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    Doença de Paget do mamilo em paciente octogenária: um achado incomum

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    A Doença de Paget do mamilo é uma manifestação incomum do câncer de mama, sendo mais prevalente em mulheres na 6ª década de vida, no período da pós-menopausa. Geralmente, tal patologia pode estar associada ao carcinoma intraductal mamário. Sua principal manifestação clínica é a presença de lesão eczematosa e pruriginosa mamilar, de longa data e que não apresenta melhora, apesar de terapias tópicas dermatológicas. Relatamos o caso de uma paciente feminina, de 88 anos, encaminhada para consulta ginecológica, oriunda do ambulatório de dermatologia com quadro de lesão escamosa, eczematosa e exuberante em mamilo direito, associada a descamação e prurido, sem dor ou tumoração local e sem melhora com tratamento tópico, há aproximadamente um ano. Foi submetida a biópsia incisional do mamilo que mostrou epiderme fragmentada e espongiótica, inconclusiva. Somente após o resultado da imuno-histoquímica a qual mostrou positividade para expressão de citoqueratina 7, HER-2 positivo 3+/3+, receptor de estrogênio negativo e marcador de histogênese melanocítico não-reagente, que se confirmou tratar-se de Doença de Paget do Mamilo. Portanto, destacamos a importância da anamnese detalhada para qualquer paciente com eczema ou rash mamilar, independe da idade, devendo sempre ser aventado a possibilidade de Doença de Paget, tendo-se em vista que o atraso no diagnóstico pode impactar na terapêutica específica, aumentando assim a possibilidade de disseminações metastáticas e comprometendo seu prognóstico

    Sofrimento, cotidiano e enfrentamento de mulheres com Câncer de Mama: subsídios para intervenções da terapia ocupacional

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    O câncer de mama ocasiona importantes alterações na imagem corporal das mulheres e afeta diretamente a estética feminina. Diante do grande impacto gerado pela referida patologia, o objetivo dessa pesquisa foi o de identificar os principais aspectos que ocasionam o sofrimento na mulher diagnosticada com câncer de mama; a influência desse sofrimento nas atividades do cotidiano e as medidas de enfretamento adotadas por essas mulheres para assim, discutir as possibilidades de intervenções da Terapia Ocupacional junto a essa população. A metodologia utilizada foi revisão sistemática da literatura no período de 2003 a 2013, utilizando a base de dados Lilacs com os descritores “câncer de mama e sofrimento”. Foram analisados 15 artigos e os resultados apontam que os fatores que mais geram sofrimento são os físicos, ocasionados pela dor e deformidades físicas, seguidos dos aspectos emocionais, e que esses sofrimentos influenciam diretamente as atividades de vida diária, de trabalho e lazer. As questões relativas ao sofrimento também ocasionam mudanças nas relações familiares e na atividade sexual. Os aspectos relacionados ao enfrentamento da doença são descritos pelos autores como apoio da família, participação em grupos de apoio e religiosidade. Os subsídios para a atuação da terapia ocupacional junto às mulheres com câncer de mama são amplos e perpassam por várias etapas do tratamento, desde a prevenção, até a alta ou óbito da paciente. Os atendimentos podem ser individuais ou grupais, e o profissional poderá estender o atendimento a toda a família da mulher diagnosticada com a aludida patologia

    Apendicite aguda: a percepção dos médicos assistencialistas

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    O apêndice vermiforme órgão de morfologia tubular e fundo cego, pode ser acometido pelo processo patológico conhecido como apendicite aguda, a qual tem elevada prevalência na população e corresponde à grande incidência de intervenções cirúrgicas. Essa patologia decorre de uma obstrução da luz desse órgão por diversas possíveis causas, sendo por fecálitos a principal. Essa obstrução pode resultar em ulceração da mucosa, gangrena e a ruptura de sua parede, comprometendo, de forma infecciosa e inflamatória, o peritônio. A gravidade do prognóstico piora com a evolução da doença, tendo importância o diagnóstico e a terapêutica precoce. Com base no exposto, o objetivo dessa pesquisa foi avaliar a percepção dos médicos acerca dos seus métodos diagnósticos e terapêuticos preferenciais a respeito dessa patologia e suas demais percepções sobre esse tema. Essa pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética e pesquisa para sua realização. Foram empregados questionários preparados no Google Forms com divulgação desse por meio de instrumentos da internet destinados a médicos que atuam na terapêutica da apendicite aguda. Os dados obtidos foram tabulados por meio do programa Excel para constatação dos resultados obtidos.  A faixa etária de maior frequência entre os participantes corresponde a 31 a 35 anos e 36 a 40 anos. O tempo médio de formados foi de 11 anos. A especialidade mais prevalente observada no questionário foi cirurgia geral. A quantidade de apendicectomias realizadas pelos participantes foi de mais de 101 procedimentos. O sintoma característico da apendicite, auxiliar no diagnóstico, foi de dor em fossa ilíaca direita seguido por náusea e vômitos. O exame mais citado foi o Hemograma, sendo que como de imagem, o mais prevalente foi a tomografia computadorizada. A complicação de maior prevalência observada foi a infecção de ferida operatória. A maioria dos voluntários informou que prescreve antibióticos apenas casos específicos. Com relação ao tempo de espera entre o diagnóstico e a realização do procedimento, a maioria dos participantes informou que não é uma prática comum deixar o procedimento para o dia seguinte, porém, a segunda resposta mais citada foi a de aguardar o dia seguinte “devido a mais de uma razão”. A frequência em que, ao realizar o procedimento cirúrgico, o diagnóstico de apendicite aguda não se confirmou, foi a mais citada entre os médicos participantes que informaram que, ainda assim, a cirurgia “ocorreu e o apêndice foi removido”. A videolaparoscopia foi o método terapêutico com maior número de escolhas. Quanto à solicitação de exames de imagem para a confirmação diagnóstica a maioria dos voluntários apontou que a realiza “frequentemente” e, a segunda resposta mais escolhida entre os respondentes foi “em todos os casos”. Assim, os dados apontam que a apendicectomia é uma prática cirúrgica frequente entre os profissionais, sendo que a videolaparoscopia foi o método cirúrgico de escolha da maioria, independente do tempo de atuação do cirurgião. A conduta perante o uso da antibioticoterapia no sistema particular de saúde é mais frequentemente utilizada do que quando comparadas ao seu uso no sistema público. Além disso, quase todos os médicos constataram que já presenciaram casos de apendicectomia negativa, o que evidencia a importância de um diagnóstico preciso. Entretanto, é surpreendente que mesmo com todos os dados já comprovados pela literatura de que diagnóstico e tratamento precoces estão relacionados a menor índice de complicações, ainda 65% dos cirurgiões relatam o adiamento dessa cirurgia do dia para a noite

    Terapia fotodinâmica no tratamento das Neoplasias Intraepiteliais Cervicais: uma longa revisão bibliográfica

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    Introdução: O papilomavírus humano (HPV), é um vírus sexualmente transmissível cuja infecção predispõe a neoplasia intraepitelial cervical (NIC) a qual pode evoluir para um câncer do colo do útero. Os principais tratamentos utilizados atualmente para HPV e NIC, apesar de serem eficazes, são invasivos, ocorrendo efeitos adversos. A terapia fotodinâmica (TFD) é uma novidade terapêutica alternativa para essas terapias convencionais e trata o paciente de forma minimamente invasiva erradicando células-alvo, preservando regiões saudáveis e evitando toxicidade sistêmica. Objetivo: Esta revisão teve como objetivo ampliar e atualizar as informações sobre a TFD, a respeito do seu mecanismo de ação, dificuldades, os benefícios para a qualidade de vida das pacientes e suas vantagens em relação a outros tratamentos utilizados atualmente. Metodologia: Foi feito um levantamento eletrônico de artigos nacionais e  internacionais, entre os anos de 2002 a  2022, disponibilizados nas bases de dados Scielo, Google Acadêmico e Pubmed. Revisão: As neoplasias intraepiteliais cervicais em sua grande maioria têm como precursor o HPV, as quais podem evoluir para um carcinoma cervical. Existem diversas  formas de tratamento tradicionais que possuem menores benefícios em relação a um método alternativo como a terapia fotodinâmica. Conclusão: A Terapia Fotodinâmica vem se mostrando segura e eficaz para eliminar seletivamente células tumorais, evitando efeitos sistêmicos de toxicidade e preservando o tecido saudável. Sendo assim, a TFD apresenta vantagens claras em relação a outras modalidades de tratamento: não apresenta efeitos colaterais a longo prazo, menos invasiva que métodos cirúrgicos e pode ser direcionada a um tecido alvo com muita precisão

    Drogas na gestação e seus agravos: do feto ao adulto

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    O uso de drogas na gravidez é um problema complexo de cunho social e de saúde pública. Com ocorrência crescente na população mundial, resulta no aumento da morbiletalidade materno-fetal, com maiores taxas da exposição às drogas e da síndrome de abstinência neonatal, além de prejuízos no desenvolvimento subsequente das crianças expostas a tais substâncias. Considerando a relevância deste tema, este trabalho teve como objetivo rever questões de interesse social sobre o abuso das drogas lícitas e ilícitas quando utilizadas por gestantes, visando conhecer as consequências físicas e psicossociais desta prática para a gestante e o feto. Para isto, foi elaborada uma revisão da literatura, utilizando artigos buscados nas bases de dados PubMed, Scielo, BBC, Google Acadêmico e Bireme por meio dos descritores drogas, cocaína, crack maconha, tabaco, álcool, gestação, morfologia fetal e atenção primária. É de extrema importância ressaltar que as drogas acarretam danos não só a mãe, como também ao feto, que pode sofrer consequências desse abuso desde o nascimento. Desse modo, é valido tratar esse tema com seriedade, já que ainda sofre os efeitos de uma sociedade que lida com certo preconceito sobre este assunto. Em virtude da variedade de fatores sociais, comportamentais e biomédicos, as usuárias devem receber orientações acerca dos riscos pré e pós-parto causados pelas drogas de abuso. A construção de uma relação médico-paciente desprovida de preconceitos e baseada em confiança recíproca é fundamental para um pré-natal de sucesso. Após o parto, o seguimento das mães e dos recém-nascidos deve prosseguir em serviços devidamente capacitados.&nbsp

    Importância da assistência pré-natal na saúde mental das gestantes

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    O pré-natal corresponde a uma série de exames e consultas realizados durante o período gestacional, com intuito de promover a manutenção do bem-estar da gestante ao longo deste período, acompanhando todas as mudanças físicas e emocionais durante essa fase tão delicada e complexa. Permite também avaliar o adequado desenvolvimento do feto. Ainda, tem como finalidade informar e orientar as gestantes sobre sua evolução, sobre o parto, sobre os cuidados e possíveis complicações. Considerando a importância deste tema, o objetivo deste estudo foi avaliar, por meio de revisão da literatura, os impactos da assistência pré-natal na saúde mental das gestantes, além de chamar a atenção às questões relacionadas ao bem-estar materno. Foi realizado uma revisão da literatura, utilizando artigos buscados nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e Google Scholar por meio dos descritores pré-natal, gestação, saúde mental, saúde materna, ansiedade, depressão, transtornos mentais e atenção primária à saúde. Sabe-se que durante a gravidez, a mulher atravessa momentos de dificuldades físicas e psicológicas, com forte acometimento emocional. Assim sendo, é de suma importância a promoção da saúde mental, além de apoiar a gestante a assegurar a busca pelo bem-estar do binômio mãe-feto. Nesse viés, se faz necessário um acompanhamento pré-natal multidisciplinar, com escuta qualificada e acolhimento, que possa oferecer as gestantes um tratamento integral, abrangendo desde os aspectos psicológicos, até mesmo os farmacológicos

    Associação da terapia de reposição hormonal e o desenvolvimento do Câncer de Mama e de Endométrio

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    A terapia de reposição hormonal (TRH) é amplamente utilizada pelas mulheres para o tratamento de sintomas da pós-menopausa e, geralmente, se trata da administração de estrogênio associado progesterona, ou apenas o estrogênio isolado. Contudo, apesar de seus vários benefícios, a TRH pode trazer malefícios, entre eles o câncer de mama e de endométrio. Este trabalho consiste em uma revisão sistemática da literatura científica, com o objetivo de compreender a relação da TRH e a ocorrência do câncer de mama e de endométrio. Evidências demonstraram que algumas neoplasias mamárias possuem receptores específicos para o estrogênio, principal hormônio utilizado na terapia, que podem estimular a proliferação tumoral. Por isso, é recomendado que a terapia seja realizada com a associação de outros hormônios que podem amenizar ou inibir o efeito estrogênico, como o exemplo dos androgênios. Da mesma forma, a terapia que utiliza estrogênio também oferece risco para o desenvolvimento do câncer endometrial. Portanto, para se tomar a decisão consciente de realização ou não de TRH na entrada na menopausa, é necessário considerar uma diversidade de fatores durante a coleta da história clínica e conscientizar a paciente de seus futuros riscos ou até contraindicar totalmente a terapia. Por fim, a composição da TRH é o fator que mais influência no risco de desenvolvimento de câncer de mama e de câncer de endométrio, sendo assim, a decisão do médico responsável sobre terapia combinada ou isolada é crucial
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