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    VILAS RURAIS: UMA NOVA MANEIRA DE CONCEBER A RELAÇÃO CAMPO - CIDADE

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    Neste artigo, pretende-se analisar um novo modelo de acesso à terra implantado no Estado do Paraná no ano de 1995 pelo então governador Jaime Lerner e suas implicações no espaço rural paranaense, principalmente em relação à dualidade campo/cidade. O objetivo do programa, segundo dados oficiais de seus idealizadores, era melhorar as condições de vida das famílias dos bóias-frias, proporcionando seu retorno ao campo em um lote de 5000 m2. No total, foram criadas 404 vilas rurais em praticamente todos os municípios do estado do Paraná contemplando 15.652 famílias. Para que estivessem aptas a serem vileiras, eram necessários alguns requisitos. Todo o levantamento dos requisitos era realizado por um quadro técnico composto por profissionais do governo do Estado e dos municípios que faziam à seleção das famílias que iriam ser contempladas. Os lotes poderiam ser pagos em 25 anos em prestações mensais que giram em torno de 20% de um salário mínimo. A questão da localização é fundamental para a permanência das pessoas nas vilas rurais, pois, perto do perímetro urbano fica mais fácil conseguir um emprego ou mesmo serviço. Já asque se localizam no espaço rural, têm um dificultador, pois a grande maioria das atividades agrícolas desenvolvidas nas propriedades patronais, que geralmente trabalham com o agronegócio produzindo commodities, são poupadoras de mão-de-obra, o que acaba dificultando a sobrevivência no lote. Também a criação das vilas rurais suscitou o debate sobre a relação campo – cidade / urbano – rural, pois, pelo tamanho do lote o mesmo não pode ser tributado como rural e cobrado o Imposto Territorial Rural (ITR) e, também, na maioria dos casos o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), pois se localizam fora da área do perímetro urbano, não se enquadrando, assim, em nenhuma forma de tributação quer seja ela rural ou urbana

    Assentamento Pó de Serra em Londrina-PR: formação sócio-espacial e conquistas

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    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Geografia.O trabalho teve por objetivo analisar o processo de formação sócio-espacial e as conquistas obtidas pelos assentados, pós assentamento na área, no assentamento Pó de Serra, localizado no distrito de Lerroville, em Londrina - PR. Para fundamentar a pesquisa, buscou-se na análise histórico-geográfica subsídios que ajudassem

    A IMPORTÂNCIA DA PRODUÇÃO DE GRÃOS PARA A ATUAL ESTRUTURA PRODUTIVA AGRÍCOLA DO MUNICÍPIO DE RIO VERDE-GO

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    Este artigo foi elaborado a partir de reflexões do trabalho de campo realizado no município de Rio Verde, no Estado de Goiás, na disciplina Estrutura Produtiva Agrícola e Dinâmica Regional. Num primeiro momento foram discutidas questões que abordavam a passagem do complexo rural para o agroindustrial, a integração do espaço regional à economia nacional e a atuação do Estado no processo de desenvolvimento brasileiro. Em seguida, se analisou como os investimentos realizados pelo setor público federal, a partir da década de 1970 principalmente, e, mais recentemente, pelas outras esferas do poder executivo propiciaram uma mudança na estrutura produtiva agrícola através da produção de grãos, não só no município de Rio Verde, como no Sudoeste Goiano. Durante o trabalho foram realizadas visitas em indústrias, empresas, fazendas altamente produtivas, associações comerciais e industriais de Rio Verde e também em instituições de ensino. Chegou-se à conclusão de que a organização do setor e a territorialização de uma estrutura produtiva passam pelo conjunto de fatores que evidenciam a união de forças políticas, empresariais e acadêmicas

    A importância da cafeicultura para a permanência dos sitiantes na terra: uma análise dos bairros rurais da Laranja Azeda a da Limeira em Lerroville, Londrina – PR

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    Este trabalho visa compreender as condições de vida e de trabalho de um grupo de sitiantes, pequenos proprietários de terra ou parceiros, que ainda se mantém na terra tendo como produto principal o café. Esses cafeicultores ocupam parte de uma das últimas áreas em que a cafeicultura ainda existe no município de Londrina: os bairros rurais da Laranja Azeda e da Limeira, no distrito de Lerroville. A permanência na terra só foi possível devido ao fato da lavoura cafeeira propiciar trabalho e renda para as famílias dos sitiantes durante mais de três décadas. No entanto, a partir do final da década de 1990, devido à implantação do modelo de políticas neoliberais na economia do país, o Estado brasileiro, que até então sempre havia estabelecido as regras para o funcionamento do complexo agroindustrial do café saiu de cena, deixando a cargo do mercado a regulamentação dos preços do produto. A partir desse momento uma forte crise se abateu sobre a cafeicultura brasileira, sendo os produtores os mais prejudicados. Para tentar superar a crise...This work aims to understand the work and life conditions of a group of ranchers, small land owners or partners, which still remain on the farm having as main product the coffee. These growers occupy part of one of the last areas in which coffee still exists in Londrina: the rural neighbourhoods of Laranja Azeda and Limeira and the District of Lerroville. The permanence on the land was only possible due to the fact that the coffee plantations have provided jobs and income for the families of the ranchers for more than three decades. However, since the late 1990s, due to the implementation of the model of neoliberal policies in the economy of the country, the Brazilian state, which so far had always set the rules for the functioning of the agroindustrial complex of coffee, left the pitcure, leaving the market in charge of the regulation of the prices of the products. From this moment... (Complete abstract click electronic access below

    A IMPORTÂNCIA DA PRODUÇÃO DE GRÃOS PARA A ATUAL ESTRUTURA PRODUTIVA AGRÍCOLA DO MUNICÍPIO DE RIO VERDE-GO

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    Este artigo foi elaborado a partir de reflexões do trabalho de campo realizado no município de Rio Verde, no Estado de Goiás, na disciplina Estrutura Produtiva Agrícola e Dinâmica Regional. Num primeiro momento foram discutidas questões que abordavam a passagem do complexo rural para o agroindustrial, a integração do espaço regional à economia nacional e a atuação do Estado no processo de desenvolvimento brasileiro. Em seguida, se analisou como os investimentos realizados pelo setor público federal, a partir da década de 1970 principalmente, e, mais recentemente, pelas outras esferas do poder executivo propiciaram uma mudança na estrutura produtiva agrícola através da produção de grãos, não só no município de Rio Verde, como no Sudoeste Goiano. Durante o trabalho foram realizadas visitas em indústrias, empresas, fazendas altamente produtivas, associações comerciais e industriais de Rio Verde e também em instituições de ensino. Chegou-se à conclusão de que a organização do setor e a territorialização de uma estrutura produtiva passam pelo conjunto de fatores que evidenciam a união de forças políticas, empresariais e acadêmicas
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