O OLHAR DE PROFISSIONAIS A RESPEITO DA SAÚDE MENTAL INFANTOJUVENIL - REVISÃO

O presente trabalho apresenta o olhar dos profissionais que atuam diretamente na promoção do cuidado voltado para saúde mental infantojuvenil, e possui como objetivo realizar uma revisão sistemática que reflita sobre a visão que esses profissionais têm sobre a saúde mental desse público. A metodologia se caracterizou pela delimitação da questão problema, que foi a seguinte: O que foi produzido na literatura científica a respeito do olhar do profissional acerca da rede de atenção e cuidado na saúde mental de crianças e adolescentes? Posteriormente, foram estabelecidos os critérios de inclusão e exclusão das publicações, feito o levantamento bibliográfico nas bases de dados da Scielo, PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde, que totalizaram 57 artigos e deste total, foram excluídas 47 publicações, por não atenderem aos critérios de inclusão estabelecidos, permanecendo 10 artigos para análise. Por fim, foi feita a apresentação dos resultados e sua discussão. Ademais, a respeito dos cenários e dispositivos os quais ocorreram as pesquisas, estiveram presentes dois dispositivos do sistema de medidas socioeducativas, três do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi), dois da Atenção Básica em Saúde (ABS) e três artigos com as entrevistas englobando diversos profissionais da rede intersetorial de cuidado, como a área da Saúde, Educação, Assistência Social, Justiça e Direito. Diante da análise dos artigos que contemplam os critérios desta pesquisa, foi possível elencar quatro temáticas que aparecem recorrentemente na discussão de seus resultados. Dos dez artigos selecionados, cinco se referiam a patologização infantojuvenil, seis sobre o papel da família no contexto do cuidado em saúde mental e nove abordando sobre articulação entre serviços e intersetorialidade do cuidado. Foi observado uma unânime defesa da importância atribuída à família, seja qual for sua configuração, no contexto da saúde mental infantojuvenil, ressaltando tanto sua influência na promoção do cuidado como também sua contingência adoecedora. Quanto a prática intersetorial e interdisciplinar, levanta-se toda sua potencialidade na produção do cuidado, entretanto nota-se o apontamento de diversos desafios que ainda surgem na atualidade sobre a construção dessas articulações

ANSIEDADE E FALTA DE AUTOCONFIANÇA: DESDOBRAMENTOS EM UMA RELAÇÃO PSICOTERAPÊUTICA

A ansiedade pode ser caracterizada por preocupações recorrentes sobre diversos assuntos, grande expectativa sobre o futuro, desencadeando extrema tensão entre o momento presente e o futuro, tornando os momentos improdutivos. Os sintomas mais recorrentes são sudorese excessiva, respiração ofegante e taquicardia, decorrentes de medo e preocupações excessivas. Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo discorrer sobre a ansiedade e suas implicações, à luz da gestalt-terapia. Trata-se de um relato de experiência, com atuação no Serviço de Psicologia Aplicada (SPA), sendo apresentado por estagiárias de 9° e 10° semestres, se desenvolvendo durante fevereiro a abril de 2021. Referindo-se a queixa de sintomas de ansiedade trazida por uma mulher de 24 anos, sendo também percebido e trabalhado nas sessões questões com autoconfiança e autocuidado. Diante disso, buscou-se escutar e compreender como isso era vivenciado, procurando novos ajustamentos criativos. Utilizando-se da Gestalt-terapia como abordagem referencial, foi enfatizado a awareness, estando consciente de seus atos, possibilitando a compreensão da organização da sua vida como sendo de sua própria responsabilidade. Nas sessões seguintes trouxe boas experiências de autocuidado e tomada de decisões, demonstrando confiança, além de focar nas demandas atuais e se auto observando, percebendo o que aceitaria novamente ou não para si. Ademais, após alguns encontros a cliente relatou que os sintomas de ansiedade haviam diminuído. Compreende-se, portanto, a relevância do olhar empático nos momentos de crise, acolhendo o sofrimento trazido, proporcionando um espaço de escuta, trabalhando questões pessoais e relacionais que podem ocasionar em ansiedade