1 research outputs found

    Dois ou três níveis de disputa? Aplicando explicações da instabilidade presidencial na América Latina aos casos dos anos 2010

    Get PDF
    The paper reviews explanations about presidential term interruptions in Latin America and applies them to the 2010s cases, which are: Fernando Lugo (Paraguay, 2012); Otto Pérez Molina (Guatemala, 2015); Dilma Rousseff (Brazil, 2016); Pedro Pablo Kuczynski (Peru, 2018); and Evo Morales (Bolivia, 2019). The study sample also includes Legislative decisions to discontinue processes against presidents of Guatemala (2017), Brazil (2017, twice), and Paraguay (2019). The QCA results give support for proposing an alternative to Pérez-Liñán’s (2014) two-level theory and adding a third level of contention related to military intervention, an old-fashioned variable that was decisive in the Evo Morales’ case. Besides having shields in the Legislative and on the streets, Latin American presidents need a shield provided by militarized security forces to protect them from term interruptions, since these corps have gained influence in the democratic politics of the region. Contrary to literature expectations, the presidential exits of the 2010s have not been enough to disperse political tension.O artigo revisa explicações sobre interrupções de mandato presidencial na América Latina e as aplica aos casos dos anos 2010, a saber: Fernando Lugo (Paraguai, 2012); Otto Pérez Molina (Guatemala, 2015); Dilma Rousseff (Brasil, 2016); Pedro Pablo Kuczynski (Peru, 2018); e Evo Morales (Bolívia, 2019). A amostra do estudo também inclui decisões legislativas para descontinuar processos contra presidentes de Guatemala (2017), Brasil (2017, duas vezes) e Paraguay (2019). Os resultados de QCA dão sustento para propor uma alternativa à teoria de dois níveis de Pérez-Liñán (2014) e agregar um terceiro nível de disputa relacionado com a intervenção militar, uma variável antiquada que foi decisiva no caso de Evo Morales. Além de escudos no Legislativo e nas ruas, as/os presidentes latino-americanos precisam de um escudo das forças de segurança militarizadas para protegê-los da interrupção de mandato, já que estes corpos têm ganhado influência na política democrática da região. Contrariamente a expectativas da literatura, as saídas presidenciais dos anos 2010 não têm sido suficientes para dispersar a tensão política
    corecore