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    ETNOBOTÂNICA DA SERRA DO JATOBÁ: USOS LOCAIS E CONSERVAÇÃO

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    Resumo - A Serra do Jatobá forma um monólito localizado a 10 Km da cidade de Serra Branca que se destaca da paisagem aplainada do entorno formando um inselbergue com vegetação claramente diferenciada da vegetação do entorno. Nesse trabalho foi estudado foram levantadas as espécies de plantas conhecidas, os usos locais atribuídos a essas espécies e as formas de obtenção. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas envolvendo os chefes de famílias (11 homens e 9 mulheres), com a aplicação de formulários que tiveram questões sobre dados socioeconômicos e etnobotânicos. As pessoas entrevistadas tiveram idades entre 31 e 70 anos, com forte predomínio na faixa etária dos 51 a 70 anos (65% dos entrevistados). A maior parte das entrevistas realizadas com pessoas do sexo masculino, o que está em desacordo com a maioria dos levantamentos etnobotânicos realizados no semiárido da Paraíba. A maior parte dos entrevistados apresentou ensino fundamental incompleto, o que é incompatível com os níveis de desenvolvimento humano (IDH) atual do município, mas compatível com os IDHs da década de 1990 e a idade atual dos entrevistados. Nas entrevisas foram citadas 80 espécies pertencentes a 63 gêneros e 38 famílias, sendo as famílias Fabaceae e Euphorbiaceae as mais citadas, com 17 e 11 espécies, respectivamente, o que compatível com outros levantamentos realizados no semiárido da Paraíba. As espécies mais referidas foram Myracrodruon urunduva e Commiphora leptophloeos, ambas citadas 83 vezes, Aspidosperma pyrifolium, e Croton sonderianus, com 70 e 68 citações, respectivamente. Entre as 11 categorias de uso citadas pela comunidade, a categoria medicinal foi a mais amplamente citada, seguida pela categoria forragem, tecnologia e construção. Essas categorias de uso são amplamente referidas em outros levantamentos da caatinga e outras regiões do estado.  Palavras – chave: Inselberg, Usos etnobotânicos, Uso sustentável, Especiação, Caating

    CONHECIMENTO ECOLÓGICO LOCAL SOBRE O VEADO, MAZAMA GOUAZOUBIRA (G. FISCHER, 1814), POR MORADORES DO ENTORNO DE UMA ÁREA PROTEGIDA DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

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    Em comunidades adjacentes à Área de Proteção Ambiental Chapada do Araripe investigou-se o conhecimento ecológico local sobre Mazama gouazoubira. Pela técnica bola de neve, foram entrevistadas 35 pessoas. Para análise, categorizaram-se os dados em conhecimento ecológico local, método de caça e percepção de disponibilidade. M. gouazoubira é conhecida por veado comum (77,15% das citações) e é reconhecida por caracteres morfológicos. Para 54,28% dos entrevistados, essa espécie é avistada todo o ano (51,43%). Dentre os itens alimentares, destacaram-se os frutos silvestres (68,75%). Quanto à reprodução, essa espécie se reproduz o ano todo (22,86%). A técnica de caça para sua captura é a espera (100%). Sobre a mudança na quantitativa ao longo do tempo de M. gouazoubira, 91,42% perceberam diminuição no avistamento. Os entrevistados investigados demonstraram conhecimento consistente sobre M. gouazoubira, o que é relevante para viabilizar estratégias de manejo dessa espécie na região
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