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Racionalização do uso de fertilizantes nitrogenados em pastagens no estado de Rondônia
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio
Ambiente da Universidade Federal de Rondônia como
requisito para obtenção do Título de Mestre em
Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente.
Orientadora: Dra. Ana Karina Dias SalmanO nitrogênio (N) é o principal nutriente para manutenção da produtividade das gramíneas
forrageiras. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo principal avaliar o uso do
clorofilômetro portátil como ferramenta no manejo da adubação nitrogenada parcelada das
forrageiras Brachiaria brizantha cv. Marandu (capim-marandu) e Panicum maximum cv.
Mombaça (capim-mombaça), em Porto Velho, Rondônia, indicando possíveis Índices de
Suficiência de Nitrogênio (ISN). Para tanto, foram realizados dois ensaios, um para cada
capim, em vasos de 14 dm3 preenchidos com Latossolo Vermelho-Amarelo com horizonte (A)
húmico sob condições ambientais utilizando delineamento experimental inteiramente
casualizado com sete tratamentos: referência (REF), testemunha (TEST) e cinco “tratamentos
ISN”: 0,96 (T1); 0,93 (T2); 0,90 (T3); 0,87 (T4) e 0,83 (T4), com quatro repetições cada,
totalizando 28 parcelas por ensaio. Os vasos do tratamento REF receberam a dose de 133,34
kg de N/ha (2,10 g de ureia/vaso) dividida em duas parcelas iguais: no 1° Dia do Período
Experimental (DPE) e por ocasião do primeiro corte de avaliação no 28° DPE. O período total
do experimento foi de 70 dias. Os tratamentos ISN foram adubados inicialmente com 30% da
dose da parcela de referência e ao longo do período experimental somente quando o INScalc ,
calculado semanalmente (16°, 23°, 48°, 65° DPE) com base em leituras diárias do Índice de
Clorofila Foliar (ICF) das parcelas dos tratamentos ISN (INScalc) apresentavam-se com valores
menores que os ISN estabelecidos como critério para adubação. Sendo assim, ao final do
experimento o total de N (kg N/ha) aplicado em cada tratamento ISN (T1, T2, T3, T4 e T5) foi,
respectivamente: 160, 80, 120, 80 e 80 (ensaio com capim-marandu) e 133,34; 0; 120; 80 e 80
(ensaio com capim-mombaça). As forrageiras foram avaliadas com idades de rebrote de 51 e
43 dias (correspondentes ao 28° e 70° DPE) para: altura de corte (cm), produção de matéria
seca (kg MS/vaso) de parte aérea (PMSPA), de raiz (PMSR) e total (PMST); PMSPA acumulada
nos dois cortes, relação PMSPA/PMSR e eficiência de conversão do N fertilizante em PMSPA.
O comportamento dos ICF em resposta a aplicação do N ao longo dos dois períodos de
avaliação comprovou a sensibilidade do clorofilômetro ao manejo da adubação nitrogenada
parcelada nas condições experimentais deste estudo. O ajuste da adubação nitrogenada com
base no ISN das forrageiras permitiu que as forrageiras se expressassem de forma semelhante
entre os tratamentos em termos de altura de corte e produção acumulada de matéria seca de
parte aérea. Em relação à produção de matéria seca de raiz (PMSR), observou-se menor
produção nas parcelas das testemunhas não adubadas, o que teve reflexo sobre a PMST e
relação PMSPA/PMSR. Considerando a eficiência de conversão do nitrogênio da ureia em
PMSPA, verificou-se que os tratamentos que receberam menores doses de N são mais
adequados. Concluiu-se que os índices de suficiência de nitrogênio (ISN) mais adequados
para ajuste da adubação nitrogenada das forrageiras analisadas foram 0,87 e 0,83