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Fatores relacionados à autopercepção do estado de saúde em idosos residentes no meio rural do Brasil = Factors related to the self-perception of health status in older adults living in the rural environment of Brazil
OBJETIVOS: Comparar a autopercepção do estado de saúde em idosos do meio rural e urbano e os seus possíveis fatores associados. MÉTODOS: O estudo consistiu em uma análise secundária de dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, realizada pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística, que incluiu idosos residentes em meios rurais e urbanos. A variável dependente foi a autopercepção do estado de saúde (avaliada como muito boa, boa, regular, má e péssima); e as variáveis independentes foram fatores sociodemográficos, dados clínicos, funcionalidade do idoso e dados sobre o domicílio. As relações entre as variáveis foram testadas pelo teste do Qui-quadrado, sendo ajustadas pela autopercepção do estado de saúde. As análises foram realizadas por meio do programa Epi InfoTM versão 7. 2. 1, aceitando p<0,05 como significativo. RESULTADOS: Os idosos do meio rural eram predominantemente homens, de cor parda, casados, analfabetos e com ocupação remunerada, apesar de terem classe econômica baixa. Entre os idosos do meio rural a autopercepção do estado de saúde foi mais frequentemente regular ou ruim, o domicílio era mais frequentemente cadastrado na Estratégia Saúde da Família e a maioria não tinha plano de saúde complementar. Os idosos do meio rural também apresentaram melhor desempenho nas Atividades Básicas de Vida Diária e pior desempenho nas Atividades Instrumentais de Vida Diária, tinham menos sintomas depressivos e menos multimorbidades
Os idosos do meio rural apresentaram menores chances de autopercepção do estado de saúde boa ou muito boa, mesmo ajustando para sexo, raça, estado conjugal, ocupação, classe socioeconômica, cobertura pela Estratégia Saúde da Família, sintomas depressivos, multimorbidade e desempenho nas Atividades Básicas de Vida Diária. CONCLUSÕES: Os idosos do meio rural apresentaram pior autopercepção do estado de saúde que os idosos do meio urbano, mesmo controlando as características sociodemográficas, econômicas, clínicas e de acesso à saúd
Impact of clinical and socio-economic factors and self-perception of health on the functionality of the elderly
OBJECTIVES: Our objective was to verify factors determining the functional level of Brazilian elderly people.
METHOD: This is a secondary analysis of the 2013 National Health Survey (NHS) conducted by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). The association between functional levels and sociodemographic and clinical characteristics was tested by linear regression adjusted for self-perception of health (SPH) using the Epi Info™ program version 7.2.1. P-values lower than 0.05 were regarded as statistically significant. Functionality was assessed by a functional score developed based on the NHS questions.
RESULTS: Univariate analyses revealed that, except for ethnicity, all socio-economic and clinical variables were significantly related to ease of performing basic activities of daily living (BADL) and instrumental activities of daily living (IADL). Upon multiple linear regression analysis, the most significant variables were age, SPH, stroke, and mental illness (p < 0.001). SPH significantly explained the differences in IADL (5.1%, p < 0.01) and BADL (3.4%, p < 0.01) levels even when controlling for the other variables. Stroke and mental illness were related to lower functional scores, both in IADL (20.5%, p < 0.01 and 19.1%, p < 0.01, respectively) and in BADL (13.5%, p < 0.01 and 7.6%, p < 0.01, respectively).
CONCLUSIONS: The functional status of the elderly could be explained by constitutional factors (age) and modifiable variables (stroke, mental illness, and SPH), many of which still have a great impact on Brazilian morbidity and mortality. The highlight of SPH suggests that it may be an indicator of health care quality for the Brazilian elderly.</p