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    PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE DIAS CONSECUTIVOS DE CHUVA EM URUSSANGA, SC

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    Eventos de dias chuvosos consecutivos podem trazer transtornos a atividades realizadas em ambientes abertos e implicar em atrasos no cronograma de execução de obras, causando prejuízos na engenharia e agricultura. Este artigo teve como objetivo avaliar a aplicação da distribuição Geométrica e da Distribuição Binomial Negativa Truncada na estimativa das probabilidades de ocorrência de dias chuvosos seguidos. Foram usados os dados de precipitação diária de 1970 a 2013 da estação meteorológica de Urussanga, SC. Com as frequências observadas foram ajustados os parâmetros da distribuição Geométrica usando o método dos momentos, e da distribuição Binomial Negativa Truncada usando o método dos momentos e da máxima verossimilhança. A avaliação da aderência das distribuições foi realizada baseada no teste Kolmogorov-Smirnov e teste Qui-Quadrado ao nível de significância de 5%. A distribuição Binomial Negativa Truncada com parâmetros estimados pelo método da máxima verossimilhança apresentou desempenho inferior às demais. O melhor ajuste para a maioria dos meses analisados foi obtido com a distribuição Binomial Negativa Truncada com parâmetros estimados pelo método dos momentos. A distribuição geométrica, embora tenha um desempenho ligeiramente inferior em alguns meses, também se mostrou adequada para a estimativa da probabilidade de dias chuvosos consecutivos. Os valores calculados de risco de ocorrências de períodos consecutivos chuvosos calculados podem ser usados no planejamento das atividades realizadas em campo

    A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ALIADA À SEGURANÇA DO PACIENTE

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    Introdução: A segurança do paciente é um tema que há décadas vem sendo abordado como uma barreira entre a SaÚde PÚblica e o atendimento ao cliente. Estudos que analisam o contexto hospitalar, enfatizam a ocorrência de eventos adversos que podem pôr em risco a integridade física do paciente, onde nota-se um crescimento gradativo que merece atenção e inovação da parte dos profissionais e gestores para um melhor remanejamento da equipe, organização de dados e atendimento. Tornando possível, dessa forma, o acesso de dados, prontuários, históricos e um funcionamento mais ágil nas instituições de saÚde. Neste contexto, foi constatada a necessidade da implementação e inovação de ferramentas que trouxessem maior precisão no cuidado prestado. Deste modo,  conceitua um ser desenvolvido programas de auxílio para os prestadores e seus requisitos específicos de saúde (SILVA et al., 2016). Objetivo: Descrever como possível do uso da tecnologia como forma de melhorar a segurança do paciente. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada a partir do levantamento de referências teóricas e publicada em meio eletrônico. Uma pesquisa foi formulada a partir da indagação do assunto sobre a tecnologia da informação relacionada à segurança do paciente. Resultados e discussão: Por intermédio da Resolução nº 358, de 15 de outubro de 2009, o Conselho Federal de Enfermagem, educação a inserção do prontuário eletrônico em unidades de atendimento. Esta plataforma visa uma facilitação do acesso e registro de dados dos clientes atendidos. É uma ferramenta de complemento um ser usado durante a Sistematização da Assistência de Enfermagem, capaz em um acompanhamento eficaz, amplo e assistencial para cada cliente (CORDEIRO et al., 2019). Nesse contexto, sistemas informatizados dentro da área da saÚde, diminuem as chances de falhas como, por exemplo, sobre a  identificação do paciente, a prescrição médica, a dispensação e o rastreamento de medicamentos, pois os sistemas permitem que seja realizada a execução e a checagem correta dos prontuários, causando óbvio positivo à segurança do paciente (VOLPE et al, 2016). Apesar dos inÚmeros benefícios que a tecnologia oferece na Sistematização da Assistência de Enfermagem, algumas fragilidades acabam defasando essa  ferramenta. Muitos profissionais desenvolvem dificuldades para esse sistema alimentar , que acaba em dados preenchidos incorretamente, implicando na fidedignidade das informações. Ocorre também uma falha na capacitação adequada dos profissionais, ocasiona a resistência de alguns profissionais quanto às mudanças tecnológicas introduzidas no ambiente de trabalho, além de poder ocorrer uma eventual indisponibilidade do sistema informado, o que acarreta complementar a implementação dos prontuários eletrônicos (CAVALCANTE et al., 2018;  FERREIRA et al., 2019; KLEIB; SIMPSON; RHODES, 2016). Conclusão: É possível perceber que o sistema informatizado possibilita agilidade no gerenciamento de dados e previne riscos desnecessários aos pacientes, visto que promove um cuidado seguro. No entanto, algumas fragilidades podem dificultar a implementação de novas tecnologias. Para tanto, faz-se necessário investir em capacitações aos profissionais que usufruem desses sistemas que, quando utilizado de maneira adequada e com o profissional conhecedor de sua importância, auxiliam na garantia de um cuidado voltado para a segurança do paciente

    AVALIAÇÃO DE CESARIANAS SEGUNDO CLASSIFICAÇÃO DE ROBSON EM UM MUNICÍPIO DO EXTREMO OESTE DE SANTA CATARINA

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    INTRODUÇÃO: O período de gestação é um momento de adaptação tanto para agestante quanto para seu meio familiar, e nesta fase, os profissionais de saúde mantémcontato direto e muitas vezes único, com a mulher em idade reprodutiva, sendo denossa responsabilidade como equipe de enfermagem, prepará-la e orientá-la sobre osperíodos da gestação, mudanças corporais, prós e contras a respeito do partocesariana, métodos contraceptivos pós gestação e quaisquer dúvidas que possamsurgir ao longo do tempo. Atualmente, as taxas de cesariana seguem aumentandosem causa específica, onde a grande parte dos relatos são de gestantes que optampor cesárea devido as inseguranças do trabalho de parto. De acordo com Silva, S.P.Cet al, 2014, a grande parte das gestantes manifesta preferência para parto cesarianadevido ao pré natal insatisfatório no quesito orientação, resultando em procedimentosdesnecessários e cesarianas indevidas. Criado em 2001 pelo médico Irlandês, MichaelRobson, a Classificação de Robson tem como objetivo analisar grupos de gestantesclinicamente relevantes, comparando as taxas de cesariana e suas diferenças, eminstituições de saúde ao longo do tempo. Em 2015, a OMS recomendou que todas asinstituições aderissem à classificação de Robson como instrumento padrão para aavaliação, monitorização e comparação de taxas de cesarianas em ambienteshospitalares, pois, utilizando a escala de Robson, é possível identificar as taxas decesáreas e focalizar as intervenções em grupos específicos, que sejam particularmenterelevantes em cada estabelecimento de saúde. OBJETIVO: Analisar as taxas de cesarianas por grupo de Robson realizadas entre os anos de2016 a 2020, em um pequeno município do Extremo Oeste de Santa Catarina.METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa quantitativa do tipo descritiva exploratória,com utilização de dados públicos disponíveis no painel de monitoramento de nascidosvivos segundo a Classificação de Risco Epidemiológico Grupos de Robson.RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para a Classificação de Robson utilizam-se 6conceitos obstétricos: a quantidade de paridade, cesáreas anteriores, início dotrabalho de parto, idade gestacional, apresentação fetal e número de fetos. Aclassificação divide-se em 10 grupos e a gestante quando uma vez inserida em qualquergrupo, automaticamente ela é excluída de todos os outros. Em cinco anos a média decesáreas realizadas no município pesquisado foi de 193, registrando a maior taxa em 2020,que ultrapassou o marco de 80%. A Classificação de Robson nestes registros revelamdados importantes, onde na maioria dos casos, as cesáreas são feitas sem indicaçãoclínica ou por escolha de gestantes mal orientadas durante o pré natal e pré parto. Osanos de 2016 a 2020 apontam taxas de parto cesariana acima de 70% em gestantespertencentes ao grupo 1, valor extremamente preocupante devido ao fato de que estasgestantes são nulíparas com feto único, apresentação cefálica, ≥ 37 semanas eestavam em trabalho de parto espontâneo, com um excelente prognóstico para partonormal. Já no ano de 2019 foi o ano com maior índice, registrando uma taxa de 86,08%,e em contrapartida, o menor índice foi registrado no ano de 2017 com 74,31%. Gestantesmultíparas com pelo menos uma cesárea anterior, com feto único cefálico, ≥ 37 semanassão pertencentes ao grupo 5, o qual também destaca-se entre os demais grupos, devidoao alto percentual durante todos os anos, principalmente em 2018, onde houve 100% partocesarianas neste grupo de gestante. Analisando os dados divulgados, é indiscutível queo número de cesáreas realizadas atualmente ainda é alto, principalmente em gruposque o parto vaginal deveria ser a primeira opção. Ressalta-se que ao informar agestante sobre os benefícios do parto normal, espera-se que as taxas de cesarianaseletivas diminuam gradativamente. No entanto o aumento dos percentuais decesariana indicam que ainda ocorre fragilidades neste processo, tanto de informaçãoquanto na escolha pela via de parto. Segundo Vogt (2014), o conhecimento do enfermeiro sobre questões obstétricas e oentendimento a cerca da classificação de Robson, pode favorecer o processo fisiológicodo parto, auxiliando a equipe multiprofissional e evitando intervenções desnecessárias.CONCLUSÃO: A classificação de Robson mostra-se ser uma ferramenta imprescindívelpara identificar quais grupos de gestantes ocorreram mais cesarianas, proporcionandoa equipe multidisciplinar dados concretos, tornando possível a criação de estratégiaseficazes, focalizadas na redução de cesarianas sem indicações específicas, bem como,evitar intervenções desnecessárias à gestante. Concluimos com este estudo que, onúmero de cesarianas ainda é extremamente elevado e sugere-se estratégias paradiminuir estes percentuais dando maior atenção aos grupos que tem maior prognóstico paraocorrência de parto normal bem como criar protocolos e aprofundar o conhecimento daequipe para atender estes grupo de gestantes

    A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ALIADA À SEGURANÇA DO PACIENTE

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    Introdução: A segurança do paciente é um tema que há décadas vem sendo abordado como uma barreira entre a SaÚde PÚblica e o atendimento ao cliente. Estudos que analisam o contexto hospitalar, enfatizam a ocorrência de eventos adversos que podem pôr em risco a integridade física do paciente, onde nota-se um crescimento gradativo que merece atenção e inovação da parte dos profissionais e gestores para um melhor remanejamento da equipe, organização de dados e atendimento. Tornando possível, dessa forma, o acesso de dados, prontuários, históricos e um funcionamento mais ágil nas instituições de saÚde. Neste contexto, foi constatada a necessidade da implementação e inovação de ferramentas que trouxessem maior precisão no cuidado prestado. Deste modo,  conceitua um ser desenvolvido programas de auxílio para os prestadores e seus requisitos específicos de saúde (SILVA et al., 2016). Objetivo: Descrever como possível do uso da tecnologia como forma de melhorar a segurança do paciente. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada a partir do levantamento de referências teóricas e publicada em meio eletrônico. Uma pesquisa foi formulada a partir da indagação do assunto sobre a tecnologia da informação relacionada à segurança do paciente. Resultados e discussão: Por intermédio da Resolução nº 358, de 15 de outubro de 2009, o Conselho Federal de Enfermagem, educação a inserção do prontuário eletrônico em unidades de atendimento. Esta plataforma visa uma facilitação do acesso e registro de dados dos clientes atendidos. É uma ferramenta de complemento um ser usado durante a Sistematização da Assistência de Enfermagem, capaz em um acompanhamento eficaz, amplo e assistencial para cada cliente (CORDEIRO et al., 2019). Nesse contexto, sistemas informatizados dentro da área da saÚde, diminuem as chances de falhas como, por exemplo, sobre a  identificação do paciente, a prescrição médica, a dispensação e o rastreamento de medicamentos, pois os sistemas permitem que seja realizada a execução e a checagem correta dos prontuários, causando óbvio positivo à segurança do paciente (VOLPE et al, 2016). Apesar dos inÚmeros benefícios que a tecnologia oferece na Sistematização da Assistência de Enfermagem, algumas fragilidades acabam defasando essa  ferramenta. Muitos profissionais desenvolvem dificuldades para esse sistema alimentar , que acaba em dados preenchidos incorretamente, implicando na fidedignidade das informações. Ocorre também uma falha na capacitação adequada dos profissionais, ocasiona a resistência de alguns profissionais quanto às mudanças tecnológicas introduzidas no ambiente de trabalho, além de poder ocorrer uma eventual indisponibilidade do sistema informado, o que acarreta complementar a implementação dos prontuários eletrônicos (CAVALCANTE et al., 2018;  FERREIRA et al., 2019; KLEIB; SIMPSON; RHODES, 2016). Conclusão: É possível perceber que o sistema informatizado possibilita agilidade no gerenciamento de dados e previne riscos desnecessários aos pacientes, visto que promove um cuidado seguro. No entanto, algumas fragilidades podem dificultar a implementação de novas tecnologias. Para tanto, faz-se necessário investir em capacitações aos profissionais que usufruem desses sistemas que, quando utilizado de maneira adequada e com o profissional conhecedor de sua importância, auxiliam na garantia de um cuidado voltado para a segurança do paciente

    PROGRAMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL RELACIONADO ÀS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

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    INTRODUÇÃO: muito tem se discutido em estabelecer relações entre meio ambiente, saúde e território. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde ambiental é formada por todos os aspectos da vida humana, incluindo a qualidade de vida. A Vigilância em Saúde Ambiental atua na área de fatores de riscos provenientes de contaminantes ambientais presentes na água para consumo humano, ar, solo, de desastres naturais e acidentes com produtos perigosos, buscando a prevenção e controle de doenças e agravos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). Nesta conjuntura, destaca-se o Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental relacionado às substâncias químicas e os riscos decorrentes da contaminação natural ou antrópica provocada pelas substâncias químicas (VIGIQUIM), com o objetivo central de identificar, caracterizar e monitorar as populações expostas às substâncias químicas (GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS, 2019). A implementação do programa se dá com o intuito de orientar, proteger e fiscalizar os ambientes que possuem produtos que poderão causar danos à saúde pública e ao meio ambiente. OBJETIVO: conhecer a atuação do VIGIQUIM. MÉTODO: trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada a partir de pesquisas e publicações disponíveis em bibliotecas virtuais. A pesquisa ocorreu durante o componente curricular de Saúde e Meio Ambiente, ministrado à sétima fase do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), campus São Miguel do Oeste/SC. RESULTADOS E DISCUSSÃO: a exposição às substâncias químicas envolve diversos níveis e setores governamentais, principalmente no âmbito da saúde, trabalho, ambiente, transporte e desenvolvimento econômico e tecnológico. Dentro do VIGIQUIM foram selecionadas cinco substâncias, classificadas como prioritárias, devido aos riscos à população: asbesto/amianto, benzeno, agrotóxicos, mercúrio e chumbo. Os grupos de risco prioritários, expostos a esses contaminantes, incluem os trabalhadores e as comunidades que residem no entorno de áreas industriais (GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS, 2019). A filosofia norteadora do VIGIQUIM, segue os princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS), com esforço integrado entre governos e setor produtivo, representantes da sociedade civil e partes interessadas em um desenvolvimento com foco centrado na sustentabilidade da vida humana, o que vai ao encontro com a preocupação crescente relativa aos riscos oferecidos pelas substâncias químicas. Os objetivos do programa incluem identificar, caracterizar e monitorar as populações expostas às substâncias químicas, estabelecendo normas que fiscalizam o cumprimento da legislação e tratam dos instrumentos punitivos. Destaca-se a sua importância na elaboração e na implementação da segurança química, exercendo a função de orientar o setor produtivo e a população. Dentre as ações realizadas pelo programa, ressaltam-se: coleta de água para consumo humano para análise da presença de resíduos de agrotóxicos e capacitações e apoio técnico para os municípios, a fim de melhorar a situação de saúde da população (BEZERRA, 2017; PEREIRA; COSTA; LIMA, 2019; GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS, 2019). CONCLUSÃO: o programa foi implementado com o intuito de orientar, proteger e fiscalizar os ambientes expostos a substâncias químicas que possam causar danos à saúde pública e ao meio ambiente. O SUS, juntamente com órgãos fiscais e sanitaristas, buscam garantir a saúde da população, baseando-se em princípios e diretrizes do sistema público. Atualmente, os índices de contaminação ambiental por produtos químicos vêm aumentando, gerando preocupação aos órgãos responsáveis e, diante disso, torna-se fundamental implementar e seguir as normas do VIGIQUIM, a fim de ampliar a segurança e o bem-estar da sociedade como um todo.   REFERÊNCIAS   BEZZERA, Anselmo César Vasconcelos. Vigilância em saúde ambiental no Brasil: heranças e desafios. Saúde e Sociedade; v. 26, n. 4, p. 1044-1057, 2017.   GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS. Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental Relacionado às Substâncias Químicas. Governo do Estado de Goiás, 2019. Disponível em: https://www.saude.go.gov.br/vigilancia-em-saude/saude-ambiental/vigiquim. Acesso em: 23 Maio.2022.   MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). Saúde Ambiental para Redução dos Riscos à Saúde Humana. Fundação Nacional de Saúde (FUNASA): Ministério da Saúde, 2020. Disponível em: http://www.funasa.gov.br/saude-ambiental-para-reducao-dos-riscos-a-saude-humana. Acesso em: 23 Maio.2022.   PEREIRA, Reobbe Aguiar; COSTA, Cristina Maciel Lima; LIMA, Eliane Maciel. O impacto dos agrotóxicos sobre a saúde humana e o meio ambiente. Revista Extensão; v. 3, n. 1, p 29-37, 2019

    A TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE MASLOW, O PROFISSIONAL ENFERMEIRO E SUAS EXPECTATIVAS DENTRO DO AMBIENTE DE TRABALHO

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    INTRODUÇÃO: A Enfermagem vai muito além do processo de cuidar, suas ações baseiam-se  em fundamentos, sentimentos e ações dos integrantes da equipe, o ambiente torna-se espelho das relações pessoais e sociais. Wanda Horta por meio de seus estudos fez adaptações para o campo da enfermagem, aplicando os ideais da A Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas Básicas de Maslow no processo de cuidar, tornando-a mais humanizada.  Maslow classifica hierarquicamente sua teoria em cinco níveis, a qual define que o ser humano precisa de um conjunto de condições básicas para chegar a um nível de bem estar. Assim as pessoas criam identidade própria, modos de viver e cuidar. Diante destes questionamentos, a (in)satisfação ou satisfação dos integrantes da equipe de enfermagem apresentam uma relação com a interação necessária à realização do cuidado podendo comprometer a assistência que será prestada, resultando em cuidados inadequados ao paciente. OBJETIVO: Relacionar a teoria de Maslow referente a hierarquia das necessidades humanas básicas enfatizando o profissional enfermeiro e suas expectativas dentro do ambiente de trabalho e a interferência na qualidade de assistência prestada ao paciente. MÉTODO: Trata-se de uma revisão bibliográfica não sistemática, baseada em pesquisas bibliográficas disponíveis em bibliotecas virtuais. Analisaram-se estudos dos últimos 20 anos, com o intuito de aprofundar o conhecimento a respeito da Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas Básicas de Maslow, relacionado ao profissional Enfermeiro. Esta atividade foi proposta pelo componente curricular de Gestão de Serviços de Assistência Primária, do curso de Bacharelado em Enfermagem. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A teoria de Maslow classifica-se em cinco níveis, definindo que o ser humano necessita de um conjunto de condições básicas para alcançar o bem estar. A base da pirâmide é constituída das necessidades fisiológicas, relacionados à sobrevivência do ser humano como: respirar, beber, comer, dormir e entre outras. Na sequência, a pirâmide traz as necessidades de segurança, remetendo a proteção individual, essa necessidade é vinculada ao trabalho garantindo estabilidade e segurança. A terceira posição é ocupada pelas necessidades sociais, apresentam-se o recebimento de amor, carinho e inclusão aos grupos sociais, bem como a relação de harmonia com os indivíduos. Em seguida, estão as necessidades de estima que se referem ao nosso próprio conhecimento pelas atividades que realizamos, sentindo orgulho de si e também sendo reconhecidos pelos outros, cultivando um sentimento de respeito e importância para o meio em que vivemos. No topo da pirâmide estão localizadas as necessidades de auto-realização, que pode ser explicada pelo fato do indivíduo fazer o que gosta no trabalho, praticar atividades de lazer e também, pode estar relacionada com a autonomia e autocontrole sobre sua vida. Wanda Horta por meio de seus estudos fez adaptações para o campo da enfermagem, aplicando os ideais de Maslow no processo de cuidar. Aplicando essa teoria na profissão da enfermagem, o enfermeiro é o responsável pelo planejamento das intervenções de cuidado. Com isso, Wanda trouxe para a enfermagem a observação, interação e intervenção junto ao cliente para satisfazer suas necessidades humanas básicas. Os enfermeiros precisam ter suas necessidades básicas garantidas para realizar com qualidade o cuidado ao paciente, destacando-se as necessidades sociais, associando boa convivência em equipe e a união entre os colegas de profissão, fazendo com que o enfermeiro sinta-se parte desse grupo social. As necessidades de estima também precisam ser reforçadas, pois os enfermeiros possuem responsabilidades pelos pacientes e pela equipe em que trabalham, é essencial sentir-se seguro e preparado para atuar na profissão, baseando-se sempre no conhecimento, somente assim, é possível ser reconhecido no ambiente de trabalho, transmitindo segurança e respeito para a equipe e pacientes. A auto-realização está intrinsecamente relacionada com a valorização profissional, além de fazer o que gosta, é necessário que o enfermeiro seja reconhecido, tenha horários justos de trabalho e seja devidamente remunerado para conciliar suas realizações pessoais, atividades de lazer e planejamento sobre sua rotina. Os profissionais de enfermagem muitas vezes desenvolvem suas funções com base em normas, de forma repetitiva e sobrecarregada pelas inúmeras responsabilidades, o resultado disso é um serviço mecanizado, em que o cuidado prestado acaba sendo de forma generalista e não individualizado, realizando uma assistência no modo automático e sem alcançar seus objetivos, frustrando-se com suas atividades. Os desejos, objetivos e a esperança da equipe de enfermagem contribuem para o desenvolvimento do ambiente, e quando não supridas acabam interferindo no cuidado prestado ao paciente. Para isso, é necessário que quem cuida também seja cuidado, melhorando a qualidade de vida e a saúde mental dos profissionais, pois é impossível ter a satisfação dos pacientes, sem que a equipe de enfermagem esteja satisfeita com as condições e dinâmicas do trabalho. A (in)satisfação ou satisfação dos integrantes da equipe de enfermagem apresenta uma relação com a interação necessária à realização do cuidado podendo comprometer a assistência que será prestada. Quando valorizados, os profissionais se sentem mais motivados, mantendo um compromisso assíduo com a instituição que vai refletir no bom andamento das atividades, implicando de forma positiva  no seu bem estar pessoal. Já quando insatisfeitos há grande probabilidade de afetar todo o processo desenvolvido, com resultados degradantes e ao longo do tempo preocupantes. CONCLUSÃO: É necessário ter um olhar de valorização aos trabalhadores, buscar estratégias para mantê-los em equilíbrio, para que haja satisfação e estímulo dentro do ambiente de trabalho, buscando resultados positivos entre setores, o que produzirá um ambiente mais agradável. Relacionando a enfermagem com a Teoria de Maslow, as necessidades de estima são as mais importantes dentro de uma equipe, entretanto, nem sempre o colaborador consegue se sentir respeitado e valorizado dentro de seu ambiente de trabalho, e caberá aos líderes e gestores, buscarem formas de fazer com que o funcionário sinta prazer, sendo reconhecido perante seus desempenhos
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