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    Prevalência de dislipidemia e sua relação com condições sociodemográficas, de saúde e de comportamento entre usuários da atenção primária à saúde/ Prevalence of dyslipidemia and its relationship with sociodemographic, health and behavioral conditions among users of primary health care

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    Introdução: a dislipidemia é definida pela elevação anormal dos níveis de lipídeos no sangue, sendo um importante fator de risco cardiovascular por estar associado ao desenvolvimento de doenças ateroscleróticas. Objetivo: estimar a prevalência de dislipidemia e sua relação com características sociodemográficas, de saúde e de comportamento em usuários da Atenção Primária à Saúde (APS). Metodologia: trata-se de um estudo transversal realizado em 34 unidades urbanas de APS de Passo Fundo, RS, no qual a dislipidemia foi avaliada por meio de diagnóstico médico autorreferido de hipercolesterolemia e/ou hipertrigliceridemia. A coleta de dados ocorreu de maio a agosto de 2019, por aplicação de questionário a adultos e idosos que aguardavam atendimento nesses locais. A análise estatística incluiu a descrição da amostra, o cálculo da prevalência do desfecho com intervalo de confiança de 95% (IC95) e a verificação da sua distribuição de acordo com sexo, idade, cor da pele, escolaridade, exercício de atividade remunerada, renda, estado nutricional, hábitos alimentares, autopercepção de saúde, diagnóstico médico autorreferido de doenças crônicas prévias (hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e problema cardíaco), tabagismo, consumo de bebida alcoólica e prática de atividade física (teste do qui-quadrado, admitindo-se erro α de 5%). Resultados: na amostra composta por 1.365 participantes, observou-se uma prevalência de dislipidemia de 31% (IC95 28-33), maior conforme aumento da idade (50,6% em pessoas com ≥65 anos; p<0,001), em participantes com excesso de peso (33,7%; p=0,002), hábitos alimentares adequados (43,9%, p<0,001), autopercepção de saúde negativa (41,2%; p<0,001), hipertensão arterial sistêmica (51,1%; p<0,001), diabetes mellitus (64,6%, p<0,001), problema cardíaco (55,1%; p<0,001), não fumantes (32,6%; p<0,001), não etilistas (32,4%; p<0,040) e que praticavam atividade física (36,4%; p<0,001). Conclusão: a dislipidemia apresenta prevalência importante entre os usuários da APS, com diferença de acordo com variáveis específicas, necessitando, assim, da criação e da intensificação de ações estratégicas que visem ao diagnóstico e ao tratamento precoce dessa patologia nessa população
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