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    A produção da saúde e a população do campo: uma experiência no assentamento de reforma agrária em Pernambuco – Brasil

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    Este estudo objetiva analisar a produção da saúde no campo, a partir de vivências em assentamento rural vinculado ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), na Região Metropolitana de Recife, Pernambuco. O estudo é fruto de um projeto de extensão desenvolvido por residentes em saúde da família e saúde coletiva, que visava a fomentar a visibilidade dessa população, vivenciando na prática o que é ser camponês, dialogando com a promoção à saúde, a educação popular e os princípios do movimento em articulação. O projeto foi construído com o setor saúde do MST-PE e teve duração de 12 meses, nos quais se trabalhou o Diagnóstico Rural Participativo, entre outras atividades em encontros quinzenais. A partir das vivências e da análise documental das relatorias e outros documentos, buscou-se sistematizar a produção da saúde no campo, colocando-a em análise. Foram identificadas três categorias principais: organização, incluindo o trabalho em grupo e identidade camponesa; produção da saúde, incluindo sua percepção e determinantes; identidade e lutas da população assentada. Como resultados, considerou-se que a organização e mobilização do assentamento enquanto movimento estão adormecidas, mesmo sendo potentes; que ainda se referenciam em modelos de saúde biomédicos, relacionando saúde com assistência médica e que ações de promoção da saúde ou educativas referenciadas na Educação Popular são poucas, mas podem ser desenvolvidas. A potência do movimento e da articulação dele com as residências em saúde podem sinalizar na perspectiva de resignificação da saúde nos assentamentos e da construção de outros projetos como a Residência em Saúde no Campo

    O CUIDADO EM SAÚDE E A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA REFERENCIADOS NA EDUCAÇÃO POPULAR: UMA HISTÓRIA DE CONVIVÊNCIA COM A REALIDADE DO CAMPO

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    Este relato de experiência conta a história de um projeto de extensão que envolveu o encontro entre profissionais da saúde em formação (residentes em saúde) e famílias camponesas de um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, no município de Moreno/PE, de julho de 2012 a agosto de 2013. Através dessa vivência, referenciada na Educação Popular, foi possível experienciarmos a construção coletiva de outras perspectivas do cuidado, da educação e da formação em saúde, possibilitando o intercâmbio de saberes com a população do campo e os movimentos sociais, fortalecendo a autonomia, a participação social e o cuidado em saúde com base nos conhecimentos populares.
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