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    Nos matizes da memória e da história: uma discussão sobre o folclore fantástico do Recife e seus lugares

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    Este artigo objetiva discutir, à luz dos textos referenciais de Pierre Nora (1993) e Ulpiano Bezerra de Meneses (1994), as concepções de história e memória, inserindo-as na discussão do folclore citadino. Este patrimônio coletivo é aqui representado pelas lendas do sobrenatural recifense, abordadas pela literatura local. Entre história e memória se estabelece uma clara distinção pelos interesses de tradicionais grupos detentores de poder e as relações sociais de uma coletividade que estão intrinsecamente relacionadas com os fenômenos. Assim, para a leitura de uma realidade social, deve-se contestar os interlocutores responsáveis por sua comunicação. Nesse contexto, o folclore se apresenta como um campo fértil para o debate do poder do vernáculo e do popular de contribuir para a construção de narrativas pautadas pela memória coletiva.Este artículo pretende discutir, a la luz de los textos referenciales de Pierre Nora (1993) y Ulpiano Bezerra de Meneses (1994), las concepciones de la historia y la memoria, insertándolas en la discusión del folclore de la ciudad. Este patrimonio colectivo está representado aquí por las leyendas de lo sobrenatural en Recife, abordadas por la literatura local. Entre la historia y la memoria se establece una clara distinción por los intereses de los grupos tradicionales que detentan el poder y las relaciones sociales de una colectividad que están intrínsecamente relacionadas con los fenómenos. Así, para leer una realidad social, hay que interpelar a los interlocutores responsables de su comunicación. En este contexto, el folclore se presenta como un campo fértil para el debate sobre el poder de lo vernáculo y lo popular para construir narrativas basadas en la memoria colectiva.This article aims to discuss, in the base of the texts of Pierre Nora (1993) and Ulpiano Bezerra de Meneses (1994), the concepts of history and memory, inserting them in the discussion of the city folklore. This collective heritage is here represented by the supernatural tales from Recife, covered by local literature. Between history and memory a clear distinction is established by the interests of traditional groups that hold power and the social relations of a collectivity that are intrinsically related to the phenomena. Thus, to read a social reality, it is necessary to contest the interlocutors responsible for its communication. In this context, folklore presents itself as a fertile field for the debate on the power of the vernacular and the popular to construct narratives based on collective memory
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