1 research outputs found

    A Tate Gallery : de Millbank a Bankside

    Get PDF
    Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Cultura e Comunicação), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2016Esta tese explora os contextos de evolução da Tate Gallery em Londres desde a sua origem no século XIX até ao presente. Através de uma abordagem multidisciplinar filiada nos Estudos Culturais este estudo tem como objetivo dar um contributo para a análise das transformações da cultura e da sociedade assim como fornecer um enquadramento para estudar conceitos como ideologia, representação, identidade e poder. Criada no contexto de consolidação do Estado-nação e sob o conceito vitoriano de museu como motor de progresso social, a Tate Gallery, abriu em Millbank, Londres em 1897 com o nome National Gallery of British Art para alojar as quase 70 obras de arte britânica doadas por Henry Tate ao Estado. A sua criação, como um anexo da National Gallery, preenchia as ambições de uma classe média próspera cuja identidade era definida através de um sentido de modernidade concretizado pelo patrocínio da arte nacional contemporânea. Mais de um século depois, e com uma coleção de mais de 70.000 obras, a Tate é hoje constituída por quatro galerias, a Tate Britain e a Tate Modern em Londres, a Tate St Ives em Cornwall e a Tate Liverpool. A funcionar segundo uma lógica empresarial e como uma marca cultural, as prioridades da Tate estão concentradas na captação de públicos, no desenvolvimento de atividades e serviços com base nas tecnologias e na operacionalização de estratégias de branding e marketing com o objetivo de oferecer uma grande amplitude de experiências e de comunicar com um público global. Enquadrada num complexo caracterizado pelo consumo, pelo entretenimento e pelo espetáculo e com cerca de 4.500.000 de visitantes por ano, a Tate Modern, a quarta galeria Tate que abriu em Londres, em Bankside, em 2000, tem uma presença de peso no competitivo mercado cultural e uma posição dominante no ranking dos museus mais visitados do mundo.This thesis examines the contexts of development of the Tate Gallery in London since its creation in the 19th century until the present. With a multidisciplinary approach affiliated in the Cultural Studies, it aims to provide an analysis of the transformations in culture and society and a background to explore concepts such as ideology, identity, representation and power. Framed by the cultural and ideological apparatus of the nation-state and by the Victorian concept of museum as an engine of social progress, the Tate Gallery, created as National Gallery of British Art, opened in Millbank, London in 1897 to house the nearly 70 works of British art Henry Tate gifted to the nation. Its creation, as an annex of the National Gallery, fulfilled the ambitions of a prosperous middle class whose identity was being defined by a sense of modernity embodied in the sponsorship of contemporary national artists. Over a hundred years later and with a collection of about 70,000 works of national and international art, the Tate is now composed of four galleries, Tate Britain and Tate Modern in London, Tate St Ives in Cornwall and Tate Liverpool. Operating as a corporate museum and a cultural brand, Tate’s main priorities are audience engagement, technology-based activities and branding so as to offer a wide range of experiences and communicate to a global audience. Framed by consumerism, entertainment and spectacle and with an estimated 4.5 million visitors per year, Tate Modern, the fourth Tate Gallery that opened in Bankside, London, in 2000, has a significant presence in the competitive art world and a strong position within the most visited museums worldwide
    corecore