultados positivos de coesão e adaptabilidade, de forma geral famílias que possuem um membro autista, tendem a ser menos coesas e adaptadas
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