2 research outputs found

    Rabdomiólise como efeito adverso ao uso de estatinas: uma revisão bibliográfica

    Get PDF
    Introdução: Dentre os sintomas musculares associados às estatinas (SMAE), a rabdomiólise é, frequentemente, a manifestação de pior prognóstico. Apesar de ser considerada rara, essa condição incorre em um alto nível de mortalidade e possui importante correlação com o tratamento das dislipidemias, já que as estatinas são medicamentos utilizados para essa comorbidade. Logo, o tema abordado tem demonstrado importância na prática clínica e na abordagem farmacológica. Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica acerca dos fatores de risco, manifestações clínicas, métodos diagnósticos e manejo da rabdomiólise induzida por estatinas. Metodologia: Revisão da literatura de caráter analítico e descritivo, seguimos parcialmente a metodologia PRISMA para catalogação dos resultados, sendo selecionados 91 artigos científicos dos quais apenas 44 literaturas foram incluídas na presente revisão. Os artigos foram selecionados a partir das bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e National Library of Medicine (PUBMED). Resultado: A rabdomiólise, como reação colateral das estatinas, está bem documentada na literatura. Verifica-se que é uma condição rara e a mais letal das miopatias induzidas por estatinas, já que diversos fatores endógenos e exógenos atuam como potenciais aditivos ao risco de desenvolvimento dessa condição. O diagnóstico é essencialmente baseado nos níveis de Creatinofosfoquinase (CPK) e na sintomatologia adjacente, especialmente a Insuficiência Renal Aguda (IRA). O manejo terapêutico baseia-se na retirada da estatina, suporte clínico e monitoração. Conclusão: A rabdomiólise é uma condição rara, porém de grande relevância clínica por conta de suas graves repercussões. Sua relação com o uso de estatinas deve ser considerada quando a clínica for sugestiva, principalmente na presença de fatores de risco. A informação aos pacientes a respeito dos riscos envolvidos na terapia de estatinas pode ajudar na identificação da miopatia precocemente. Na presença de sintomas, o manejo é baseado na descontinuação do medicamento associado a medidas de suporte clínico. Além disso, deve-se considerar os diagnósticos diferenciais nos casos de não resolução.&nbsp

    Cardiomiopatia dilatada: aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico

    Get PDF
    A Cardiomiopatia Dilatada (CMD) é uma doença cardíaca caracterizada pela dilatação do coração e diminuição da função contrátil, que pode levar a insuficiência cardíaca e morte súbita. A fisiopatologia da CMD envolve um processo de remodelação ventricular que leva à dilatação e enfraquecimento do músculo cardíaco. Múltiplos fatores, como estresse oxidativo, inflamação, disfunção mitocondrial e alterações no citoesqueleto celular, contribuem para essa remodelação ventricular. Quanto à epidemiologia, trata-se de uma doença rara, que afeta principalmente homens na terceira e quarta década de vida. Em crianças, a maior incidência ocorre em menores de 12 meses, com uma prevalência de 0,57 a cada 100.000 crianças e é mais comum em meninos. A prevalência da doença varia em diferentes países e populações, havendo uma predisposição genética para o desenvolvimento da CMD. O diagnóstico da CMD envolve avaliação clínica, exames laboratoriais, eletrocardiograma, ecocardiograma e ressonância magnética cardíaca. Já a abordagem terapêutica tem como objetivo controlar os sintomas, melhorar a função cardíaca e reduzir o risco de morte súbita. O manejo terapêutico inclui o uso de medicamentos como inibidores da enzima conversora de angiotensina, betabloqueadores e diuréticos, além de intervenções não medicamentosas, como restrição de sal, controle do peso, exercícios físicos supervisionados e nos casos mais graves o implante de um desfibrilador cardíaco ou transplante cardíaco. O prognóstico da CMD melhorou significativamente nos últimos anos com tratamentos farmacológicos, não farmacológicos e diagnósticos precoces por meio de pesquisas familiares. Assim, o acompanhamento regular com um cardiologista e a adesão ao tratamento são essenciais para o controle da doença e melhora da qualidade de vida do paciente
    corecore