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    Mortalidade Materna por Hemorragia no Brasil / Maternal Mortality from Hemorrhage in Brazil

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    INTRODUÇÃO: A mortalidade materna define-se como aquela em que o desfecho ocorre durante a gravidez ou em um prazo de 42 dias após o fim da gestação. Óbitos decorrentes de eventos hemorrágicos são a causa mais evitável de morte materna no mundo, e suas principais causas são: aborto, placenta prévia, ruptura uterina, descolamento prematuro da placenta, traumas, coagulopatias e hemorragias pós-parto, que, inclusive, podem e devem ser evitadas com o devido tratamento obstétrico. É por isso que a análise do perfil epidemiológico e da prevalência da mortalidade materna por hemorragia pós-parto no Brasil motivou a escrita deste artigo, a fim de alertar aos profissionais de saúde sobre a necessidade de melhorias nos serviços de atenção à saúde da mulher, já que, de acordo com a literatura, 95% dos óbitos maternos no mundo poderiam ser evitados. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura com busca nas bases de dados U.S National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO) utilizando os descritores “Maternal Mortality” e “Obstetric Hemorrhage”. RESULTADOS: Dos artigos analisados, disponíveis em periódicos nacionais e internacionais, foram selecionados 20, publicados entre os anos de 2011 e 2020. Dentre eles, doze são revisões de literatura, três são estudos descritivos, três são estudos coortes, um consiste em estudo multicêntrico e um outro é estudo transversal. DISCUSSÃO: No cenário brasileiro, o estudo descritivo populacional de Souza et al (2013) analisou a Razão da Mortalidade Materna (RMM) devido à hemorragia. Evidenciou-se através da coleta do total de mortes maternas do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), que 3179 óbitos (14,26%) estavam relacionados à hemorragia e, destas, 41% representavam a hemorragia pós- parto. CONCLUSÃO: O Brasil ainda está distante de reverter o cenário atual de mortalidade materna, principalmente aquelas causadas por hemorragia, revelando desigualdades regionais e estruturais intimamente relacionadas a esse tipo de óbito. Apesar da criação de políticas públicas de assistência à gestante e de tecnologias para intervir na hemorragia obstétrica, o Brasil ainda não alcançou resultados desejáveis, como demonstrado na literatura, sendo necessário aprimorar o manejo da hemorragia pós-parto e investir em ações que garantam a saúde da mulher em seu âmbito materno e pós-materno
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