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Máquinas urbanas : a adaptação funcional dos grandes equipamentos em obsolescência
Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitectura, apresentada ao Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC.Esta dissertação foca-se na importância crescente detida pelos grandes
equipamentos urbanos no desenvolvimento e caracterização do espaço da cidade
tendo por base o estudo da sua evolução ao longo do tempo.
No contexto europeu, pretende-se analisar o nascimento dos grandes
equipamentos urbanos no século XIX, as circunstâncias da sua geração e o que os
levou a tornarem-se máquinas geradoras de cidade, compreendendo-se o papel
original das “máquinas urbanas” no panorama da Europa industrial.
Centrando-se, de seguida, no Movimento Moderno e nas suas políticas de
organização urbana, explanam-se as alterações do esquema funcional das cidades
modernas e o seu efeito nas “máquinas urbanas” a nível programático e de
integração no tecido da urbe. Dão-se a entender as consequências de uma nova
abordagem à questão da conservação patrimonial que poderia levar grandes
equipamentos urbanos a tornarem-se obsoletos. Do mesmo modo, pretende-se
analisar as medidas que foram tomadas para retirar as “máquinas urbanas” do
estado de obsolescência e as suas repercussões na caracterização e
desenvolvimento urbano contemporâneo.
A dissertação quer assim expor medidas de reestruturação urbana a partir
de uma requalificação, apresentando exemplos contemporâneos concretos de reconversão e adaptação funcional. São analisados quatro exemplos reconhecidos
pela crítica, situados em Espanha – o Museu de Arte Contemporânea de Vigo
(Vigo); a Estação de Caminho de Ferro da Atocha (Madrid); o Museu Nacional
Centro de Arte Reina Sofia (Madrid); e o Mercado de Santa Caterina (Barcelona)–
que representam apostas na qualificação e dinamização urbanas através da
recuperação de grandes equipamentos urbanos. Em paralelo, analisam-se duas
propostas de reconversão próximas de experiências pessoais do autor – o Cluster
Cultural (Coimbra); e o Museu do Carro Eléctrico (Porto) – que remetem para
uma hipotética aplicação de modelos de reconversão no panorama nacional
português, utilizando como suporte os ensinamentos teóricos e práticos já
consagrados