74 research outputs found

    Disponibilidade de fósforo no solo após o cultivo de leguminosas herbáceas no olival

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    Algumas espécies da família das leguminosas, como o tremoço doce (Lupinus albus), podem utilizar fósforo (P) do solo a partir de formas pouco solúveis, beneficiando outras espécies quando cultivadas em consociação ou aquelas que se seguem na rotação. No NE Portugal alguns olivicultores costumam cultivar tremoço doce em olival como forma de aumentar a fertilidade do solo

    The effect of legume species grown as cover crops in olive orchards on soil phosphorus bioavailability

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    Some legume species are able to utilize phosphorus (P) from sparingly soluble P sources benefiting companion crops or those following in the rotation. Lupinus albus, Vicia villosa, and a mixture of eleven annual pasture legumes were used in olive orchards as mulched cover crops as a means of increasing the soil P availability. By soil testing and growing bioindicator P plants in the next season, it was possible to detect a slight but consistent increase in soil P availability. The results indicated that the increase in soil P availability was mainly due to the mineralization of the high P content legume residues, rather than the direct effect in the rhizosphere of the living plants. The results also suggested that the good adaptation of white lupine to low P environments might be due to a high internal P use efficiency of this species, producing high dry matter yields with low P concentration in their tissues.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Produção, estado nutritivo das plantas e fertilidade do solo após doze anos de não mobilização em olival

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    Em 2001 teve início uma experiência de gestão da vegetação do solo em olival na Qta do Pinheiro Manso em Bragança. Ao contrário da maior parte das experiências encontradas na literatura, que partem de olival mobilizado ao qual se aplicam outros sistemas de manutenção do solo, neste caso o olival era gerido com uma pastagem sob-coberto à data do início da experiência. A partir desta base estabeleceram-se mais dois tratamentos, designadamente mobilização e aplicação de um herbicida não seletivo à base de glifosato. Em cada um dos três talhões marcaram-se 10 árvores homogéneas em termos de tamanho da copa. Após 11 colheitas, excluindo a do primeiro ano em que as produções foram equivalentes, as produções acumuladas atingiram os valores 187, 143 e 89 kg de azeitona por árvore, respetivamente nos talhões glifosato, mobilizado e mantido com pastagem. No estado nutritivo das árvores não tem havido diferenças significativas entre tratamentos, parecendo o que a maior exportação de nutrientes na azeitona no talhão glifosato é equilibrada pela facilidade de absorção de nutrientes pelo desenvolvimento radicular à superfície e pela ausência de vegetação herbácea neste tratamento. A partir dos solos tem-se verificado uma tendência para a redução da matéria orgânica no talhão com glifosato relativamente ao talhão com pastagem. No talhão mobilizado ocorreu redução do teor de matéria orgânica na camada superficial 0-10 cm e incremento na camada 10-20 cm em comparação com os outros tratamentos, provavelmente devido ao fato da mobilização conduzir os detritos vegetais para maior profundidade

    Diagnóstico de uma deficiência severa de potássio em olival

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    Sintomas visíveis de deficiência severa de potássio (K) foram observados num olival de 11 anos da cultivar Cobrançosa em Lombo, Macedo de Cavaleiros. Os sintomas foram observados apenas numa parte do oliva l, estando as restantes árvores com um aspeto normal. Contudo, desde a sua plantação o olival foi submetido exatamente à mesma técnica cultural incluindo a fertilização. Os fertilizantes têm sido aplicados de forma localizada debaixo da copa sem incorporação, sendo a manutenção do solo efetuada com recursos a herbicidas. Selecionaram-se 15 árvores em cada uma das partes do olival com e sem sintomas visíveis de carência de K. Em janeiro de 2011, procedeu-se à colheita de terras sob a copa (OS cm e 5-20 cm) e na entrelinha (0-20 cm). Procedeu-se também à colheita de folhas para análise dos principais elementos essenciais. Os teores de K no solo foram mais elevados nas proximidades das árvores sem sintomas. Na parcela em que as árvores não apresentavam sintomas de deficiência, os teores de K no solo determinados pelo método Egner-Riehm foram de 222, 76 e 80 mg K20 kg·I, respetivamente debaixo da copa a 0-5 cm, debaixo da copa a 5-20 cm e na entrelínha a 0-20 cm. Na parcela em que as árvores apresentavam sintomas, para a mesma localização e profundidade, os teores de K no solo foram de 89, 49 e 53 mg K20 kg'1 • As concentrações de K nas folhas foram de 5,29 e 1,56 g kg'1, respetivamente nas parcelas sem e com sintomas de carência de K. As análises foliares confirmaram de forma inequívoca a carência severa em K na medida em que as normas de interpretação de resultados definem a zona de concentrações adequadas no intervalo 6 a 9 mg K kg·1 • Relativamente aos teores de K no solo, os resultados são pouco esclarecedores, já que na parcela com carência severa os teores de K são classificados como médios. Assim, em sequeiro os teores de K no solo só por si não fornecem informação suficiente sobre a nutrição potássica, provavelmente porque em determinados períodos do ano a extrema desidratação do solo não permite a absorção eficiente do nutriente. Diagnóstico de uma deficiência severa de potássio em oliva

    Biodisponibilidade de azoto no solo após cultivo de leguminosas herbáceas em olival biológico

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    O cultivo de leguminosas anuais de ressementeira natural em olival tradicional pode ter a dupla vantagem da protecção do solo contra a erosão e do incremento da fertilidade do solo, sobretudo devido ao azoto fixado pelas leguminosas. Neste trabalho 1 reportam-se resultados da persistência das leguminosas no coberto, três estações de crescimento após a sementeira, avaliada pelo grau de cobertura do solo. A experiência decorreu em Mirandela, num olival da Cv. Cobrançosa. Semearam-se as seguintes espécies/variedades: Trifolium subterroneum cvs. Nungarin, Dalkeith, Denmark, and Seaton Park, r. resupinatúm cv. Prolific, T. michelianum cv. Frontier, T. incarnatum cv. Contea, Ornithopus sativus cvs. Margurita and Erica O. compressus cv. Charano, and Biserrula pelecinus cv. Mauro. A sementeira foi efectuada em Outubro de 2009. Cada uma das espécies foi semeada num talhão de 150 m2 • O grau de cobertura do solo foi determinado pelo método do ponto quadrado. Nas primaveras de 2010 e 2011 as leguminosas dominaram os cobertos. Alguns trevos atingiram um grau de cobertura próximo de 100%. Em Setembro de 2011 ocorreu uma "falsa partida", isto é, um evento de precipitação ligeira originou a emergência das sementes, tendo-se seguindo um longo período seco e quente que levou à morte das plantas recém-germinadas. Assim, os graus de cobertura pelas leguminosas em 24 de Fevereiro de 2011 e 24 de Fevereiro de 2012 foram os seguintes, seguindo a sequencia de espécies/variedades anteriormente apresentada: 76 e 26%; 93 e 24%; 95 e 19%; 71 e 38%; 40 e 13%; 79 e 26%; 90 e 58%; 1 e 1%; 20 e 8%; 23 e 5%; 11 e 14%. Os cobertos surgiram em Fevereiro de 2012 dominado por gramíneas espontâneas que beneficiaram do aumento de fertilidade do solo criado pelas leguminosas. Assim, apesar da enorme exuberância dos cobertos de leguminosas nos primeiros dois anos, esta falsa partida apresenta-se como um fator que pode por em causa a persistência das espécies. Neste momento estão a ser aplicadas medidas para que o problema desta "falsa partida" possa ser mitigado

    Recomendação de fertilização baseada na remoção de nutrientes na lenha de poda e nos frutos

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    As recomendações de fertilização para o olival são ainda bastante empíricas, devido à dificuldade em demonstrar a resposta das árvores à aplicação de fertilizantes. Neste trabalho procura-se uma aproximação ao problema estimando a quantidade total de nutrientes numa árvore e a exportação de nutrientes do sistema através da poda e da colheita. Na experiência foram usadas 14 árvores de 10 anos da cultivar Cobrançosa de um olival de sequeiro situado em Lombo, Macedo Cavaleiros. As árvores foram decompostas em folhas, raminhos, ramos intermédios, pernadas principais e t ronco. Ramos intermédios, pernadas e troncos foram separados em lenho e casca. A azeitona foi separada entre polpa e caroço. A partir da lenha de poda foi determinada a massa de todos os componentes. A massa do material remanescente nas árvores foi estimada através da relação volume/massa do material removido na lenha de poda

    Pastagens temporárias na rotação como forma de promover a fertilidade do solo

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    As pastagens temporárias são incluídas nas rotações como forma de resolver problemas sanitários {pragas, doenças e infestantes) e promover a fertilidade dos solos. Neste trabalho4 apresentam-se resultados do teor de carbono e azoto orgânicos no solo numa rotação octoanual de regadio do tipo M4 - Pt4, em que M e Pt representam, respetivamente, Milho e Pastagem temporária. Os resultados que se apresentam foram obtidos no ano de mudança da folha de cultura, isto é, ao quarto ano, em que o milho vai ser instalado na folha que esteve com pastagem e vice-versa. A rotação está estabelecida sob um pivô central na Quinta do Poulão em Bragança. A pastagem foi originalmente semeada com trevo branco (Trifolium repens), cvs. Haifa e Ladino, azevém perene (Lolium perenne), cv. Victorian, azevém híbrido {L multiflorum x L. perenne), cv. Manawa, e festuca alta (Festuca arundinacea), cv. Clarine. As leguminosas foram semeadas à razão de 2,5 kg de semente por hectare cada e as gramíneas com 4,5 kg ha-1. Os resultados revelaram uma elevada acumulação de azoto e carbono no solo mantido com pastagem, respetivamente, 0,79 e 17,25 g kg-1 {valores médios na camada 0-20 cm) em comparação com a folha de milho {0,23 e 14,29 g kg-1, respetivamente). Enquanto no milho praticamente não ocorreram diferenças entre profundidades de amostragem, devido às mobilizações regulares, no caso da pastagem a camada 0-10 cm acumulou significativamente mais azoto e carbono (1,25 e 22,17 g kg-1) que a camada 10-20 cm (0,34 e 12,34 g kg-\ devido à maior densidade radicular na camada superficial e correspondentemente maior deposição de resíduos. Os resultados mostraram o tremendo potencial da inclusão de pastagens na promoção da fertilidade do solo da rotação, aqui representada por dois importantes fatores ecológicos: azoto orgânico e carbono orgânico

    Efeito de leguminosas usadas como sideração em olival na biodisponibilidade do fósforo no solo

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    Algumas espécies da família das leguminosas parecem ser particularmente eficientes a mobilizar o fósforo do solo, através da formação das proteoid roots, podendo desenvolver-se adequadamente em solos pobres em fósforo. Os tremoceiros e as ervilhacas parecem ser espécies com estas características. Neste trabalho apresentam-se resultados de duas experiências de campo em que se procurou observar o efeito das leguminosas usadas como sideração na biodisponibilidade do fósforo no solo recorrendo a uma técnica de incubação in situ. Os ensaios decorreram em dois olivais situados em Mirandela e em Vila Flor, sendo o segundo conduzido em modo biológico. Na experiência de Mirandela o delineamento experimental incluiu três cobertos vegetais: tremoço branco; uma mistura de leguminosas anuais pratenses; e vegetação natural. Na experiência de Vila Flor foram usados quatro tratamentos: tremoço branco; ervilhaca; uma mistura de leguminosas pratenses; e vegetação natural. A biodisponibilidade do fósforo no solo foi determinada através de dois métodos comuns de análises de terras, o método de Olsen e o método de Egner-Rhiem, a partir de amostras de terra fresca e incubada provenientes da incubação in situ. A técnica de incubação iniciou-se em Maio de 201 O, após a destruição dos cobertos, e terminou um ano depois em Maio de 2011. Apesar da elevada variabilidade experimental encontrada, foi possível detectar algum aumento da biodisponiblidade de fósforo no solo a seguir ao cultivo das leguminosas. O aumento de biodisponibilidade de P no solo pareceu, contudo, acompanhar o ritmo de mineralização dos resíduos, devendo-se eventualmente à mineralização de P contido na biomassa e menos ao efeito das leguminosas na rizosfera

    Disponibilidade de azoto e fósforo no solo em olival sujeito a diferentes sistemas de manutenção do solo

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    Diferentes sistemas de gestão do solo afetam significativamente a produção do olival de sequeiro. A aplicação de herbicidas não seletivos pós-emergência no início da Primavera é a estratégia mais efetiva no incremento da produção comparativamente com sistemas que preveem a mobilização do solo ou a gestão da vegetação com corte mecânico ou pastoreio. O efeito benéfico dos herbicidas pós-emergência parece ser devido ao fato de se conseguir uma boa proteção do solo durante o Inverno, um bom controlo da vegetação herbácea a partir da Primavera e por permitir que o sistema radicular se desenvolva próximo da superfície, na camada de solo de maior fertilidade. Neste trabalho estudou-se o efeito de diferentes sistemas de manutenção do solo (mobilização, herbicida pós-emergência e gestão da vegetação com pastoreio) em parâmeros da fertilidade do solo, designadamente a disponibilidade de azoto e fósforo. Foram colhidas amostras de terras sob e fora da influência da copa e usadas para conduzir ensaios em vasos onde foram cultivadas nabiça, (Brassica napus) e azevém italiano (Lolium multiflorum) sujeit as a soluções nutritivas sem azoto, sem fósforo e com ambos nutrientes. Determinou-se a produção de matéria seca das espécies herbáceas e a quantidade de nutrientes exportados. Os resultados evidenciaram o azoto como o principal elemento limitante da produtividade vegetal nestes agro-sistemas tendo o fósforo um papel mais modesto no desenvolvimento da vegetação. O efeito dos tratamentos é complexo devido a interações diversas e a diferenças na exportação de nutrientes na azeitona

    Persistência de leguminosas anuais de ressementeira natural cultivadas como cobertos vegetais em olival e geridas sem pastoreio

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    A manutenção do olival em modo de produção biológico é insustentável sem uma fonte natural de azoto. Os cobertos vegetais herbáceos de leguminosas podem fornecer o azoto necessário para manter as árvores num estado nutricional aceitável. Neste trabalho2 reportam-se resultados de um ensaio em que se utilizaram como culturas para sideração em olival biológico tremoço branco, ervilhaca e uma mistura de leguminosas pratenses de ressementeira natural. Como testemunha foi utilizada a vegetação natural. O ensaio decorreu na Qta do Carrasca! em Vila Flor, NE Portugal. Os cobertos foram semeados no Outono de 2009 e destruídos com destroçador em Maio de 2010. A biomassa destroçada foi mantida sobre o solo na forma de mulching não tendo sido incorporada. A disponibilidade de azoto no solo foi determinada usando plantas nitrófilas que se cultivaram nos diferentes talhões experimentais dentro de pequenos círculos de PVC no Outono e Primavera seguintes. No Outono cultivou-se nabiça e na Primavera cevada. A vegetação espontânea que se desenvolveu na estação de crescimento a seguir ao cultivo das leguminosas foi também usada como indicador da biodisponibilidade de azoto no solo. A nabiça recuperou 42, 25, 21 e 4 kg N ha·1 , respetivamente, quando foi cultivada nos talhões de t remoço branco, ervilhaca, leguminosas anuais e vegetação natural. A cevada cultivada na Primavera seguinte exportou menos azoto devido a condições de crescimento particularmente desfavoráveis por falta de precipitação. No talhão de tremoceiro surgiu bastante azoto disponível no Outono, o que pode originar reduzida eficiência de uso do nutriente. O azoto disponível no solo avaliado através da vegetação espontânea revelou valores superiores nos talhões de leguminosas relativamente à testemunha. Na última colheita em 2 de Maio, a vegetação espontânea tinha recuperado 28, 39 e 10 kg N ha·1 nos talhões de tremoço, ervilhaca e vegetação natural. Estes valores não devem ser vistos em termos absolutos pois esta vegetação espontânea presente é de reduzida nitrofilia e ciclo curto, tendo reduzida capacidade de utilizar o azoto disponível. No talhão de leguminosas anuais o N exportado foi bastante mais elevado, devido ao facto de se amostrarem as próprias leguminosas semeadas e do seu acesso ao N atmosférico
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