8 research outputs found

    O Laicismo e outros exageros sobre a Primeira República no Brasil

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    O presente artigo visa a questionar a ideia muito difundida, mas pouco discutida, de que o Brasil teria experimentado, sob a égide da Constituição de 1891, um período de forte laicização, com uma separação rígida entre Estado e religião nas mais diversas esferas, de modo que o modelo de aproximação entre esses dois domínios (em particular no âmbito da religião católica) adotado pela Constituição seguinte (de 1934) teria sido uma resposta a tal experiência. Assumir essa premissa, como tem feito a doutrina, implicaria reconhecer que um modelo de separação entre Estado e religião já foi efetivamente experimentado e rejeitado na história constitucional brasileira, o que de certa forma poderia legitimar o modelo de aproximação que teria sido adotado em 1934 e mantido, em linhas gerais, até os dias de hoje. Apontar os equívocos dessa leitura, por outro lado, permite compreender que no Brasil sempre houve uma forte aproximação entre Estado e religião, prática que teve como resultado a instituição de uma ideia frágil de laicidade que hoje tem sido duramente questionada

    A saúde da família sob as lentes da higiene mental Family health through the lens of mental hygiene

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    Procura instigar o debate sobre os determinantes sócio-históricos que condicionam a construção de políticas públicas de saúde mental aplicáveis ao contexto familiar brasileiro. As atuais políticas têm privilegiado a família como lugar estratégico de ações voltadas para a transformação social, com intervenção de vários atores, entre eles, psicólogos. Ao recuperar alguns pontos do ideário de higiene mental percebeu-se que esse discurso não é novidade na história da saúde brasileira. Embora os tempos, as famílias e os profissionais sejam outros, compreendeu-se que a busca de solução para a 'crise' da sociedade continua sendo atribuída ao indivíduo particular. A família, como expressão desse indivíduo, tem sido chamada para assumir responsabilidades que levem a sociedade na direção da 'ordem' e do 'progresso' da nação.<br>The article is meant to stimulate debate about the social and historical determinants that shape the construction of public mental health policy within the context of the Brazilian family. Current policies have emphasized the family as a strategic target of initiatives aimed at social transformation, with the intervention of different actors, including psychologists. An examination of some ideas from the field of mental hygiene suggests that this discourse is nothing new in the history of Brazilian health. While today's times, families, and professionals are different, the search for a solution to the so-called crisis of society still focuses on the individual. The family, as the expression of this individual, has been called upon to assume responsibilities that push society towards 'order' and 'progress' for the Nation

    Recepções da Antiguidade e usos do passado: estabelecimento dos campos e sua presença na realidade brasileira

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    Estado e oligarquias na Primeira República: um balanço das principais tendências historiográficas

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